Evil Emperor – Evil Emperor
Rotten Foetus – 2011 – Brasil
Uma década de
existência e uma paixão gigantesca pelo Death Metal tradicional. Essa é a Evil
Emperor, que agora ataca com seu ‘debut’ autointitulado, após duas demos e um
split. E a primeira coisa que se nota é que o grupo parece ter uma aura mais
bestial e profana do que outras bandas do mesmo estilo.
Então, não tem
brincadeira no som desses caras não. Optaram pelo estilo em seu lado mais ‘old
school e agora’, sai debaixo. São doze faixas nervosas, sendo uma delas bônus –
“Maldição” -, que, como o nome entrega, está em português.
Na bateria,
André Rodrigues massacra as peles sem remorso e manda ‘blast beats’ à lá
Cannibal Corpse. Mas os ‘groovies’ também ficaram uma beleza, assim como seus
bumbos bem encaixados nas composições. E claro, fez uma boa dupla com o
baixista Rodrigo “Lamazuus” Linn, formando uma cozinha sólida e agressiva - chequem "Portrait of Evolution".
As guitarras
de Eduardo Fallavena e Rikardo Schroeder também trabalharam bem seus riffs,
sejam nos momentos mais velozes, sejam nos cadenciados. Nota-se que beberam da
escola americana e aprenderam direitinho como se tocar.
Entre os
destaques estão “Vobiscum Obscurum”, com seu “momento disparada vocal”, “Evil
Emperor” e o refrão totalmente esgoelado, “Butcher of Souls”, uma pancada
violenta e a citada “Maldição” que, lá pela metade, muda de “clima” e fica mais
obscura, para abrir frente para um solo poderoso.
As letras,
além de abordarem os temas típicos do gênero, como escatologias, nojeiras em
geral (a música de abertura – “Mutilation Addicted” – é insanamente inspirada) e
claro, a morte, ganham também uma roupagem mais profunda nas mãos da banda, falando
sobre sentimentos internos humanos que explodem em dor e ódio. Leiam, por
exemplo, “Devoured by Inner Bestiality” e sintam a ira em cada palavra
proferida pelo vocalista Rodrigo Volkweis.
A enigmática
capa, apesar de escura, chama a atenção pela arte desenvolvida: as ilutrações
do encarte e ainda da parte de trás do CD, onde esrá o tracklist, são um show!
A gravação
também está caprichada e garante aquele gosto amargo e pútrido do tão querido
Death Metal.
Com mais uma
aula de boa música no underground, a Evil Emperor agora emplaca de vez como um
dos importantes representantes do Metal da morte no país. Abram alas para os
imperadores do mal!
NOTA 8,0
PS: em breve, nova entrevista com a banda que, curiosamente, foi a primeira a ser entrevistada pelo blog. Leia-a aqui.
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