A molecada da NoWrong chegou
chegando com seu Heavy com pitadas Thrash no ‘debut’ “Prognostic of a GreatDisaster”, lançado recentemente pela Shinigami Records. O material tem sido
elogiado aos quatro ventos. Por meio da Metal Media (www.metalmedia.com.br), o baterista Arthur Castro
falou um pouco sobre o disco e planos futuros da banda. Dá uma sacada aí!
Este ano a banda lançou o primeiro álbum, “Prognostic of a Great Disaster”,
que vem tendo uma recepção bem acima da média. Vocês esperavam por isso?
Arthur Castro: Olá! Primeiramente gostaria de agradecer o espaço
aberto para esta entrevista, toda iniciativa de exaltar a cena underground é
sempre muito bem vinda! Agora vamos á sua pergunta (risos). Embora tenhamos nos
esforçado ao máximo na concepção e na produção do álbum, não esperávamos essa
recepção tão boa por parte do público e da mídia especializada. Sinceramente,
está sendo uma grande realização para todos nós, que formamos o Nowrong!
O disco apresenta uma mistura bem equilibrada de Thrash e Heavy. Como é
o processo de composição do grupo?
Arthur Castro: Normalmente o Dio MadLock (vocal/guitarra) ou o
Rafael Bread (guitarra) levam algum riff ou até mesmo a música inteira para o
ensaio. A partir disso nós vamos lapidando a música até ela parecer algo que
nós escutaríamos. Depois nós vamos discutindo sobre qual o assunto a letra
poderia abordar, daí o Dio MadLock entra em cena novamente e acaba criando uma
letra que se encaixe com a melodia da música. E embora pareça uma fórmula
simples, nós sempre acabamos modificando as músicas. Durante a gravação do
álbum, quase ficamos malucos (risos).
Como bônus, vocês fizeram uma cover para a banda Cretinos e Canalhas.
Como surgiu a ideia?
Arthur Castro: O pessoal do Cretinos são nossos camaradas há muito
tempo e nós nos identificamos muito com as músicas deles, principalmente com a
“Trem do Inferno”. Além disso, nós queríamos gravar um cover de alguma banda da
nossa cena local, não queríamos exaltar um artista da grande mídia, que já
possui exposição suficiente.
A capa do álbum é muito bonita e bem característica. Qual o significado
dela? Vocês estão satisfeitos com o trabalho?
Arthur Castro: O álbum inteiro possui uma temática: seria o
nascimento, crescimento e morte de uma pessoa. Mas não uma pessoa com poderes
especiais, ou com um futuro brilhante. Queríamos demonstrar o crescimento de
uma pessoa normal, com todos os erros, acertos, dúvidas e deslizes. E a capa
reflete o início de tudo isso: nela, estamos fazendo menção a um nascimento, e a
como a sociedade realiza uma pressão psicológica desde cedo em todos nós,
primeiro para sermos educados, crescendo segundo as morais e tradições, depois,
como se encaixar em algum grupo social, arrumar um emprego e por aí vai.
NoWrong é relativamente uma
banda nova, com quatro anos. Qual a visão de vocês perante nosso underground?
Arthur Castro: Mesmo com apenas quatro anos de banda, nós já
passamos por muita coisa, muita mesmo. Nós temos histórias até demais para
contar (risos). Quanto à cena underground ao nosso redor, ela é ótima e
horrível ao mesmo tempo. Ótima, pois nos fez conhecer bandas e pessoas
extremamente habilidosas e originais, além de, a cada ensaio, a cada show,
estarmos fazendo o que nós amamos, que é tocar Rock e beber (risos). E ao mesmo
tempo é horrível, pois nós nunca recebemos um incentivo monetário na mesma
proporção do nosso sacrifício, afinal deixar namorada, o estudo e o emprego
pelo Rock pode até parecer romântico, mas não é nada fácil.
O que a banda pensa das novas tecnologias? Vocês já trabalham com este
tipo de material?
Arthur Castro: Nós somos completamente a favor das novas
tecnologias. Com elas, apenas a nossa criatividade é o limite. A propósito, a
letra da “Cyborg” fala um pouco sobre isso, como lidamos com novas tecnologias
e tudo mais. E infelizmente não utilizamos muitas tecnologias novas ou
diferentes na composição ou na gravação do álbum. Além de termos muita
influência do Rock mais simples - AC/DC, ZZ Top, Airbourne etc -, ainda estamos
nos acostumando com os processos da gravação convencional. Mas em nossos
próximos trabalhos pretendemos utilizar algumas coisas novas.
Conte-nos um pouco do que a banda está preparando para um futuro
próximo?
Arthur Castro: No momento estamos gravando o nosso primeiro clipe e
lapidando a ideia de fazer uma turnê fora do país, talvez pelo restante da
América do Sul ou até mesmo na Lua, quem sabe (risos). E como nós somos muito
inquietos, já estamos compondo coisas novas para um futuro álbum ou até mesmo
um EP. E apenas complementando, obrigado novamente pelo espaço! Keep rockin!
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