quinta-feira, 31 de março de 2011

Número 1 - Napalm Death – From Enslavement to Obliteration

Agora sim, começo a colocar meus 10 álbuns favoritos. Eis o primeirão!



Napalm Death – From Enslavement to Obliteration
Earache Records – 1988 (Inglaterra)
Formação: Lee Dorian – vocal
      Mick Harris – bateria
      Shane Embury – Baixo
      Bill Steer – guitarra

Eis o número 1. Difícil explicar o porquê de ser meu favorito, mas é algo que se apoderou de minha mente, não tem jeito. “From Eslavement...”, da ultra consagrada Napalm Death, é o segundo álbum da banda, e muito provavelmente mudou o rumo da música extrema juntamente com o trabalho anterior, “Scum”.
O trabalho abre com “Evolved as One”, uma faixa totalmente diferente do resto do álbum. Trata-se de uma música com o instrumental bastante lento, praticamente doom, e muito bem trabalhada pelo baterista Mick Harris, O cara dos blast beats. Quando Lee Dorian começa a cantar, outra surpresa: como escrito, ele CANTA mesmo! Mas com o andar da música, alterna alguns gritos com vocais limpos. As letras giram em torno de temas político-sociais. Caso eu esqueça de mencionar sobre as letras em futuras resenhas, é pelo que expliquei no início: não me importo com a ideologia.
Dando prosseguimento, a partir da próxima faixa, a coisa muda de figura, e a realidade agora é outra: não só Dorian, que muda completamente de voz, mas todo o instrumental da obra se torna uma porradaria sem tamanho. Não, isso é pouco, na verdade é quase indescritível o que se ouve a partir de “It's a M.A.N.S World!”. É o caos mais lindo que existe, é pura beleza, é muito mais do que empolgante.
O massacre sonoro produzido em “From Eslavement...” é fabuloso. Por mais que tente tomar cuidado para descrever a grandeza desse disco, não consigo. Então, vamos às palavras simples mesmo, certo? Trata-se do mais puro grindcore, movido a velocidade e a peso. É brutal demais! A gravação é ruim, mas pasmem, ainda bem! Porque com certeza isso é um dos fatores que agigantou esse trabalho. A sujeira do instrumental, junto com os urros indecifráveis do vocalista, faz com que o álbum seja perfeito. Essa atmosfera abafada do play é magnífica! Se o trabalho tivesse sido criado depois de 1988, provavelmente não teria recursos limitados da época, e assim, não teria a mesma riqueza que possui.
Talvez a característica que tenha levado “From Eslavement to Obliteration” ao primeiro lugar da minha lista é exatamente a imperfeição da obra. Isso mesmo, com suas músicas irregulares, alguns trechos fora de sincronia entre vocal, guitarra e bateria, e outros fatores que em uma análise “normal” certamente faria com que a avaliação perdesse pontos, aqui funciona ao contrário. Porque ouvindo o disco, percebe-se que é algo realmente honesto, feito com paixão e empolgação.
“From Enslavement to Obliteration” é fantastico, magnânimo. Mais do que recomendado, é obrigatório para fãs de música extrema. Os melhores cerca de 30 minutos musicais já executados pelo homem.
NOTA 11

Só explicando...

Nunca é fácil fazer uma lista limitada de coisas que mais se gosta. Ficam tantas opções de fora, que dá dó. Mas se a proposta é escrever sobre 10 álbuns musicais extremos, que assim seja. É só a nata (tudo bem, assim como eu, muitos detestam nata, mas é um clichê legal de usar). Entretanto, um aviso: aqui não conta a importância histórica dos trabalhos, mas sim, apenas meu gosto pessoal. Então, não esperem ler sobre “Reek of Putrefaction” (Carcass), ou “Rainning Blood” (Slayer), que embora grandes obras, não figuram entre minhas favoritas. Contudo é garantido que o material selecionado é de grande qualidade musical. E previno-os: vocês lerão por inúmeras vezes palavras como “brutal”, “death”, “grindcore”, “velocidade”, “blast beats”, “qualidade”, “extremo”, e outras desgraças.
Outra coisa: sou um cara movido pela música pesada, em especial pela parte instrumental da coisa. Quanto mais pesado e veloz, mais agradável. Em outras palavras, não dou importância à ideologia das bandas: podem falar do que quiserem, desde que a parte instrumental seja barulhenta. Assim sendo, não me chamem de satanista, cristão, sarcástico, irônico ou de qualquer outro adjetivo que soe preconceituoso ou que me ligue à ideologia das bandas. Portanto, apenas pincelarei sobre as letras dos conjuntos nas resenhas.
Quanto ao meu Top 10 a seguir, deixo avisado que a nota de todos eles é 11!!!!

quarta-feira, 30 de março de 2011

O começo...

