sábado, 10 de março de 2012

In Flames – especial


A Laser Company (www.lasercompanymusicstore.com.br) ataca novamente com outro Laser Pack! Para quem não se lembra, são pacotes promocionais dedicados a artistas específicos. Desta vez, trata-se de uma das mais admiradas bandas suecas de Metal extremo, a In Flames. E o material conta com nada menos que cinco álbuns desse pessoal: “The Jester Race” (1996 - acompanhado do EP “Black-Ash Inheritance” – 1997), “Whoracle” (1997), “Colony” (1999), “Clayman” (2000) e “A sense of purpose” (2008), todos cheios de bônus! No aspecto geral, são muito bem gravados e com capas fascinantes! Muito bem, ao trabalho!

In Flames - The Jester Race/ Black-Ash Inheritance
Nuclear Blast/Laser Company – 1996 – Suécia

Nem é preciso falar sobre a beleza deste, que é o segundo ‘full length’ da banda. Afinal, é o mínimo esperado para um dos chamados pais do Melodic Death Metal.
O quinteto “pega leve” e capricha nas canções, sempre acompanhadas da característica que talvez seja a que melhor defina seu estilo musical: riffs fantásticos dotados de melodia.
A cadência dita quase todo o CD, com uma enorme variação de ritmos, mas, em um ou outro trecho de faixa, como “Dead Eternity” ou “December Flower”, a porradaria desenfreada corre solta.
Curiosamente, é dificílimo de distinguir a qualidade sonora do álbum e do EP. O ouvinte não percebe quando termina um e começa o outro (exceto na clássica “Behind Space”, do disco “Lunar Strain”, que aqui tem sua versão ao vivo) e isso impressiona. Como já se era de se esperar, a In Flames deu um show neste trabalho.

In Flames - Whoracle
Nuclear Blast/Laser Company – 1997 – Suécia

Trazendo uma sonoridade mais encorpada, mas sempre calcada no Melodic Death, a banda novamente acerta a mão e solta em 97 outro grande álbum. Para que mudar uma fórmula que funciona, não?
Entretanto, “Whoracle” parece mais comedido na velocidade, mais “manso”, melódico e profundo. Nada que diminua sua grandeza. Tanto é que a faixa “Morphing Into Primal” é simplesmente primorosa, alternando as marcas registradas do grupo.
A capa é extraordinária, talvez a mais lembrada pelos fãs da banda. Não é para menos, a ilustração é uma verdadeira obra de arte, com cores e expressões que quase impregnam, em quem a vê, um sentimento de agonia.
Como bônus, o disco traz a música “Clad in Shadows '99” e também o clipe de “Jotun”, além de Screensavers, Winamp skins, Windows theme e galeria de fotos!
É, talvez, o mais clássico álbum dos suecos, não à toa: disco poderoso!

In Flames - Colony
Nuclear Blast/Laser Company – 1999 – Suécia

Opa, parece que neste trabalho, sim, eles modificaram sensivelmente as coisas. Aquele som mais arranjado deu lugar a composições mais diretonas e menos velozes. Caiu para um lado mais Heavy e menos variado.
A melodia que sempre os acompanhou permanece, mas em “Colony”, a sonoridade parece ter menos impacto do que nos outros supracitados discos. Foi uma amaciada que surpreendeu.
Ruim não é, porque uma banda como a In Flames é puro talento. Agora, que essa mudança causa certo estranhamento, ah, isso é inegável. Em outras palavras: CD muito bom, mas, sob o nome do grupo, é meio diferente. Incrível como esse tipo de questão pega, né?
E vale lembrar que a versão da Laser Company vem acompanhada da bônus “Man Made God”, instrumental muito agradável, diga-se de passagem, e, assim como em “Whoracle”, conta com galeria de fotos, o clipe de “Ordinary Story”, papéis de parede, screensaver, Winamp skins, Windows theme e letras (que também estão no encarte).

In Flames - Clayman
Nuclear Blast/Laser Company – 2000 – Suécia

Aparentemente a banda dá certa continuidade a “Colony”, em versão mais pesada (boa!), mas aqui, talvez passos mais ousados tenham sido dados: uma mistura de partes mais pesadonas com outras quase acústicas, uma maior quantidade de cantos limpos, barulhinhos eletrônicos e por aí vai (teria o New Metal deixado algumas sequelas por aqui?). Enfim, o quinteto deu uma modernizada no som e acrescentou riffs mais quebrados (ouça “Pinball Map” ou “...as the Future Repeats Today”, por exemplo).
Bom, para constar: a faixa-título é magnífica, extremamente pesada e intensa, boa demais! E o solo em “Brush the Dust Away” é outra belezura. Aliás, a música toda também é de alto nível! É nesse bom clima que “Another Day in Quicksand” aparece para engrandecer mais a audição. Levada muito empolgante!
Em “Clayman”, pode-se dizer que a In Flames está com uma outra cara que, ao que parece, agradou bastante os fãs. Ah, logicamente que o disco inclui uma bônus (“World of Promises”) e mais screensavers.

In Flames – A sense of purpose
Nuclear Blast/Laser Company/Rock Brigade Records – 2008 – Suécia

                De “Clayman”, saltamos para “A sense of purpose”, o último petardo do Laser Pack, que recebeu como bônus um DVD com o making of da gravação do álbum. Mas primeiramente vamos ao CD, correto?
                E músicas velozes já estavam fazendo falta! “Disconnected” tapa esse buraco com sobras. Depois dessa martelada, “Swim” se sai ainda melhor. Quase escorre uma lágrima de emoção. The old In Flames! Para não passar em branco, vale citar a que encerra o disquinho – “March to the Shore” – com boas variações de ritmo.
No geral, o trabalho é dominado pelos bumbos do baterista Daniel Svensson. Aliados às guitarras matadoras de Björn Gelotte e Jesper Strömblad, as canções ganham um peso quase absurdo e uma encorpada de respeito. Pois sim, aquela melodia de outrora deu uma manerada e agora, o negócio é porrada.
Só que, a essa altura do campeonato, tentar definir o estilo dos caras é algo complexo. Agora, extremo não deixaram de ser, não há motivos para preocupação.
Em contraponto, os vocais rasgados de Anders Fridén, por vezes acompanhados de outros limpos e melódicos, criam uma atmosfera mais suave à brutalidade do play. Uma interessante e paradoxal situação.
Legal falar do encarte caprichado em toda a sua extensão. As ilustrações são um show.
Em suma: “A sense of purpose” é um “quase que praticamente retorno” à melhor fase, o que o torna um dos melhores trabalhos da discografia dos suecos.
Falando do DVD que acompanha o álbum: prepare-se para praticamente um diário sobre toda a produção do disco! Interessantíssimo, principalmente para quem curte conhecer a fundo como funcionam as etapas da gravação. Bastidores, ensaios, brincadeiras, sessões de estúdio, enfim, o cotidiano dos músicos (putz, como gostam de ficar pelados, poupem meus olhos!) e outras pessoas envolvidas é mostrado de forma quase minuciosa. Esse material é vasto, muito vasto!
                Mas é isso aí, acompanhar todo esse Laser Pack é uma aventura muito proveitosa. Quem curte Metal em geral deveria ir atrás e para quem não vive sem In Flames, bom... no mínimo, já deve ter adquirido esse mega pacote há tempos, correto?





NOTA 8,0 (conjunto da obra)

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