quinta-feira, 28 de abril de 2011

Cliteater – The Great Southern Clitkill

Cliteater – The Great Southern Clitkill
War Anthem Records - 2010 - Holanda



Eis a mais recente violência sonora dos comedores de clitóris (tradução livre do nome da banda), ainda pouco conhecida no país. Porrada!!! É um Grindcore com “G” maiúsculo, visceral e muito brutal o executado aqui.
E quem conhece os outros trabalhos sabe que os caras têm um humor e tanto. Vejam os nomes dos álbuns anteriores e tirem suas conclusões. Nesse, o “homenageado” da vez é o Pantera. E a farra não ficou só no nome do CD não! Na música-título, mais uma boa e engraçada supresa: os caras coverizam a “The Great Southern Trendkill”, numa versão ainda mais pesada e veloz. Muito boa!
Outros destaques imediatos são “Now I Lay Me Down To Cheat” e “F.F. (Fuckin faggot)”, que começam de uma tal maneira que o ouvinte se assusta com a violência dessas músicas. Em “Positiv Aspects Of Collective Chaos (Part IV)” temos um pouco (pouco mesmo) de melodia misturada ao blast beat infernal da bateria (excelente por sinal), intercalado por vociferações inusitadas. E há um interessante “instrumental” no final da música. Ah, se o som tivesse cheiro, aconselharia máscaras de gás enquanto ouvissem esse trecho.
Já a levada de “Fred Shipman (A Sick Man)”, não tão veloz, é um convite para se debater insanamente pelo quarto. O mesmo efeito é causado pela penúltima faixa - “Knoxville Horror Mutilations” – com um baixo maravilhoso dando um toque mais podre ao som.
Um fato interessante é que entre os componentes, temos o vocalista Joost Silvrants, que também atua no magnífico Inhume, e já chegou a passar pelo grande Sinister. O cara vomita as letras de uma maneira que você se pergunta como ele consegue atingir aquele “timbre”. A potência da garganta do cara é sem dúvida um dos principais elementos que deixa “The Great Southern Clitkill” ainda mais extremo.
No geral, as músicas têm várias mudanças de ritmo, e quebradas que agradam bastante. Mas calma, fãs de sons rápidos: o álbum é em sua essência movido pela alta velocidade.
Para completar, a gravação é ótima, algo que já se tornou comum em bandas tão sujas e extremas como a Cliteater. Como exemplo, ouça os riffs-machadadas lentos e densos de “I Hypochondriac”.
                E não me canso de falar do peso disso aqui. As afinações graves só ajudam. Enfim, quase 33 minutos de puro grind bem feito. Mais uma banda que merece estar entre as melhores do planeta no estilo. E claro, para quem curte podridão, já tem sua lição de casa: ouvir toda a discografia desses holandeses.

NOTA 8,5

2 comentários:

  1. http://sexbeergrindcore.blogspot.com/

    Saudações cara!

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  2. É hoje à noite será publicada uma pequena entrevista com o guitarrista Ivan Cuijpers, que também faz pitch vocals na
    Cliteater.

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