quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Lacryma Sanguine – As the Autumn Ends (EP)

Lacryma Sanguine – As the Autumn Ends (EP)
Killzone Records – 2008 – Brasil

Que coisa mais linda esse EP. A primeira coisa que me veio à mente foi o “As the Flower Withers”, primeiro álbum da My Dying Bride. Qualquer coisa do “Serenades”, do Anathema, também está aqui. Mas relaxem, que a Lacryma Sanguine tem seu jeito próprio de fazer boa música. Boa não, ótima.
São três canções em mais de 22 minutos de puro doom metal hipnótico e viajante. Além do instrumental tradicional, teclado, violino, flauta e violoncelo tomam conta de “At the Autumn Ends”. E a coisa soa tão poética e bela, que você tem vontade de ouvir o EP seguidamente.
“Her Bloody Wings” abre o material de forma esplendorosa em seus quase nove minutos de duração. Da mesma forma, a faixa-título, que vem na sequência, enche o ambiente de tristeza e beleza. E fechando a trinca, “One Last Kiss” é qualquer coisa de soberba.
Bom, e como é praticamente obrigação das bandas doom, o encarte é maravilhoso. A arte e fotos são incríveis, mostrando o alto grau de profissionalismo do grupo, que exala melancolia durante toda a audição.
O vocal urrado em contraponto ao instrumental arrastado dá um interessante contraste nas faixas. Sim, isso é comum no doom metal, mas ao mesmo tempo, é sempre impactante apreciar essas discrepâncias.
“At the Autumn Ends” é uma dos melhores discos de doom que tive o prazer de escutar. E o melhor é que a banda o disponibilizou para download. Depressivo na medida certa, rico e profundo, o CD certamente mexerá com seus sentimentos. Detalhe: este é apenas um aperitivo para o futuro full-length, “Amongst These Walls”. Que seja um futuro muito próximo.

NOTA 9,5

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Centurian – Liber Zar Zax

Centurian – Liber Zar Zax
Listenable Records / Century Media / Perverted Taste – 2002 – Holanda

E outra banda holandesa invadindo nossos tímpanos. Essa talvez seja levemente menos conhecida que a elite do brutal death metal, mas tenha certeza de que está no mesmo patamar de grupos consagrados do estilo.
“Liber Zar Zax” é uma porrada no baço tão bem dada, que você leva horas para se recuperar. Uma música devastadora e insana, quase sem descanso nenhum. O mais impressionante é que são raros os momentos menos brutais ao longo do disco. Considero isso um descanso para o pescoço, como é o caso da lenta instrumental “Feeding Flesh to the Vortex”. Mas a folga é curta!
Os vocais guturais de Jerry Brouwer parecem sufocados, e ele tenta de todo jeito extrapolar seu ódio. Apesar de assustador, seu canto é até inteligível. A bateria de Wim van der Valk é uma britadeira destruidora. Mas o  cara não fica só na pressa não, e mostra muita técnica e precisão nas batidas.
E os riffs e solos são um show de técnica e velocidade, perfeitamente audíveis graças à excelente produção do material, que deixou como resultado um belo peso no CD. O encarte é bastante simples e objetivo, mas apresenta uma bonita estética.
Músicas como “The Reading (Zarzax Unto Zax)”, que abre o play; “Ritually Slaughtered for Satan” e suas paradinhas fenomenais; “Conjuration for Choronzon”, com riffs fabulosos; “Speech of the Serpent”, com um berro ensandecido de Brouwer e um solo final bem revoltado; e “Fornicating the Nazarene”, também trazendo um riff furioso, putz! – todas elas traduzem as palavras CAOS e BRUTALIDADE na humanidade.
Curiosidades: após esse álbum, a banda se separou e voltou em 2003 sob o nome “Nox”. No começo desse ano, voltaram a se chamar Centurian. Além disso, o vocalista Seth Van De Loo, da Severe Torture, já passou pela banda.
                “Liber Zar Zax” pode ser considerado um clássico do brutal death. Mesmo sendo mais underground, o álbum na certa está devidamente guardado nas prateleiras de fãs, daquelas que armazenam seus melhores discos do estilo.

NOTA 9,0

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Hutt – Sessão Descarrego

Hutt – Sessão Descarrego
2+2=5 Records – 2005 – Brasil

Ao lado das melhores bandas de grindcore do país, como Facada e S.O.H., está a Hutt. Apenas por essa afirmação, ou melhor, por esse fato, você já pode esperar um material excelente. Bom, e “Sessão Descarrego” o é, sem sombra de dúvida.
São 29 podreiras com cerca de meia hora de duração. Mas o som da Hutt é mais do que isso, é desolador. O baterista é muito agressivo (vejam vídeo abaixo), descendo a mão nos tambores mesmo, algo espantoso em se tratando da velocidade do grindcore.
Aliás, a raiva que o trio transmite nesse disco é tanta que chega a incomodar. E o melhor é que tudo isso é feito através de composições excepcionais, muito bem elaboradas e lotadas de bons riffs.
Difícil falar de uma ou outra música, já que a barulheira de cada uma tem uma potência impressionante. A guitarra em baixa afinação também contribui com o peso insano. Aliás, vou além: poucas vezes pude ouvir de fato um trabalho tão absurdamente pesado. Também, a gravação, mixagem e masterização ficaram a cargo de quem? Mr. Ciero (Da Tribo Studio). Extremismo e sujeira nas medidas corretas, alcançando perfeição sonora.  Acho que dispensa mais comentários, certo?
Bom, e tanto a capa quanto o encarte merecem um destaque pela beleza e criatividade. A estética escolhida envolve histórias em quadrinho de terror e suspense, tudo em preto, cinza e branco. E as letras são um bizarro show de sarcasmo e humor negro – confiram “Diante do Trono”, por exemplo. Os caras conseguiram fazer poesia sobre o ato de defecar, que proeza!
A Hutt é brilhante, e não somente em “Sessão Descarrego”, mas em toda a sua discografia: na demo “Miserável” e no 3 way split “Crushing The Grindcore Trademark”. Lembrando que o grupo lançou recentemente o novo ruído – “Monstruario” - fiquem espertos! Mas voltando ao “Sessão Descarrego”, está entre os cinco melhores álbuns grind do Brasil, vão por mim.

NOTA 9,5

Forbidden – Twisted into Form

Forbidden – Twisted into Form
Shinigami Records (relançamento) – 1990 – Estados Unidos

Ainda na leva de relançamentos, a Shinigami Records (www.shinigamirecords.com.br) traz esse grande trabalho dos americanos da Forbidden. Sim, mais thrash metal da era clássica, aquele da Bay Area! Mas a pegada desse álbum aqui é... não seria menos agressiva, mas talvez mais técnica e melodiosa.
A energia aqui é contagiante, com músicas maravilhosas e requintadas. Mesmo a introdução elaborada da instrumental “Parting of the Ways”, acústica, é lindíssima, mas não prepara o ouvinte para a pedrada “Infinite”, que já entra furiosa na caixa de som, seguida da não menos furiosa “Out of Body (Out of Mind)”, cujo refrão é simplesmente é hipnótico. Mas a melhor é “R.I.P.”, destruidora, no melhor estilo Exodus/Metallica do começo de carreira.
É nessa levada que a Forbidden conduz seu trabalho, alternando momentos mais e menos esporrentos. No entanto, no EP anterior a este trabalho - “Raw Evil 1989 – Live at Dynamo” – que veio como bônus, a veia era menos thrash e mais heavy até. Nem por isso, deixaram de soar violentos. Inclusive há um cover da Judas Priest – “Victim of Changes” – muito bem executada por sinal.
Um aspecto aqui que talvez diferencie um pouco a Forbidden de outras bandas do estilo, especialmente nos anos 80/90, é o vocal de Russ Anderson, limpo e melódico, mas ao mesmo tempo muito forte e irado. Os guitarristas Craig Locicero e Tim Calvert tocam suas cordas com primor, tocando riffs caprichados e encaixando os solos de forma perfeita nas faixas.
No entanto, talvez o maior astro da banda aqui seja o baterista... alguém adivinha quem era na gravação? Dica: passou por Slayer, Exodus e atualmente está no Testament... SIM, PAUL BOSTAPH!!! O mago das baquetas manda muito bem, embora num aspecto geral, sua habilidade não seja completamente usada em “Twisted into Form”. Mas também nem precisava, pois o modo como estão estruturadas as canções dispensaria tal artifício. Vejam bem, não estou falando que as músicas são fracas ou fáceis de tocar, MUITO pelo contrário! Apenas a proposta do trabalho não exige toda a potência de Bostaph, talvez uns 80% eheh. Mas para não ser injusto, ouçam “”Tossed Away”, essa deu trabalho para o músico.
E novamente, um CD com uma produção impecável, limpa, pesada, irresistível. E conta aqui que o disco foi lançado há 21 anos. Mesmo as faixas bônus ao vivo causam espanto pela ótima gravação. Parabéns!
O encarte, por sua vez, é bastante simples, com uma bonita arte, mas nada de excepcional. Apenas funcional, redondo.
Isso aqui é alegria pura para fãs de thrash mais técnico. Garanto que a raiva transmitida por “Twisted into Form” não perde nada para clássicos do estilo.

NOTA 9,0

Slasher: álbum lançado oficialmente no Slasher Fest

No último dia 23 de julho, a banda itapirense SLASHER realizou uma apresentação especial no Slasher Fest, evento organizado pelo próprio grupo para lançar oficialmente seu álbum de estréia, “Pray For The Dead” (2011). Na ocasião realizaram algumas filmagens em alta definição para as faixas “World’s Demise” e “'Till The End”.

Para conferir os vídeos acesse:
World’s Demise: http://www.youtube.com/watch?v=ImFGrhgPfXU

“Foi uma noite perfeita! Pudemos comemorar nossa maior conquista ao lado de nossos amigos e fãs depois de mais de 1 ano de trabalho incessante e muito investimento”, comenta o guitarrista Lucas Bagatella.

O guitarrista Lúcio Nunes salientou: “Trabalhamos muito para que isso acontecesse. Tudo só foi possível devido ao apoio que recebemos dos canais de comunicação, amigos, fãs e bandas participantes.”

O baixista Wellington Clemente acrescentou: “Agradecemos de coração todo o suporte e carinho que recebemos! Só assim o undeground pode sobreviver e crescer!”

 Sites relacionados:
http://www.slasher.com.br/


Fonte: Island Press

domingo, 28 de agosto de 2011

DVD Exodus – Shovel Headed Tour Machine – Live at Wacken and Other Assorted Atrocities

DVD Exodus – Shovel Headed Tour Machine – Live at Wacken and Other Assorted Atrocities
Laser Company – 2010 – Estados Unidos

