segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sinister - The Carnage Ending


Sinister - The Carnage Ending
Massacre Records - 2012 – Holanda


Sinister! Uma banda que, à sua maneira, mantem-se fiel ao underground como poucas. É verdade que o pessoal colocou um pouco mais de melodia nos trabalhos anteriores, mas neste, parece ter voltado às raízes. Que bom! Não seria ousadia afirmar que, desde “Aggressive Measures”, o grupo não tocava algo violento.
Então, tome Death Metal preciso e matador na orelha! Sem frescuras, sem nada de novo, apenas o velho e (muito) bom Sinister. As faixas devoram o ouvinte por seus bons arranjos e claro, pela brutalidade característica.
É incrível como conseguem trabalhar bem as músicas, alternando alguns momentos mais cadenciados com disparadas fulminantes, comandadas pelos ‘blast beats’ avassaladores de Toep Duin. Mas o cara não é o único que se sai bem nessa barulheira toda: os trabalhos de guitarra do senhores Bastiaan Brussaard e Dennis Hartog também estão ótimos, com riffs concisos e uns solos de muito respeito - ouçam “Transylvania (City Of The Damned)” ou a faixa-título, por exemplo -, coisa que a banda talvez nunca tivesse desenvolvido ao longo de seus mais de vinte anos de estrada. Engraçado, a dupla até lembra um pouco o que os irmãos Hoffmann (ex-Deicide, atual Amon) fizeram/fazem.
Mas já que o baterista foi citado, vale mais um comentário: Aad Kloosterwaard, hoje no posto de vocalista, era o antigo baterista, como muitos devem se recordar. E ele exerce as duas funções com louvor, mas, sejamos francos, o atual dono das baquetas, Duin, é ainda mais extremo e técnico, o que dá ainda mais prazer na audição do álbum.
Até nas mais lentas, como “Oath of Rebirth”, o quinteto capricha, é impressionante! E na sequência dessa maravilha, vem a contrastante “Regarding the Imagery”, ultra violenta. Impossível pasar incólume depois desse míssel! Agora, se tem uma séria candidata a se tornar hino, essa é a devastadora “The Final Destroyer”, que fecha o play. Contudo, é claro que os destaques devem ser direcionados a todas as outras composições, nada mais justo.
“The Carnage Ending” não é menos do que viciante e certamente merece lugar entre os melhores discos de 2012. P-O-R-R-A-D-A obrigatória para ouvir com volume no talo! Com o perdão do trocadilho, mas o negócio aqui é realmente sinistro. Será que é sonhar alto demais com eles virem ao Brasil?

Nota 9,0

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