Antes de dar início às resenhas, gostaria de expor como comecei a gostar de música pesada. Foi por volta de 1992/1993, quando meu irmão alugou um CD (exatamente, naquela época alugava-se CD’s) de uma “certa” banda chamada Sepultura. E o dito cujo era um “tal” de “Arise”. Pois é, nas primeiras vezes em que escutei aquilo, achei absurdo demais existir músicas assim, com uma bateria totalmente acelerada, uns solos desconexos e supostamente fora do tempo, mudanças bruscas de ritmo e claro, uns berros totalmente sem sentido e melodia. Na época, achei uma das coisas mais bizarras e cômicas do mundo da música! Afinal, até então escutava vários artistas, como Beatles, Guns ‘n’ Roses e Skid Row.
Enfim, depois de ouvir o “Arise” e achá-lo estranhamente engraçado, comecei a simpatizar pela coisa. Prestando mais atenção ao álbum, fui aos poucos compreendendo como aquele tipo de música “funcionava”. Demorei muito para isso, devido principalmente à grande velocidade da obra, que insistia em não entrar no meu cérebro. Porém, depois de muita determinação, entendi a levada das músicas. Dali para frente, fui evoluindo. O primeiro CD que comprei na vida (meu pai comprou para mim) foi um clássico do Ratos de Porão, o álbum “Brasil”, que  veio acompanhado do trabalho posterior – “Anarkophobia”.
Quando achei que conhecia os limites da música pesada, fui apresentado meses depois pelo meu ex-vizinho ao Napalm Death, com o álbum “Utopia Banished”. Aquilo foi um novo patamar de extremismo e confesso que no início não me agradou. Era insano demais o tipo de barulho que eles faziam, com vocais ainda mais urrados, guitarras aceleradíssimas, um baixo estranhamente distorcido e uma bateria que lembrava uma metralhadora, literalmente. Era inacreditável ouvir aonde o ser humano conseguia chegar. Juntamente com o “Utopia Banished”, conheci o Deicide, com seu álbum homônimo. Escutar esses 2 trabalhos foi tão impactante que simplesmente foi dificílimo assimilar o que essas bandas faziam, e daí a dificuldade inicial em gostar de fato desse estilo musical. E foi por pura teimosia que acabei por forçar-me a gostar desse tipo de música, o que aconteceu pouquíssimo tempo depois.
Rompida essa barreira, foi o delicioso começo do fim. Comecei a ler e pesquisar sobre bandas extremas e, resumindo, hoje estou aqui escrevendo sobre isso.
Agora falando bem superficialmente sobre alguns estilos extremos de música, ouço principalmente o brutal death metal, brutal black metal, grindcore, gore e splatter. Deve-se lembrar que tais estilos, inúmeras subdivisões do rock, têm vários aspectos parecidos entre si, e por muitas vezes se misturam na música de cada banda que irei citar. É bom esclarecer isso desde já, para que não haja muita confusão durante a leitura. Generalizando (não se deve fazer isso) para leigos, tais estilos caracterizam-se por ter guitarras e baixo bastante distorcidos e pesados, bateria veloz e vocais guturais e/ou rasgados. A grosso modo, diferenciam-se pelas temáticas: mortes e descrenças no death metal; satanismo no black metal; problemas e injustiças político-sociais no grindcore; doenças, acidentes e nojeiras em geral no gore e splatter.
A partir do próximo post, começarei a falar dos meus 10 álbuns favoritos. Só para atiçar a curiosidade, aqui vão eles:
1.       Napalm Death – From Enslavement to Obliteration
2.       Terrorizer – World Downfall
3.       Brutal Truth – Extreme Conditions Demand Extreme Responses
4.       Inhume – In for the Kill
5.       Severe Torture – Misanthropic Carnage
6.       Anthrax – Sound of the White Noise
7.       Facada – Indigesto
8.       Dead Infection – Brain Corrosion
9.       S.O.H. – Subversive by Nature
10.   Malevolent Cration - Envenomed

Não percam os próximos capítulos! ahah

terça-feira, 29 de março de 2011

Algumas resenhas para o Novo Metal

Como explica o título, eis algumas resenhas que escrevi como colaborador para o site http://www.novometal.com/ :

DVD Destruction – A Savage Symphony - The History of Annihilation – Edição limitada c/ CD:
http://www.novometal.com/dvd/exibir.php?id=65


CD Nile - Those Whom the Gods Detest:
http://www.novometal.com/reviews/ler.php?id=2296


DVD Kreator – At the Pulse of Kapitulation – Live at East Berlin 1990:
http://www.novometal.com/dvd/exibir.php?id=64


CD Cirrhosis - Drinks from Hell
http://www.novometal.com/reviews/ler.php?id=2293


CD Vomepotro - Liturgy Of Dissection
http://www.novometal.com/reviews/ler.php?id=2276


CD Anarkhon - Covent Possession (Single)
http://www.novometal.com/reviews/ler.php?id=2258

domingo, 27 de março de 2011

Alguns trabalhos audiovisuais...

Eis alguns trabalhos audiovisuais que tive o privilégio de realizar:

Entrevista com Krisiun

PARTE 1



PARTE 2





Entrevista com Endrah




Entrevista com Biohazard



Entrevista com Ratos de Porão





Entrevista com Clawn




Entrevista com Korzus



Entrevista com Mordeth



Entrevista com Forka