Três discos, três felicidades. É o que traz a Laser Company (www.lasercompanymusicstore.com.br) nesse material da Exodus. São dois DVDs e um CD. Nos de vídeo, um trata da apresentação da banda no Wacken Open Air em 2008 e outro é um documentário sobre o conjunto, contando também com vários outros extras bastante interessantes, que serão detalhados no decorrer da resenha. Já o CD é o registro em áudio da apresentação dos americanos no festival alemão. Curiosamente as preciosidades vieram em caixinhas de CD comuns, ao invés de virem nas de DVDs.
Aliás, são duas caixinhas, uma com os vídeos e outra com o disco de áudio, ambas envoltas por um case bem legal. Os encartes, apesar de simples, apenas com ilustrações e fotos do quinteto, são feitos de papel luxuoso, coisa já característica da Laser Company .
Ao dar o play, aparece o vídeo de introdução da Nuclear Blast que, além de muito bem feitinho, é divertido. Começou bem. Quanto à apresentação em si, apresenta imagens em widescreen “normais” digitais, sem nenhum enfeite e a edição também não apresenta surpresas, o feijão com arroz de sempre. Nesse ponto, a Nuclear Blast poderia ter caprichado mais, né? Afinal, um material tão importante assim não poderia ficar somente no óbvio. Mas tudo bem, vamos de fato ao show.
Só que o ele começa com um problema que considero sério: um leve, porém incômodo delay entre som e imagem. Muito estranho assistir Tom Hunting dando uma bordoada no prato e o som vir com décimos de segundo atrasados. Estarei sendo exigente demais? Bom, ok, acredito que ainda sim, poucos perceberão esse fato. Bola pra frente.
A porradaria já começa com um dos maiores clássicos da banda – “Bonded by Blood” – e de lá até o final da apresentação, o que se segue é pura vibração de todos os integrantes que são ferozes no palco, além de exímios músicos. Basta ver a perfeição com que tocam cada um de seus hinos. Os solos são lindos e sempre muito apressados. Performance nota 10!
E já fica o aviso: vocês ouvirão falar do público várias vezes aqui. Afinal, acreditem, ele é o sexto integrante da Exodus. Bom, em “Iconoclasm”, abrem uma roda gigantesca no meio de tudo e fazem subir a poeira. Os fãs dão o sangue!
O vocal de Rob Dukes é muito bom, um dos mais poderosos que já escutei no thrash metal, e dá um incrível peso às composições. De verdade, é um timbre excepcionalmente forte, que eu não ouvia há tempos. E o cara tem muita presença, mesmo parecendo um tanto antipático posando de fodão malvado. Putz, e o cidadão é um tremendo porco: dá aquelas expiradas fortes pra tirar umas catotas do nariz que são puro nojo.
Prosseguindo, “A Lesson in Violence” incendeia de vez o público, como pode ser percebido nas imagens caóticas do pessoal se debatendo. “Children of a Worthless God” é uma das mais empolgantes do show!
Na sequência o cantor aparece com uma filmadora e já avisa os fãs que as imagens por ele filmadas estarão no DVD. É hora de ... “PIRANHA”! Aposto que imaginaram a destruição, né? Público insano, movido a selvageria!!!!
                Ahahahah e marquem esse tempo: 42'’51’. É o momento mais hilário do show, e fica por conta de um fã. Ele avista a câmera e começa a cantar e fazer chifrinhos com cara de mau. Só que o cara esqueceu que estava no meio da roda de porrada e é literalmente atropelado pelos malucos que estavam no circuito. Voltei a imagem várias vezes, dando boas gargalhadas. Muuuuuuuuito engraçado!
Outro momento divertido: durante o solo de “Blacklist”, o vocalista – sempre ele – pega a palheta de Lee Altus e fica tocando as cordas enquanto o guitarrista usa sua mão esquerda dando os acordes do riff. Quando Gary Holt “passa” o solo ao a Altus, o cantor repete o gesto e toca em sua guitarra, enquanto Holt, com a mão livre, toma uma cerveja!
A melhor – “Strike of the Beast” – traz consigo certa polêmica, mais uma vez causada por Dukes. Podem me chamar de moralista, mas desaprovo sua atitude de mandar a plateia se dividir em dois lados para fazer o famoso “wall of death”, aquela loucura que parece uma batalha medieval, onde os soldados entram em violenta colisão. A imagem é impressionante. Na boa, qual o objetivo disso?
Aparentemente, tudo acabou bem com “Shovel Headed Kill Machine”, uma das mais brutais da carreira da Exodus.
Tecnicamente, o som é muito bom, com todos os volumes dos instrumentos na medida certa e a apresentação do conjunto no Wacken é excelente, tirando os fatos acima mencionados. O show é muito intenso, sendo que o público realmente fez a diferença. Não me lembro de ter visto tanta devoção e agressividade.

E está na hora do DVD 2, com um documentário e outros materiais especiais. Antes que eu me esqueça de mencionar, no menu não tem a opção de colocar legenda, então, façam isso já durante o vídeo rodando, ok?
Bem, e no vídeo, basicamente contam a história da banda, mas não de forma linear. Sua trajetória está misturada com fatos cotidianos do grupo, como sessões de estúdio, tanto da gravação do CD “Shovel Headed Kill Machine”, quanto da animação de Metalocalypse, brincadeiras e outros registros. Aliás, segundo um relato do guitarrista Lee Altus, a Exodus foi a primeira banda do Bay Area. Vai vendo a responsabilidade desses caras...
Outro fato que chama a atenção acontece quando Gary Holt afirma que, quando o ex-vocalista Paul Baloff estava internado, tomaram a decisão de desligar os aparelhos que o mantinham vivo. Detalhe: isso a dois minutos da meia-noite, e sabem por que? Baloff era fã de Iron Maiden, que tem uma música chamada “2 Minutes to Midnight”. Simplesmente arrepiante. O plano não deu certo, mas a intenção ficou marcada na mente de Holt e agora também na de quem assiste ao doc.
Mas voltando aos momentos engraçados: Altus e Holt são pegos em flagrante penteando os longos cabelos, no chamado momento “não-metal” da Exodus, um entre vários espalhados ao longo da narração. Quer saber de mais outro? O cuidadoso guitarrista original do grupo passa creme antirrugas debaixo dos olhos! Que meigo! Pra rir até!
Depois da descontração, a volta aos momentos sérios. Minha antipatia por Rob Dukes só aumenta. Os próprios membros da Exodus afirmam que ele diz coisas desagradáveis, e às vezes se arrepende. Um exemplo? Dukes comenta de um show na Colômbia em que a polícia desligou as luzes, e tiveram que pagar 200 dólares para que religassem tudo. Aí, vem a pérola: “Foi engraçado no final, mas isso é a América do Sul. Pague a polícia ou não vai ter show”. Sinceramente? COMENTÁRIO DESNECESSÁRIO, ROB DUKES! Sim, isso acontece em qualquer lugar, e a América do sul é apenas mais um, ok?
Mas enfim, no geral, o documentário é bem legal, contando histórias bizarras, divertidas, polêmicas, sérias, resumindo, toda a loucura que é a trajetória da Exodus, que faz questão de falar dos fãs. Estes sim parecem ser mais malucos do que a própria banda.
Partindo agora para o material extra, existem cenas deletadas, sem legendas, com momentos interessantes. Portanto, vale a pena tentar entender o que o pessoal está falando.
Depois, tem três clipes da banda no material – “Riot Act”, “Now Thy Death Day Come” e “Problems”. E a música não para, com os devidos registros ao vivo de alguns sons em diferentes países. Curioso ver que algumas imagens estão boas, num esquema de várias câmeras que parecem estar no meio da plateia, enquanto o som fica devendo, e vice-versa: quando a filmagem é mais amadora, o som, provavelmente tirado da mesa, está muito bom! Fechando essa parte, existe uma disputa de solos entre Altus e Holt muito bacana, e até Dukes mostra certa habilidade nas seis cordas. Confiram faixa a faixa, com certeza vale a pena.
Outra opção do disco são as mais de 350 fotografias de todas as fases da Exodus. Tá bom para você? Não? Pois então, tome uma entrevista com o conjunto feita em 1985 no Canadá e treine seu inglês nessa raridade.
Encerrando a festa, um trailer desse pacote aqui. E você pode conferir outros dois logo abaixo, combinado?
Esquecendo minhas picuinhas, “Shovel Headed Tour Machine – Live at Wacken and Other Assorted Atrocities” é sem dúvida um material que merecidamente eterniza uma das maiores bandas thrash metal que o mundo conheceu, e tudo sendo dedicado aos fãs. Corra muito atrás do seu, porque isso é história da música, meu amigo.

