Pentacrostic - The Meaning of Life
Old Pride Records/Voice
Music – 2009 – Brasil
Tive uma
experiência que, embora não tenha sido proposital, foi interessantíssima: sem
nunca ter de fato acompanhado a carreira de uma banda, escutei recentemente seu
primeiro e o mais atual ‘full length’, sem conhecer nada nesse enorme intervalo
entre os dois trabalhos.
No caso, falo
da competentíssima Pentacrostic, cujo fantástico ‘debut’, “The Pain Tears”,
data de 1992 (relançado pela Old Pride Records este ano), enquanto “The Meaning
of Life” saiu dezessete anos depois, em 2009.
Portanto, é
incrível comparar a evolução do que já era ótimo, num intervalo de tempo tão
grande. E de cara, a primeira impressão é a de que os paulistas, que mandavam (mandam)
ver no Doom/Death Metal deixaram de lado muito do primeiro estilo e priorizaram
o segundo. Mas o charme permaneceu, o que é o mais importante.
Dentro da
proposta hoje, é impressionante – pra não dizer assustador – o trabalho de
bumbos do baterista Leandro Gavazzi, que esmigalha as peles com sua
metralhadora nos pés. A habilidade do cara é para ser estudada!
Mas é claro que
a coisa funciona por ser um trabalho em grupo aqui: logo, as composições, que
estão consideravelmente mais extremas, continuam com arranjos muito bons, cheio
de variações, reflexo da experiência de todos os excelentes integrantes da
banda – André Gubber, atual Skinlepsy, estava na guitarra na época.
Como dito, a
sonoridade da Pentacrostic ficou mais brutal, com aumento considerável da
velocidade das músicas e uma pegada mais agressiva de modo geral. Vejam aí que duas
décadas se passaram desde o início das atividades da Pentacrostic até esse
álbum, e os caras não cederam ao mainstream. Pelo contrário, estão mais
underground do que nunca.
Como se não
bastasse tanta coisa boa, o material conta ainda com a participação de Denis Di
Lallo (ex-Andralls), um dos produtores do trabalho, e de Fabio Jhásko (ex-Sarcófago).
Precisa dizer mais alguma coisa? Aliás, coincidentemente, a produção está muito
boa e essa atmosfera remete até mesmo ao clássico “The Laws of Scourge”, da
banda mineira.
Pra constar, a
última faixa, "Welcome to the Suffering", é uma regravação da segunda
demo do conjunto, que leva o mesmo título.
Enfim, mais um
álbum espetacular desse pessoal, que segue firme na ativa e nos brinda com grandes
registros. Parabéns, Old Pride Records, pelo lançamento!
Nota 8,5
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OTIMA RESENHA PENA QUE O CD ESTA QUASE FORA DE CATALOGO
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