Sinister - The Carnage Ending
Massacre Records - 2012 – Holanda
Sinister! Uma
banda que, à sua maneira, mantem-se fiel ao underground como poucas. É verdade
que o pessoal colocou um pouco mais de melodia nos trabalhos anteriores, mas
neste, parece ter voltado às raízes. Que bom! Não seria ousadia afirmar que,
desde “Aggressive Measures”, o grupo não tocava algo violento.
Então, tome
Death Metal preciso e matador na orelha! Sem frescuras, sem nada de novo,
apenas o velho e (muito) bom Sinister. As faixas devoram o ouvinte por seus
bons arranjos e claro, pela brutalidade característica.
É incrível
como conseguem trabalhar bem as músicas, alternando alguns momentos mais
cadenciados com disparadas fulminantes, comandadas pelos ‘blast beats’
avassaladores de Toep Duin. Mas o cara não é o único que se sai bem nessa
barulheira toda: os trabalhos de guitarra do senhores Bastiaan Brussaard e Dennis
Hartog também estão ótimos, com riffs concisos e uns solos de muito respeito - ouçam
“Transylvania (City Of The Damned)” ou a faixa-título, por exemplo -, coisa que
a banda talvez nunca tivesse desenvolvido ao longo de seus mais de vinte anos
de estrada. Engraçado, a dupla até lembra um pouco o que os irmãos Hoffmann
(ex-Deicide, atual Amon) fizeram/fazem.
Mas já que o
baterista foi citado, vale mais um comentário: Aad Kloosterwaard, hoje no posto
de vocalista, era o antigo baterista, como muitos devem se recordar. E ele
exerce as duas funções com louvor, mas, sejamos francos, o atual dono das
baquetas, Duin, é ainda mais extremo e técnico, o que dá ainda mais prazer na
audição do álbum.
Até nas mais
lentas, como “Oath of Rebirth”, o quinteto capricha, é impressionante! E na
sequência dessa maravilha, vem a contrastante “Regarding the Imagery”, ultra
violenta. Impossível pasar incólume depois desse míssel! Agora, se tem uma
séria candidata a se tornar hino, essa é a devastadora “The Final Destroyer”,
que fecha o play. Contudo, é claro que os destaques devem ser direcionados a
todas as outras composições, nada mais justo.
“The Carnage
Ending” não é menos do que viciante e certamente merece lugar entre os melhores
discos de 2012. P-O-R-R-A-D-A obrigatória para ouvir com volume no talo! Com o
perdão do trocadilho, mas o negócio aqui é realmente sinistro. Será que é
sonhar alto demais com eles virem ao Brasil?
Nota 9,0
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