segunda-feira, 30 de julho de 2012

Evil Emperor – Evil Emperor


Evil Emperor – Evil Emperor
Rotten Foetus – 2011 – Brasil

Uma década de existência e uma paixão gigantesca pelo Death Metal tradicional. Essa é a Evil Emperor, que agora ataca com seu ‘debut’ autointitulado, após duas demos e um split. E a primeira coisa que se nota é que o grupo parece ter uma aura mais bestial e profana do que outras bandas do mesmo estilo.
Então, não tem brincadeira no som desses caras não. Optaram pelo estilo em seu lado mais ‘old school e agora’, sai debaixo. São doze faixas nervosas, sendo uma delas bônus – “Maldição” -, que, como o nome entrega, está em português.
Na bateria, André Rodrigues massacra as peles sem remorso e manda ‘blast beats’ à lá Cannibal Corpse. Mas os ‘groovies’ também ficaram uma beleza, assim como seus bumbos bem encaixados nas composições. E claro, fez uma boa dupla com o baixista Rodrigo “Lamazuus” Linn, formando uma cozinha sólida e agressiva - chequem "Portrait of Evolution".
As guitarras de Eduardo Fallavena e Rikardo Schroeder também trabalharam bem seus riffs, sejam nos momentos mais velozes, sejam nos cadenciados. Nota-se que beberam da escola americana e aprenderam direitinho como se tocar.
Entre os destaques estão “Vobiscum Obscurum”, com seu “momento disparada vocal”, “Evil Emperor” e o refrão totalmente esgoelado, “Butcher of Souls”, uma pancada violenta e a citada “Maldição” que, lá pela metade, muda de “clima” e fica mais obscura, para abrir frente para um solo poderoso.
As letras, além de abordarem os temas típicos do gênero, como escatologias, nojeiras em geral (a música de abertura – “Mutilation Addicted” – é insanamente inspirada) e claro, a morte, ganham também uma roupagem mais profunda nas mãos da banda, falando sobre sentimentos internos humanos que explodem em dor e ódio. Leiam, por exemplo, “Devoured by Inner Bestiality” e sintam a ira em cada palavra proferida pelo vocalista Rodrigo Volkweis.
A enigmática capa, apesar de escura, chama a atenção pela arte desenvolvida: as ilutrações do encarte e ainda da parte de trás do CD, onde esrá o tracklist, são um show!
A gravação também está caprichada e garante aquele gosto amargo e pútrido do tão querido Death Metal.
Com mais uma aula de boa música no underground, a Evil Emperor agora emplaca de vez como um dos importantes representantes do Metal da morte no país. Abram alas para os imperadores do mal!

NOTA 8,0


PS: em breve, nova entrevista com a banda que, curiosamente, foi a primeira a ser entrevistada pelo blog. Leia-a aqui.

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