segunda-feira, 7 de julho de 2014

Pentacrostic - The Meaning of Life

Pentacrostic - The Meaning of Life
Old Pride Records/Voice Music – 2009 – Brasil


Tive uma experiência que, embora não tenha sido proposital, foi interessantíssima: sem nunca ter de fato acompanhado a carreira de uma banda, escutei recentemente seu primeiro e o mais atual ‘full length’, sem conhecer nada nesse enorme intervalo entre os dois trabalhos.
No caso, falo da competentíssima Pentacrostic, cujo fantástico ‘debut’, “The Pain Tears”, data de 1992 (relançado pela Old Pride Records este ano), enquanto “The Meaning of Life” saiu dezessete anos depois, em 2009.
Portanto, é incrível comparar a evolução do que já era ótimo, num intervalo de tempo tão grande. E de cara, a primeira impressão é a de que os paulistas, que mandavam (mandam) ver no Doom/Death Metal deixaram de lado muito do primeiro estilo e priorizaram o segundo. Mas o charme permaneceu, o que é o mais importante.
Dentro da proposta hoje, é impressionante – pra não dizer assustador – o trabalho de bumbos do baterista Leandro Gavazzi, que esmigalha as peles com sua metralhadora nos pés. A habilidade do cara é para ser estudada!
Mas é claro que a coisa funciona por ser um trabalho em grupo aqui: logo, as composições, que estão consideravelmente mais extremas, continuam com arranjos muito bons, cheio de variações, reflexo da experiência de todos os excelentes integrantes da banda – André Gubber, atual Skinlepsy, estava na guitarra na época.
Como dito, a sonoridade da Pentacrostic ficou mais brutal, com aumento considerável da velocidade das músicas e uma pegada mais agressiva de modo geral. Vejam aí que duas décadas se passaram desde o início das atividades da Pentacrostic até esse álbum, e os caras não cederam ao mainstream. Pelo contrário, estão mais underground do que nunca.
Como se não bastasse tanta coisa boa, o material conta ainda com a participação de Denis Di Lallo (ex-Andralls), um dos produtores do trabalho, e de Fabio Jhásko (ex-Sarcófago). Precisa dizer mais alguma coisa? Aliás, coincidentemente, a produção está muito boa e essa atmosfera remete até mesmo ao clássico “The Laws of Scourge”, da banda mineira.
Pra constar, a última faixa, "Welcome to the Suffering", é uma regravação da segunda demo do conjunto, que leva o mesmo título.
Enfim, mais um álbum espetacular desse pessoal, que segue firme na ativa e nos brinda com grandes registros. Parabéns, Old Pride Records, pelo lançamento!

Nota 8,5
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