segunda-feira, 17 de junho de 2013

Romance traz heavy metal como pano de fundo

Banda de rock conduz a trama do livro lançado há pouco mais de um mês


“Não basta ouvir heavy metal, tem que ler heavy metal”. Mais que um lema, a frase é um convite para permitir que o rock te conduza além das notas musicais. É o que promete o romanceMartini, o pequeno demônio para quem quer entrar no clima do Dia Mundial do Rock.
Com linguagem jovem e atual, a trama tem como pano de fundo o universo heavy metal e faz referências ao momento político vivido no Brasil na década de 90, além de abordar as “dificultosas” relações familiares, falcatruas das gravadoras, empresários inescrupulosos, tietes fogosas e vidradas, e “indispensáveis” bebedeiras.
Primeira obra publicada da jornalista, Laura Udokay, o livro foi lançado em abril na Casa de Cultura Salvador Ligabue, com direito a um show de rock conduzido pela Wolfggang (homônima da banda fictícia da obra).
O livro, que tem publicação independente, pode ser adquirido através do emailvenda.martini@gmail.com e, em breve, nas livrarias do centro de São Paulo.


Sinopse

Nos anos 90 a cena em São Paulo era governada por Collor. Os jovens ainda tentavam mudar alguma coisa, sempre estimulados por forças maiores, nunca a deles mesmos. E nessa trama toda, temos o herói da obra, que por certidão é Liam, pela vida é humano, mas pela música é pequeno demônio. Ele ingressa no heavy metal aos dezesseis, mas sua trajetória é bem mais que gastar saliva gritando refrões. Preso em uma forma que se faz notar, ele nem liga. Índole rasgada, pensamentos violentos e molestados pela falta de fé em quase tudo. O menino poderia tirar vantagem por ser romântico, mas seu lado torpe se sobressai.

Talentoso, amante de som pesado, gosta de degustar a ira de uma drástica tempestade. Personalidade indócil, conjurada por uma infância atroz, de sua mãe só conheceu o desafeto, de seu pai ainda não conheceu toda virtude, mas a ordem etária e crescente de Liam vai ajudá-los a se tornarem mais amigos. O pequeno demônio é atormentado por suas próprias assombrações.

Guilherme é um fanático, e vem por se tornar quase um irmão para Liam. O rapaz é obcecado por seu sonho de fazer acontecer sua banda de heavy. Ele é o cabeça do grupo, autodidata em dominar instrumentos musicais, por dom se sobressai na música. Sabe ser convincente, líder e organizado, não sabe lidar com a realidade, não sabe pensar nela, não gosta dela. Não aceita passividade moral, gosta das mulheres, já teve muitas, mas não conheceu aquele amor sincero, não ainda, para ele é cedo, afinal, tem apenas vinte e dois anos.

O teste para Liam entrar no grupo é fazer algo inédito em sua vida: cantar para uma platéia e, mesmo inseguro de si, o jovem aspirante a cantor se atira de cabeça e cativa Guilherme e seus dois parceiros de estrada musical: Carlos e Hideo. Sendo o mais jovem em uma banda de rapazes na casa dos vinte e poucos, ele logo passa a encarar uma vida regada a bebidas, muita maconha, crises existenciais, música pesada e ensaios severos. Logo de cara se apaixona pela fútil Nicole, moça três anos mais velha de que ele. Nada de mais, apenas ocorre que ela é namorada de Guilherme. Nem de longe as intrigas amorosas se fazem o foco, ao contrário, o fanatismo pelos ideais são bem mais palpáveis e, as feridas ocasionadas por esses sonhos ainda mais visíveis.

Com a coloridíssima amizade de Raquel, Liam a vê como uma espécie de mãe, mesmo ela sendo uma garota de dezoitos anos. Impelido por sentimentos mal interpretados, eles mal sabem onde isso pode acabar, que bobagem, para muitos, Liam não passa de um garoto que anda de skate para cima e para baixo.

Serviço

Laura Udokay


Tel: (11) 95285-3743

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