Necromorten – Warfuse
Gino Productions/Distro Rock Records/Gallery Productions – 2010 –
Brasil
Tá aí mais uma
banda brazuca que gera um inconformismo geral. É preciso perguntar mais uma vez:
por que diabos não ouvi falar dela antes? Ótima surpresa do nosso underground (não
deveria ser, já que existe desde 1994), o grupo de Fortaleza/Ceará manda bronca
num Thrash Metal visceral! Uma pena o registro ser de 2010, pois certamente
estaria entre os melhores nacionais de 2012!
A porradaria é
calcada em arranjos predominantemente velozes, mas com muito espaço para outros
cadenciados e não menos empolgantes.
Os riffs de
Rodrigo Magnani e Paulo Bessa são primorosos, criativos e pesados, mesmo nos
momentos em que apresentam melodia. Um show da dupla garante a enorme qualidade
do material. Solos então, nem se fale! Chequem, por exemplo, as faixas “Holocaust”
e “Propagator of Pain”!
Outra grande
composição é a seguinte – “Iron & Steel” – novamente embelezada pelas guitarras.
E faltou falar do vocal ultra rasgado de Pablo Castelar – haja goela – além da
estrutura musical que alterna as batidas e dá mais poder a ela.
Já “The
Ridiculous Way” é brutal e maravilhosa, enquanto “Transgressor” ganha destaque
por ter letras em português e com cantos bem encaixados, diga-se de passagem.
A construção e
desenvolvimento introdutório de “The Son of God”, até chegar na parte rápida,
também é outra obra de arte. Depois, não tem mais volta, é só pancada. Detalhe
para o excelente trabalho de baixo de Eduardo Magnani em determinado momento da
música. Fantástico!
Em “Godslayer”,
dá para imaginar os moshs gigantescos que os fãs insanos fariam.
Impressionante! E a bomba atômica que fecha o disco, adequadamente intitulada
de “Thrash Metal”, é um verdadeira aula do estilo.
O encarte também
é um show de profissionalismo: tudo bem trabalhado e com uma interessante
divisão de símbolos/temas nos quais as composições se dividem. Sendo mais
claro, as letras estão divididas em guerra (“Making a War”, “Holocaust”, “Iron
& Steel” e “Propagator of Pain”), religião (“The Ridiculous Way”, “Transgressor”
e “The Son of God”), homem (“Liberty”, “Godslayer” e “The Conqueror Worm”) e orgulho
(“Hymn” e “Thrash Metal”).
Além de tudo
isso, a gravação também é excelente, cristalina e pesada ao mesmo tempo.
Parabéns novamente ao senhor Magnani, que cuidou de todo o processo!
Para quem
curte aquele Thrash irresistível à la Exodus, simplesmente esse disco é uma
escolha mais que perfeita (e obrigatória) para se curtir! Agora, quem não é fã,
mesmo assim, DEVE adquirir o álbum por sua grandiosidade. E aí, cadê o próximo
disco, pessoal?
NOTA 9,0
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