Amorphis – Circle
Nuclear Blast/Laser Company – 2013 – Finlândia
É até
complicado falar de um novo disco da Amorphis, pois os finlandeses são sempre
elogios. E o novo material, como já seria de se esperar, segue nesse ritmo. Bom,
quem conhece esse pessoal sabe da dificuldade que é definir o seu som, que
aparentemente segue num Progressive/Death Metal. Mas é muito mais abrangente.
Bem, e novamente a Laser Company (www.lasermusicrock.com.br)
trouxe o lançamento para o Brasil. Imperdível!
“Circle”
apresenta mais do mesmo. Calma, no caso do sexteto, isso é realmente algo
valioso, já que a qualidade à qual nos acostumamos a escutar permanece a mesma.
Abrindo o
disco, a excelente e marcante “Shades of Gray” começa com os urros do
carismático Tomi Joutsen e se desenvolve de maneira soberba até seu final. Agressiva
e bela, característica da banda.
A próxima, “Mission”,
tem uma veia mais melódica, mas não deixa de ser bem executada. Afinal, é
Amorphis, e não qualquer grupo. Já “The Wanderer” conta com um refrão que
empesteia (no bom sentido) a cabeça, com o vocal limpo do cantor.
Outra de
destaque é a pesada “Hopeless Days” que, mesmo com toques quase acústicos, empolga
por sua grandiosidade. E a seguinte, “Nightbird's Song”, mantem o nível lá em
cima.
A levada
cadenciada e a melancolia são outras marcas do sexteto: são arranjos profundos que
te levam a um mundo interior no qual a ordem é bater cabeça com sentimento.
Não parece fazer sentido, né? Bom, escute e certamente entenderá.
Dois bons
lembretes: a versão nacional traz a surpreendente e veloz bônus “Dead Man's
Dream”, um petardo de primeira linha. E junto com o material vem um DVD com o
making of do álbum (uma hora de registro!), o clipe de “Nightbird's Song” e uma
galeria de fotos.
Sobre o DVD,
vale mencionar a fotografia e textura maravilhosas das imagens, e também a “participação”
de uma brasileira, chamada Amanda, perguntando sobre o processo de composição,
num “jogo” de pergunta e resposta feito por fãs. E fica a dica: assistam à cena
que aparece depois dos créditos, é divertidinha!
Capa: sem
comentários! Produção? Já basta dizer que foi gravado por um “certo” Peter
Tägtgren.
É, não tem
mesmo graça falar da Amorphis. “Circle” é mais um baita trabalho na consagrada
discografia do conjunto. As perguntas são: será ainda existem níveis para os
quais a banda pode subir? É possível superar-se mais uma vez?
Nota 9,0
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