Nota 9,0


sábado, 27 de agosto de 2011

Brutal Truth apresenta nova música para streaming


A faixa "Echo Friendly Discharge", definida como "um furacão de blast beats", está disponível no site da Sick Drummer Magazine. Ela faz parte do vindouro álbum "End Time", que está previso para ser lançado no dia 27 de setembro.
Mais informações e a música disponível para streaming no link abaixo:

JÁ ESTÁ DISPONÍVEL O MAIS NOVO LANÇAMENTO CRIMINAL ATTACK RECORDS...

HUTT Monstruario [Criminal Attack] - R$12,00


Com a demo "Miserável", o HUTT chamou atenção de muita gente e revelou-se como a nova grande promessa do grindcore brasileiro. Após a demo Miserável veio o full-lenght "Sessão Descarrego" que foi além, mostrando uma banda madura, no nível de alguns dos maiores expoentes do estilo pelo mundo afora. Mostrando que ainda estão na ativa e cada vez mais brutal, o HUTT lança seu mais novo álbum "Monstruário", são 23 faixas com uma sonoridade coesa, rápida e violenta, apoiada por uma gravação de alto nível. A resposta brasileira a bandas como Nasum, Pig Destroyer e Lock Up!!!

Entrevista - Trator BR


A Trator BR é daquelas bandas que causam admiração pelo profissionalismo. Vindos do interior de São Paulo, o grupo, que passou por recente mudança de formação, segue na jornada do thrash/death metal com muita garra. Em 2009 soltaram o ótimo álbum “Verde Amarelo Azul e Preto” (ler resenha aqui), uma aula de música extrema de qualidade. Agora, o grupo ensaia já pensando no próximo CD, e quem conta mais detalhes sobre a banda é o guitarrista Amil Mauad em entrevista ao blog Som Extremo.

Som Extremo: Fale um pouco sobre a história da banda. De onde surgiu o nome? Por que colocar o "BR" junto?
Amil Mauad: Resumindo a longa história da banda que vem desde 1995, onde eu, que toco guitarra, o Aldo Gaiotto - Vocal e o Ricardo Razuk - Guitarra, tínhamos outra banda de thrash metal, a Kama-Sutra. Nela, Aldo era guitarrista e o Razuk era baixista. Com o passar dos anos, fomos adquirindo um estilo próprio de composições e acrescentando mais elementos do death metal e grindcore em nossas músicas. Foi então que o baterista Rafael Graziani, para nossa sorte, entrou em 1998 para dar mais agressividade ao som, mas isso já em outra banda, a "Spiritual". Na época, ainda compúnhamos em inglês (1998 - 2001), mas quando o antigo vocalista decidiu partir para outras atividades, Aldo resolveu se arriscar nos vocais, e a experiência saiu melhor que a encomenda. Nisso o Razuk assumiu a segunda guitarra e o Adriano Silva foi escalado para o contra-baixo. Essa situação exigiu também a mudança de nome, pois os temas, idiomas e estilo musical já estavam bem diferentes do que era o "Spiritual". Passamos então a procurar um novo nome, que mostrasse peso, força e a caipiragem do nosso interiorzão (nota do redator: a banda é de Bauru). Portanto, nada mais apropriado que um Trator não é?! hehehe Com toda essa história, chegamos ao ano de 2005, quando começamos a esboçar a gravação do CD "Verde Amarelo Azul e Preto", lançado em 2008. O “BR”, juntamente com o título do CD, veio para reforçar o orgulho que temos de nossa pátria, língua, terra e gente. São as melhores coisas do mundo, além do underground nacional, mundialmente reconhecido como celeiro de excelentes bandas!!!

Som Extremo: Vocês apresentam um diferencial ousado para o estilo, que é cantar em português. Fale sobre isso. A proposta sempre será essa?
Mauad: Justamente. A ideia era fugir dos padrões: como queríamos fazer algo diferente do já apresentado e até um pouco batido dentro do estilo, resolvemos compor em português. Foi difícil no começo, mas nos habituamos e agora nem cogitamos compor em outra língua, a não ser que o tema da música exija isso. E iremos compor até em Aramaico se assim for melhor para o que queremos expressar. Aliás, no segundo CD teremos uma música com um algo a mais nesse quesito hehehe, aguardem!!!!

Som Extremo: Você acha que cantando em nossa língua a valorização no país é maior? Por que?
Mauad: Olha, a princípio, é uma faca de dois gumes. Já ouvi várias vezes sobre pessoas que vêem o nome Trator BR, e já torcem o nariz, taxando a banda como uma verdadeira #$%¨%$. Entretanto isso cai por terra quando o cidadão assiste à nossa apresentação e vê que o bicho pega. Além disso, a galera curte muito entender as letras ao pegar o encarte, cantar junto e ver que estamos compondo para o nosso país. Tem até partido político de extrema direita elegendo o Trator BR como banda mascote, apesar de não termos nenhum vínculo partidário. Além disso, é muito satisfatório ver gringo cantando um português, mesmo que todo zuado. Chega a ser engraçado, mas é muito legal e portanto, caros headbangers, não julguem a banda pelo nome!!!

