quarta-feira, 9 de abril de 2014

Entrevista - King Fear




A banda ainda está saindo das fraldas, mas já lançou um EP e um ‘debut‘ de respeito. Entre um dos integrantes, o vocalista Nachtgarm, que passou pela Dark Funeral. Ou seja, tem músico gabaritado e, como já deve ser esperado, a King Fear manda ver no Black Metal, que vai pra um lado mais cadenciado, mas não menos impiedoso. Em 2013, soltaram o empolgante “Frostbite“ (ler resenha aqui), lançado no Brasil via Shinigami Records, gravadora que, por sua vez, foi responsável pelo intermédio da entrevista com guitarrista/baixista Mål Dæth. Como ele mesmo disse ao final, “longa vida ao King“!


O que pode dizer sobre o ‘feedback‘ do ‘debut‘ “Frostbite“? O CD foi lançado no Brasil via Shinigami Records. Vocês tiveram algum feedback daqui?
Mål: Você está certo, o álbum foi lançado pela Shinigami Records. O retorno que tivemos desde que o disco saiu tem sido realmente bom. O Brasil é um país de Metal e as pessoa sparecem gostar de nós aí.


Antes de vocês gravarem “Frostbite“ (2013), gravaram o EP “King Fear“ (2012) e então os integrantes se separaram. Como foi a reunião para a gravação do ‘debut‘? A King Fear é um projeto ou uma banda hoje em dia?
Mål: Para nós, nunca houve uma reunião. Nós nunca nos separamos ou algo do tipo. O que você precisa ter em mente é que Nachtgarm estava em turnê com o Dark Funeral logo após o lançamento do EP. Naquele período, era difícil manter as atividades (da King Fear), mas nunca quisemos acabar com a banda. Começamos como um projeto e agora vemos que a King Fear é uma banda.


A propósito, apenas curiosidade: quem gravou a bateria no EP? Ou foi uma bateria programada?
Mål: Já tinha sido BonneIn. Naquela época, trabalhamos com dois integrantes, do início das gravações de “Frostbite“, e então, ele passou a ser membro efetivo.


Como foi a concepção de “Frostbite“? “Inspirado na história do montanhismo, a  King Fear criou um álbum conceitual baseado na ‘conquista do inútil‘ - desejo possessivo da humanidade de alcançar os mais altos picos das montanhas“. Essa é a descrição da sua página no Facebook. Poderia falar um pouco mais sobre isso?
Mål: “Você está certo, o álbum é sobre isso... as montanhas e lendas sobre elas. Para nós, é realmente importante procurar pela verdadera escuridão e nós a encontramos nessas histórias. Imagine estar na assim chamada 'DeathZone', a região com mais 8000 metros. Não há vida. Este é um inferno na Terra.


O encarte do CD é bonito e clean. Obviamente que refere-se ao conceito do álbum. Como foi seu desenvolvimento?
Mål: Obrigado! Gosto muito dele. As fotos foram tiradas por um amigo, em Spitzbergen. No minuto em que eu as vi, soube que precisaria delas para nosso disco. O resto da arte gráfica foi feita por Hiko, um artista incrível, de nossa cidade Hamburgo. Ele ouviu as músicas e se inspirou no clima imediatamente.


Você gravou as cordas. Quem toca baixo (ou guitarra) ao vivo?
Mål: A King Fear não toca ao vivo por enquanto. Então, não pensamos nisso.


A King Fear é uma banda de Black Metal “com um tapa de Black’ n’ Roll“. Você sente algum preconceito por parte de fãs de raw Black Metal?
Mål: Sempre há pessoas que podem nos odiar, mas realmente não nos importamos. Como disse uma vez Gaahl, da God Seed, ‘a humanidade é conhecida por ser intolerante'... Por que com a cena Black Metal seria diferente?


Nachtgarm cantou na Dark Funeral em 2011/2012. Diferentemente da King Fear, eles são velozes quase o tempo todo. Sobre isso, como foi sua adaptação à Dark Funeral e, mais tarde, “de volta“ à King Fear?
Mål: Nachtagrm é um dos melhores vocalistas por aí. Ele não se limita à velocidade ou a um certo estilo. Para a King Fear, ele sempre tentou converger todas as suas habilidades às canções, e acho que ele atingiu o objetivo como nenhum outro vocalista conseguiria. Às vezes é mais complicado tocar lento do que rápido porque a emoção ganha mais importância. Para Nachtagrm, no entanto, velocidade não é problema.


A King Fear é da Alemanha. Bem, conhecemos algumas bandas extremas daí, como Kreator, Sodom, Destruction etc (ok, não são bandas de Black Metal) – e pessoalmente, conheço a Kaapora, de Death Metal, que conta com um integrante brasileiro. Mas o que você poderia dizer sobre mais bandas underground? Como é a cena na Alemanha?
Mål: A cena alemã é realmente boa. Você deveria ouvir Negator, outra banda de Nachtagrm. Também dar uma sacada na Harasai, uma ótima banda de Thrash Metal, que fazem parte do cast de nossa gravadora, aqui. Há também a Bullbar, um projeto que tive há alguns anos com dezesseis diferentes vocalistas da cena underground alemã.


Agradeço demais a entrevista! Parabéns pelo álbum! Por favor, deixe uma mensagem para os fãs brasileiros.

Mål: Obrigado pelo grande apoio! Longa vida ao rei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário