sexta-feira, 13 de julho de 2012

ESPECIAL: Pantera – Vulgar Display of Power


Pantera – Vulgar Display of Power
Atlantic Records – 1992 – Estados Unidos


Em uma data tão especial como o dia mundial do Rock, nada mais justo do que uma resenha de um dos álbuns que mudou a história do Heavy Metal. Além disso, também marca duas décadas de lançamento deste verdadeiro marco da música pesada mundial: obrigado, Pantera, pela demonstração vulgar de seu poder!
O álbum, disputado curva a curva com o anterior – “Cowboys from Hell” – como o favorito pelos fãs da banda, começa com uma pedrada mais do que indicada para liberar a raiva: o hino “Mouth for War”.  Simplesmente perfeita, pesadíssima e muito, muito raivosa. Bom, tá certo que o disco todo tem esse clima, mas essa é especial. Com um ritmo cadenciado durante boa parte da canção e um final arrasador, uma pauleira violentíssima e empolgante!
Para não estender muito o texto, já passo para “Walk”, cujo riff marcante e o andamento permanecerão nas mentes dos headbangers pela eternidade. Excepcional canção!
E o momento mais odioso do play fica por conta da insuperável “Fucking Hostile”, uma das mais furiosas canções que o Thrash Metal já conheceu. Brutal e muito veloz, ela faz com que, no último refrão, o ouvinte destrua sua garganta cantando junto com o selvagem vocalista Phil Anselmo. Atordoante!
Obviamente que outros petardos famosos, como “A New Level”, “Rise” e “By Demons be Driven” merecem destaque pela técnica, pela raiva e pela grandiosidade das composições. Pantera já é garantia de qualidade!
“This Love”, num clima mais ameno (mas mesmo assim, o refrão é matador), e “Hollow”, também mais tranquila, mostram um lado que destoa um pouco do restante dos trabalho. E que fique claro: nem por isso o nível abaixa, muitíssimo pelo contrário!
E o groovie de composições como “No Good (Attack the Radical)”, “Live in a Hole” e “Regular People (Conceit)” são outras coisas espetaculares!
São raros os álbuns que não possuem nada fora do lugar, absolutamente nenhum defeito e, exatamente por isso, tornam-se clássicos absolutos no mundo musical. “Vulgar Display of Power” se encaixa nessa descrição com louvor. PERFEITO!
E para a data histórica não passar batida, o disco foi relançado, contando com a faixa bônus “Piss”, não menos poderosa! Abaixo, todos os clipes deste CD e, na sequência, acompanhe alguns depoimentos de figuras marcadas do cenário nacional contando sobre como o disco está envolvido em suas vidas.

NOTA 10,0







Airton Diniz (editor da revista Roadie Crew):
“Para muitos dos fãs do Pantera, este é o melhor disco da banda e eu concordo com isso. Constam deste álbum algumas das pérolas do Heavy Metal, como ‘Walk’, ‘Fucking Hostile’ e ‘This Love’, que passaram a ser obrigatórias nos set-lists dos shows. Este foi o trabalho que consolidou seu status de grande banda no cenário, logo depois que seu quinto lançamento, o ‘Cowboys From Hell’, transformou o estilo da banda e abriu o caminho para que o Pantera se tornasse um dos ícones do Metal. O passo seguinte foi a chegada ao ‘mainstream’, atingindo o primeiro lugar da BillBoard com ‘Far Beyond Driven’. Isso mesmo: o Pantera foi a primeira banda do Metal a chegar ao primeiro posto na Billboard! Mas, sem passar pelo amadurecimento obtido com ‘Vulgar Display Of Power’, isso não teria acontecido”.


Ricardo Seelig (blog Collector's Room):
"Riffs curtos e certeiros, groove de rachar o assoalho e agressividade escorrendo pelos poros. Com esses três ingredientes, o Pantera revolucionou o som pesado e se tornou a banda de Heavy Metal mais influente da década de 1990. O ápice dessa revolução é 'Vulgar Display of Power', um dos grandes discos do século XX. Faixas como 'Mouth for War', 'Walk', 'Fucking Hostile' e 'This Love' permanecem atuais mesmo com duas décadas de vida, teimam em não envelhecer e mantêm intacto o poder de conquistar e cativar novos fãs. Este é o poder do Heavy Metal - que, de vulgar, meu amigo, não tem nada!


Rodolfo Carrega (Clawn):

“Conheci através do famoso cartoon ‘Beavis and Butthead’, em 96. Lembro como se fosse ontem, eles zoando o clipe de ‘Mouth for War’. Quando ouvi a guita, o peso e a violência musical, decidi que era  aquilo que iria ouvir até morrer. No outro diajá comprei o CD, junto com o ‘Far beyond Driven’. Na (minha) banda, o Pantera é inspiração principalmente na agressividade e criatividade musical, que faz  com que as músicas não sejam todas iguais. Agora fez 20 anos do álbum mais foda dos anos 90, ‘Vulgar Display of Power’, título provavelmente tirado do clássico filme ‘O Exorcista’. Murro na cara, sem piedade , como se vê logo na capa. PANTERA RULES!!!”.

M Mictian (Unearthly):
"O Pantera com certeza é um dos maiores nomes do Metal mundial de todos os tempos... eu lembro muito bem quando comprei o ‘Vulgar Display of Power’ em formato vinil, em um sábado ensolarado aqui no Rio de Janeiro e fiquei impressionado com a energia do álbum. Após isso, virei grande fã da banda e felizmente tive a oportunidade de assistir a um show deles aqui no Brasil".

Fabio Regina (Clawn):
“Eu tenho um carinho todo especial por ele. Esse CD foi o primeiro que eu comprei na minha vida, em novembro de 1993! Me deu uma puta inspiração em correr atrás de outras bandas de peso e para montar bandas e outras coisas... já faz parte da minha vida há quase 19 anos! Daí pra frente foi só desgraça!”.


José “Motor” Mantovani (Desecrated Sphere):
“Escutei o ‘Vulgar Display of Power’ pela primeira vez aos 15 anos de idade, ou seja, o álbum já devia ter quase dez anos. O que mais me impressionou foi o peso, mesmo em comparação com gravações mais atuais, e as composições bem diretas. Eu já conhecia o ‘Cowboys from Hell’, e depois vim a conhecer (e curtir pra cacete) toda a discografia do Pantera, mas o ‘Vulgar’ foi o CD que eu escutei até fritar os falantes, literalmente. O discurso cru de maior parte das letras mostra bem a ‘cara’ do Pantera, uma banda que marcou época mesmo e nunca será substituída. Na época, eu estava começando a tocar e posso dizer que, mesmo sem eu saber, as linhas de Rex Brown me influenciaram profundamente e o timbre de baixo dele na gravação me serve como padrão até hoje”.

Plínio Alves (blog Polêmico Rock):
"Cara, lembro-me perfeitamente desse dia, quando eu tinha por volta dos 14 anos, e estava iniciando minha coleção de vinis. Eu havia passado em uma loja de Metal daqui da cidade, como de costume, e comprei três discos: O ‘Dirt’, do Alice in Chains, ‘Dreams on the Carrion Kind’, do Disincarnate, e o ‘Vulgar Display of Power’, do Pantera. Falando especificamente sobre este último, foi no mínimo uma pancada na orelha quando eu coloquei o play. Um disco nervoso, poderoso e com riffs que grudavam na cabeça, igual catarro na parede. Sem sombra de dúvida, este disco influenciou e influencia muitos novos metaleiros, e foi um marco na década de 90. O Pantera foi e sempre será umas das bandas mais influentes do Metal, juntamente com outros grandes nomes."

Antônio “Tunão” Parreira Neto (Buffalo Theory MTL, ex-Avalon e The Still):
“Além do ‘Vulgar’ ser um clássico absoluto (e o melhor disco do Pantera, na minha opinião), ele tem um lugar especial na minha memória. Logo depois que o disco saiu e eu comprei o CD, nós entramos em estúdio com o The Still para gravar o compacto ‘The Real Peace’. Eu já conhecia o produtor e sabia que ele não era fã de metal, mas era um cara super competente e interessado. Eu levei o CD comigo e falei : ‘Nós queremos que a nossa gravação tenha esse som’. E essa foi a única instrução. Ele deixou o CD rolando como som de fundo durante todo o tempo em que nós ficamos por lá! É claro que nós não fomos capazes de reproduzir o som do Pantera, mas os 11 petardos ficaram gravados para sempre na nossa memória. Além de ser um marco na história do Metal, o ‘Vulgar’ é, para mim, uma referência em termos de como uma banda de Metal deve soar!”.

Um comentário:

  1. Muito bom o blog. Já linkei ele no meu, dá uma espiadinha nele pra ver se você gosta, hehhe. Tem um post do Pantera também, é amador mas é legal

    http://aumentaqueissoarocknroll.blogspot.com.br/2012/03/paulera-na-molera.html

    Grande abraço

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