Som Extremo: Thrash e death metal estão na veia da Trator BR. Quais as principais bandas que influenciam vocês? E com é o processo de composição?
Mauad: Apesar da nossa proposta ser a de exaltar nosso país e nossa cultura, nossas principais influências são da gringa: Slayer, Cannibal Corpse, Deicide, Morbid Angel, Napalm Death, Carcass, Exodus, Terrorizer, Brujeria e Venom, entre muitas outras da velha escola. Também escutamos muito na adolescência Ratos de Porão, Sepultura, Dorsal atlântica, Torture Squad e até mesmo trouxemos influências de bandas das quais já fizemos parte, como Violator (Pederneiras), Siegrid Ingrid (São Paulo), Zoltar (Votorantim), Demigod (Bauru), Overthrash (Bauru), Kama-Sutra (Bauru), Morbad (Pederneiras) e Masakra (Londrina), para citar as principais. Todas essas bandas foram somando em nosso aprendizado metálico. As composições acontecem de maneira natural, sem regras. Às vezes um de nós aparece com o instrumental e então montamos a batera e a linha de baixo, enquanto o Aldo trabalha nos vocais. Em outras ocasiões, a inspiração vem da letra, e com essa ideia vamos montando os riffs. Um exemplo é "No Comando dos Vermes", composta pelo baterista, onde fizemos o instrumental e vocais em cima do que ele criou. Assim vamos arando e cultivando nosso repertório.

Som Extremo: A Trator BR esta com nova formação certo? Como está o rendimento desse time?
Mauad: Ótimo, a Trator BR estava engatada em marcha lenta, pois nosso antigo baixista e amigo Adriano foi trabalhar em Sampa e depois prestar serviço em Salvador. Com isso os shows e ensaios da banda foram ficando cada vez mais restritos. Foi com muito pesar que decidimos encontrar um substituto para o Adriano, mas a banda não podia parar, e no fundo isso acabaria acontecendo. Ele não estava dando conta de todos os compromissos, e com muita satisfação, convidamos Jé "Crust" Tarzia, que assumiu o baixo. Ele sempre foi um grande colaborador da banda, além de ser um amigo muito querido por todos e envolvido com o underground. É um ótimo baixista e agora estamos trabalhando bastante para deixar o repertório em dia e posteriormente trabalhar nas composições novas. Estrearemos a nova formação nos dias 07/10 (Bauru), 08/10 (Penápolis) e 09/10 (Botucatu). Quem puder, compareça pra dar aquela força.

Som Extremo: Quando sai o novo material da banda? Quais planos futuros?
Mauad: Já era para ter saído, na realidade. Com a entrada do Jé, estamos reformulando algumas coisas, mas garanto que o resultado ficará melhor. Quanto aos planos futuros, esperamos realizar apresentações no norte e nordeste do país, e mais pra frente ir para fora do país. Tudo depende do apoio dos organizadores. Estamos devendo um show para aquela galera true lá de cima, no Nordeste. Temos vários contatos e vários pedidos por lá e esperamos poder realizar tudo isso.

Som Extremo: Com uma banda tão competente e profissional, o que acha que falta para deslancharem de vez como uma das grandes do metal extremo nacional?
Mauad: Primeiramente obrigado pelos elogios. Ficamos muito honrados quando lemos palavras de apoio como estas. Acho que para nós, falta um selo ou gravadora que nos apóie, pois tudo que fizemos até hoje foi por conta própria, desde gravação, distribuição, mídias, shows, etc. Acredito se tivéssemos esse apoio estrutural, distribuição de CDs em um nível mais brando e shows em festivais de grande porte, o nível da banda se elevaria e consequentemente, a banda evoluiría musicalmente. Fica a dica para os donos de selos e/ou gravadoras ehehehe!!!

Som Extremo: Sei que Bauru conta sempre com um festival muito bom dedicado à música extrema, o "NoiseCore Fest". Além desse evento, existem outros similares? E quanto às bandas daí? Como é a cena underground de Bauru?
Mauad: Cara, não me pergunte isso rsss... Graças ao nosso bom Deus Metálico, existe o Noisecore Fest e seus organizadores. Não quero dar respostas feitas, mas Bauru já foi melhor hehehe. Tínhamos o Apocalipse, entre outros bares, que davam espaço a bandas underground. Hoje em dia, só existem espaços para bandas cover, e tem que ser daqueles covers bem batidos mesmo, tipo “Smoke on The Water”. Tem nego que paga R$ 40,00 para ver bandas cover e não paga R$10,00 para entrar em fest com várias atrações. Para se ter uma ideia, a dona de um dos maiores e mais tradicionais bares de rock daqui disse na minha cara que não põe banda de metal para tocar lá porque não quer clientes que saem do esgoto... até que dá uma música isso hehehe. Então, é triste isso, mas serve para separar os verdadeiros amantes do metal de posers embalistas. Foda-se esse povinho. Tem também o Enxame Coletivo, que está trazendo muita coisa interessante para Bauru. Não é focado no extremo, mas trabalha com o underground em geral, independente de estilo musical. Quanto às bandas, é uma desunião tremenda. São tantas histórias que não vou nem comentar, mas acho que isso é em todo lugar, né?!

Som Extremo: O blog Som Extremo agradece a entrevista. Por favor, deixe mais algumas palavras, pode ser?
Mauad: Bom, primeiramente somos muito gratos pelo espaço cedido à Trator BR. Espero que sejamos parceiros em várias outras ocasiões. Desculpe pelas respostas longas, mas olha que eu tentei resumir. Parabéns pelo trabalho de vocês, sei que é uma batalha eterna que se iguala às bandas que divulgam. Por fim, aquele velho pedido aos bangers de plantão: compareçam aos shows de bandas nacionais, comprem ou apoiem o material e divulguem as mesmas, pois só assim a estrutura metálica crescerá, podendo acrescentar qualidade e quantidade aos shows.... AVANTE, TRATORES!!!

