segunda-feira, 2 de julho de 2012

Necromorten – Warfuse


Necromorten – Warfuse
Gino Productions/Distro Rock Records/Gallery Productions – 2010 – Brasil



Tá aí mais uma banda brazuca que gera um inconformismo geral. É preciso perguntar mais uma vez: por que diabos não ouvi falar dela antes? Ótima surpresa do nosso underground (não deveria ser, já que existe desde 1994), o grupo de Fortaleza/Ceará manda bronca num Thrash Metal visceral! Uma pena o registro ser de 2010, pois certamente estaria entre os melhores nacionais de 2012!
A porradaria é calcada em arranjos predominantemente velozes, mas com muito espaço para outros cadenciados e não menos empolgantes.
Os riffs de Rodrigo Magnani e Paulo Bessa são primorosos, criativos e pesados, mesmo nos momentos em que apresentam melodia. Um show da dupla garante a enorme qualidade do material. Solos então, nem se fale! Chequem, por exemplo, as faixas “Holocaust” e “Propagator of Pain”!
Outra grande composição é a seguinte – “Iron & Steel” – novamente embelezada pelas guitarras. E faltou falar do vocal ultra rasgado de Pablo Castelar – haja goela – além da estrutura musical que alterna as batidas e dá mais poder a ela.
Já “The Ridiculous Way” é brutal e maravilhosa, enquanto “Transgressor” ganha destaque por ter letras em português e com cantos bem encaixados, diga-se de passagem.
A construção e desenvolvimento introdutório de “The Son of God”, até chegar na parte rápida, também é outra obra de arte. Depois, não tem mais volta, é só pancada. Detalhe para o excelente trabalho de baixo de Eduardo Magnani em determinado momento da música. Fantástico!
Em “Godslayer”, dá para imaginar os moshs gigantescos que os fãs insanos fariam. Impressionante! E a bomba atômica que fecha o disco, adequadamente intitulada de “Thrash Metal”, é um verdadeira aula do estilo.
O encarte também é um show de profissionalismo: tudo bem trabalhado e com uma interessante divisão de símbolos/temas nos quais as composições se dividem. Sendo mais claro, as letras estão divididas em guerra (“Making a War”, “Holocaust”, “Iron & Steel” e “Propagator of Pain”), religião (“The Ridiculous Way”, “Transgressor” e “The Son of God”), homem (“Liberty”, “Godslayer” e “The Conqueror Worm”) e orgulho (“Hymn” e “Thrash Metal”).
Além de tudo isso, a gravação também é excelente, cristalina e pesada ao mesmo tempo. Parabéns novamente ao senhor Magnani, que cuidou de todo o processo!
Para quem curte aquele Thrash irresistível à la Exodus, simplesmente esse disco é uma escolha mais que perfeita (e obrigatória) para se curtir! Agora, quem não é fã, mesmo assim, DEVE adquirir o álbum por sua grandiosidade. E aí, cadê o próximo disco, pessoal?

NOTA 9,0

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