Dark Angel – Leave Scars

Dark Angel – Leave Scars
Shinigami Records (relançamento) – 1989 – Estados Unidos

Essa série de relançamentos de grandes trabalhos que a Shinigami Records (http://www.shinigamirecords.com.br) tem feito está uma maravilha, ainda mais oferecendo músicas bônus no material. Nada como voltar no tempo e se espantar ao relembrar de como certos discos já soavam bem agressivos há mais de 20 anos.
O Slayer fez escola. Tá, isso não é novidade nenhuma, mas se você analisar os discos thrash da época do “Reign in Blood”, perceberá que o estilo muito rápido de Tom Araya cantar está nesse “Leave Scars”. Duvida? Então, dê uma sacada já na faixa de abertura – “The Death of Innocence” – a melhor e mais violenta do álbum, e veja se não concorda. Que porrada!
Entretanto, ao longo do play, a coisa varia entre sons mais trabalhados, e em menor quantidade, os mais diretos. Realmente, as longas composições estão bastante profundas e densas, mas no geral, a qualidade de todas é inquestionável.
Adorei os riffs de “No One Answers” - essa que é outra bala de canhão do CD - na parte dos solos. E a instrumental “Cauterization” é um show de técnica e maturidade. “Older Than Time Itself”, que faz parte da leva das mais diretas, é um coice de mula. Excepcional. E o outro destaque fica para a faixa-título, com solos maravilhosos.
As raízes do rock ‘n’ roll marcam presença na cover do Led Zeppelin “Immigrant Song”, cujos famosos gritos no início da canção soaram meio hilários aqui, dando a impressão de que foram feitos com certo tom de deboche. Mas quem se importa? Ficaram muito legais!
O vocal seco e muito raivoso de Ron Rinehart dá um tom de violência e rebeldia a mais no álbum. Sem dúvida, uma contribuição de peso ao trabalho. Bem, e vale o registro da máquina que está na bateria: o lendário Gene Hoglan, um dos melhores do mundo. Com um time desses, a coisa só poderia resultar num material fodástico.
Outra constatação interessante: para um disco com mais de duas décadas de vida, a qualidade da gravação é espantosa, excelente se considerarmos o fato. Já nas quatro bônus ao vivo, o som é inferior, mas contraditoriamente, as músicas parecem mais extremas do que nas versões de estúdio. Como pode? E a simples, porém linda capa, por alguma razão me lembrou o filme “O Exorcista”.
Para os amantes de thrash e para os mais novos, que escutam essas bandas mais modernas, sem conhecer um pouco do estilo clássico, isso é não somente aconselhável, mas obrigatório.

NOTA 8,5

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Machina Metal - novo programa

PROGRAMA DO DIA 26/08/2011 DISPONÍVEL NA NET!!!

 
Pessoal, faço questão aqui de divulgar o programa de rádio Machina Metal, veiculado pela Rádio UFSCar - Universidade Federal de São Carlos e comandado pelo grande João Jorge Pereira.
Para quem não conhece, João é um cara que está ou esteve à frente de bandas fenomenais como Dysnomia (http://www.myspace.com/dysnomiametal) e também de uma das minhas favoritas, a Neuro-Visceral Exhumation (ler resenha aqui), um dos mais importantes representantes do goregrind que o Brasil já teve.
O programa Machina Metal vai ao ar às quintas-feiras às 23h00.
O que, você não tem como escutar porque a Rádio UFSCar não pega na sua cidade? Seus problemas acabaram! Apresentamos o fabuloso link http://www.radio.ufscar.br/machinametal/ onde você pode escutar e até mesmo fazer downloads dos programas!
É isso, fica a dica, o Machina Metal é feito por quem realmente entende de música underground.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Crucifixion BR – War Against Christian Souls (EP)

Crucifixion BR – War Against Christian Souls (EP)
Satanica Productions – 2011 - Brasil

E as bandas de metal extremo nacionais não param de surpreender!!! Aqui, mais outro digníssimo exemplo de qualidade e profissionalismo, vindo lá do sul. Com apenas três faixas, a Crucifixion BR consegue destruir tímpanos e agradar bastante. E é apenas a ponta do iceberg do vindouro full-length “Destroying the Fucking Disciples of Christ”.
O trio investe em um black metal com trechos death de forma convincente e bem trabalhada. Na música de abertura – “Eternal Judgement” – nota-se o potencial do grupo, que insere no meio do bom barulho um trecho acústico que remete à Azaghal. O contraste torna a canção ainda mais brutal, muito boa.
Depois, vem a agressiva “Crucifixion”. É um som bem direto, a mais porrada das três composições. Curiosidade: esse título, que também deu nome à banda, foi extraído da música do Sepultura (Morbid Visions). Uma homenagem e tanto.
Fechando o EP, “Destroying the Fucking Disciples of Christ” (sim, é o mesmo nome do futuro álbum do grupo) é pura heresia e destruição, a melhor do disco.
No geral, as músicas são velozes, com vocais infernais de Lord Grave War (lembra o de Emperor Magus Caligula, do Dark Funeral), que também é o guitarrista da banda. Aliás, os riffs são bem elaborados, diga-se de passagem. O baixista Blasphemy não faz feio e manda ver na cozinha, completada por Darkmoon, uma moça (!) que surra a bateria sem dó e quase nunca para com os bumbos duplos. Perceberam a violência que a Crucifixion BR emana?
                Qualidade da gravação ótima, e artes gráficas muito boas. A banda está prometendo muito com essa prévia. Ah, ficou interessado? Entra lá no www.satanica.org e arruma o seu, meu amigo. Minha aposta é que o conjunto estará no topo do black nacional muito em breve.

NOTA 9,0

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Vader – Welcome to the Morbid Reich

Vader – Welcome to the Morbid Reich
Laser Company – 2011 – Polônia

Ah, a Vader nunca para. É um disco atrás do outro, seja ele um full-length, um EP ou um DVD. Uma das mais impressionantes bandas de death metal do planeta, que carrega consigo um jeito único de executar músicas realmente extremas. Como de praxe, os poloneses, comandados por Piotr "Peter" Wiwczarek, mais uma vez apresentam um trabalho de respeito. E para a felicidade plena, a Laser Company (http://www.lasercompanymusicstore.com.br/), sempre ela, traz essa obra para o Brasil.
Quem acompanha a banda até já se familiariza com sua velha e boa fórmula de fazer death metal: riffs potentes, solos meio pirados, bateria quase que humanamente impossível de tão veloz, e o vocal inconfundível do líder.
Não apresentam nada de novo (a não ser a formação da banda, que está sempre mudando), e pensando por esse lado, não há com o que se preocupar: parece que após o estranho “The Beast”, os caras voltaram ao “normal”, e dessa zona de conforto, parece que não se arriscarão mais a sair. Continuam sabendo direitinho quando uma composição tem que ser mais ou menos brutal, através de arranjos bem trabalhados e convincentes.
A boa produção é outro fator constante no grupo, então, não é preciso me aprofundar no quesito. Mais uma vez, deram um show.
Como destaques, cito “Ultima Thule”, que dá a cara da Vader em todos os seus aspectos; “Come and See My Sacrifice” que, ao contrário da primeira, mostra um lado bastante trabalhado da banda; “Only Hell Knows”, a mais porrada do CD (é impressão minha ou essa talvez seja a mais veloz da carreira do grupo , no que se refere aos lindos blast beats?); e “Don't Rip the Beast's Heart Out”, simplesmente empolgante e muito bem acabada.
               Opa, e a Laser Company nos brindou com duas faixas bônus! São elas "Troops of Tomorrow" e "Raping the Earth". Só alegria!
“Welcome to the Morbid Reich” mantém o bom nível dos discos anteriores, mostrando-se mais um grande trabalho na extensa discografia do grupo, mas ainda não conseguiu bater clássicos absolutos como “Black to the Blind” ou “Litany”, por exemplo. Ainda sim, uma boa constatação: o tempo passa e a Vader não amolece.

NOTA 8,5

Division Hell: confirmada estréia da banda nos palcos


O DIVISON HELL confirmou sua participação na edição 2011 do Metal Wheel ao lado das bandas Alcoholic D.C., Diableros e Rejection (Pantera cover). Este evento será de grande importância para o grupo, já que irá marcar sua estréia nos palcos, além de ser servir como prova de fogo diante do público.  Nessa oportunidade irão executar um curto set list, com apenas 30 minutos, focando nas músicas que serão lançadas no vindouro single “ApokaliptikA”. O evento acontecerá no dia 24 de agosto, no Hangar Music Hall, em Curitiba, a partir das 22 horas. O vocalista e guitarrista Ubour comentou: “Estamos ansiosos para subir no palco e destruir tudo! Estamos ensaiando exaustivamente! O set list será curto, mas queremos fazê-lo mais brutal possível! Vai ser foda!” Em paralelo o DIVISION HELL continua em estúdio ao lado do produtor Fábio Banks para a gravação do debut álbum, com lançamento previsto para o início de 2012.
Para ler resenha de duas músicas da banda, clique aqui.
Serviço:
Local: Hangar Music Hall
Endereço: Al. Dr. Muricy, nª 1091, Largo da Ordem, Curitiba/PR
Data: 24/09 (sábado)
Horário: 22h00
Ingressos: R$ 10,00
Informações: http://www.hangarmusichall.com.br/ 

Sites relacionados:

 Fonte: Island Press

Ace 4 Trays: banda lança vídeo para novo single


Ace 4 Trays: banda lança vídeo para novo single A banda paulista ACE 4 TRAYS está em fase final de produção do seu segundo álbum, intitulado “Bittersweet”, com lançamento previsto para Setembro de 2011. Como prévia do novo trabalho disponibilizam para o público o vídeo da faixa “Price To Pay”. Para ver o vídeo acesse: http://ace4trays.com/. O vídeo foi dirigido por André Vidigal em parceria com a produtora Talk Filmes. “É uma porrada visual para acompanhar a música, divirtam-se”, comenta André. Em paralelo o ACE 4 TRAYS está agendando uma turnê para promover o vindouro novo álbum. A Bittersweet Tour terá início com a realização de um grande show para lançamento do CD na cidade de São Paulo no mês de Outubro (data e local serão anunciados em breve).
Sites relacionados:


Fonte: Island Press

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Belphegor – Walpurgis Rites – Hexenwahn

Belphegor – Walpurgis Rites – Hexenwahn
Laser Company – 2009 - Áustria

Já faz dois anos do lançamento e ainda sim, vale muito a pena reforçar esse registro. Mas calma, espera um pouco, deixa eu recuperar o fôlego... meus amigos, tenho uma confissão séria a fazer: apesar de ouvir falar da Belphegor há anos, nunca fui de fato atrás do som deles. Se arrependimento matasse...
O bom foi a Laser Company trazer isso para o Brasil, um investimento e tanto. Afinal, a banda tem uma legião de fãs respeitável por aqui. E vou dizer mais: puta merda, como é bom! Estou impressionado com o patamar de extremismo no qual os austríacos se encontram. Como pode um trio fazer tanto barulho?
E isso só com a faixa de abertura, que leva o nome do CD. Realmente avassaladora! E tão impressionante quanto, é o fato de conseguirem distribuir uma boa dose de belas melodias em um som que a princípio jamais aceitaria tal mistura. Ouçam “Veneratio Diaboli - I Am Sin” para entenderem exatamente o que digo.
Agora, menos atordoado com a violência do disco, afirmo que o grupo faz uma rica mescla de death e black metal, com inspirados riffs velozes e uma bateria destruidora. O vocal consegue um feito incrível ao ficar exatamente entre um estilo e outro. É muito interessante, porque dentro de cada música, dá para perceber quando algo soa mais death ou mais black, quase uma divisão visível nas composições da Belphegor. E isso de maneira alguma é ruim, longe disso!
A versatilidade do trio é fora do normal. Transitam entre picos e abismos de violência com uma facilidade quase inacreditável. Banda completa!
Aqui e ali, você nota principalmente um quê de Dark Funeral – chequem “Reichswehr in Blood” para admirar o espetáculo que é a canção. E até em experiências mais cadenciadas como “Der Geistertreiber”, que pode ser vista no clipe abaixo, eles mostram que entendem da coisa. Um show!
E exemplificando tudo o que escrevi acima, vem a faixa de encerramento – “Hexenwahn – Totenkult” – a que mais gera contraste entre partes brutais e cadenciadas, mostrando todo o potencial da banda. Simplesmente perfeita.
Com esse nível de qualidade, a parte gráfica tinha que manter o padrão. A arte do encarte é qualquer coisa de espetacular, detalhada e linda. Os caras investem pesado na imagem do produto, e merecem nota máxima por isso. Bom, e o papel luxuoso também ajuda ainda mais nessa boa impressão.
No geral, mesmo tendo conhecido a Belphegor através desse trabalho aqui, posso afirmar categoricamente que a banda está tranquilamente entre as maiores do underground mundial. Duvido que alguém discorde. Este hipnótico “Walpurgis Rites – Rexenwahn” é só uma prova disso.
Na boa, é tão excepcional que em breve, haverá resenha do mais novo álbum do grupo – “Blood Magick Necromance”. Como diria Silvio Santos: “aguardemmmmmmmm...”

NOTA 9,7

Engines of Torture disponibiliza promo vídeo

A banda de brutal death metal Engines of Torture postou recentemente um vídeo promocional da música "Deadlands", que faz parte do EP "Obsidian Redemption" (ler resenha aqui), lançado em 2010. O clipe mostra imagens variadas da banda no estúdio, em shows e no dia a dia. O EP está disponível para download gratuito no link http://www.4shared.com/file/EO9E8Kdh/Engines_of_Torture_-_Obsidian_.html.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Scream of Death – Scream of Death

Scream of Death – Scream of Death
Independente – 2011 – Brasil

Outra banda lá do norte que vem mostrar muita qualidade aqui no blog. Vindos do Pará, a Scream of Death foi formada em 2008 como quarteto, mas depois de um tempo e mudanças de formação, tornou-se um forte time de cinco integrantes.
As influências são as melhores possíveis dentro do thrash e death metal: Death, Slayer, Torture Squad, Exodus, Kreator e Lamb of God, entre outras. É o que consta no release do grupo. Bom, e com tanta coisa boa, o som dos paraenses alcança resultado tremendamente positivo com essa demo.
O legal da banda é você perceber o thrash anos 80 com uma roupagem moderna, muito bem gravada. Eles conseguem mesclar o old e o new school de forma espontânea e verdadeira, e e raiva e a garra com as quais os músicos extrapolam são fantásticas. Tudo soa bastante visceral na demo.
O material é composto por cinco faixas, sendo uma introdução. No geral, fazem um som profissional, bem conciso e trabalhado. “Scream of Death” – a faixa – é cadenciada e pesadona. Não prioriza a velocidade e agrada bastante. Na sequência, “Slaves” é puro thrash da clássica década de 80, naquela pegada do Metallica, Exodus e Kreator da época. E putz, que solo lindo!
Depois tem “Head Graves” no mesmo clima da anterior, mas sem soar repetitivo. É um som mais quebrado, com maior alternância de ritmos, muito boa. Os bumbos também chamam a atenção pela velocidade e agressividade. Fechando com chave de ouro, temos a melhor, “Mindtrip”, furiosa e bem trabalhada.
Quanto aos músicos, tenho que registrar: os guitarristas são excelentes (ouçam os solos) e o vocal de Thiago Leal lembra demais o de Pete Helmkamp (Angel Corpse).
A banda planeja relançar em dezembro as quatro composições (a introdução fica de fora) acompanhada de uma inédita em um split com a Critical Fear. Expectativa é o que não faltará, mas para matarem a vontade, a Scream of Death disponibilizou este trabalho aqui resenhado para download. Thrash ‘Em All!!!

NOTA 9,0

Hell Divine lança sua 3ª coletânea


A revista eletrônica Hell Divine, especializada em música extrema, acaba de lançar sua terceira coletânea, chamada "Upcoming Hell".
O editor-chefe Pedro Humangous dá mais detalhes do novo material.
"A cada dois meses - intercalando com cada lançamento de uma nova edição da revista Hell Divine - procuramos lançar uma coletânea digna de nos representar. Para isso, buscamos as melhores bandas do nosso cenário nacional e internacional. As bandas mais conhecidas já não precisam de tal exposição. Portanto, damos espaço para o underground - que convenhamos, é repleto de bandas sensacionais! Apresentamos então, o volume 3 do Upcoming Hell! Como costumamos dizer: Aproveitem, baixem e divulguem bastante! É pra vocês, é de graça! GO TO HELL!!"

Track List:
01 - Against Tolerance - Cold Hearts
02 - Age Of Artemis - Truth In Your Eyes
03 - Andragonia - Silent Screams
04 - Cangaço - Sete Orelhas
05 - Comando Nuclear - Unidos pelo Metal
06 - Confiteor - More Than Their Lies
07 - Decimator - Call to War
08 - Deus Castiga - Darkest Night
09 - Evil Emperor - Evil Emperor
10 - Finally Doomsday - Post Nuclear Armageddon
11 - Hammer 67 - Time to Burn
12 - Hate In Flesh - Wondering Through Despair
13 - Nekrost - The Dark Path
14 - Phornax - Silent War
15 - Spallah - Shine
16 - Tales For The Unspoken - Makumba


--
Pedro Humangous
Editor Chefe
http://www.helldivine.com/

Facada apresenta seu novo clipe



E a banda Facada, a maior do Brasil no grindcore, está de clipe novo. Trata-se de "O Joio", título do segundo álbum do conjunto, lançado em 2010. O vídeo pode ser visualizado no link abaixo. Vale lembrar que em maio, o vocalista/baixista James concedeu uma entrevista ao blog Som Extremo.