Carcass - Surgical Steel
Nuclear Blast/Laser Company – 2013 - Inglaterra
E daí que todo
mundo já palpitou? Eu também quero brincar! Poucas vezes se viu tanta
expectativa em relação a um retorno e posterior lançamento de uma banda do
Metal extremo. Talvez o mais próximo disso tenha sido a volta de David Vincent
à Morbid Angel e o lançamento daquele disco que... bem, não vem ao caso.
Voltando à Carcass, após tantos anos, qualquer fã ficou inseguro quanto à
qualidade do material que viria. Mas depois... putz!
Uma palavra
que não saiu da cabeça ao ouvir o novo trabalho da Carcass foi “meticuloso”.
Pois assim como os assassinos que cometem os crimes perfeitos, sem deixar
rastros, com um cuidado absurdo com todos os detalhes, a banda retorna com essa
obra-prima composta de forma minuciosa, e que já entra diretamente para a lista
de clássicos absolutos da música extrema mundial.
A melodia que
acopanhava o conjunto nos últimos trabalhos permaneceu, mas a agressividade, se
comparada a eles, cresceu e está na medida perfeita para a proposta do disco.
Sério. E as construções de cada faixa também são fabulosas, nada fora do lugar!
A introdução “1985”,
comandada pelas guitarras de Bill Steer e Ben Ash, é um espetáculo à parte. “Hipnotizante”
é o adjetivo ideal para defini-la.
Só que o
quarteto, atualmente formado pelos mestres Bill Steer (guitarra) e, Jeff Walker
(vocal/baixo), e pelos sangues novos Daniel Wilding (bateria) e Ben Ash (guitarra),
não se contiveram e criaram uma chuva de composições fenomenais.
Resta portanto
a tarefa ingrata de destacar alguma, mas esforcemo-nos: além da mencionada
intro, “Thrasher's Abattoir”, “Cadaver Pouch Conveyor System”, “The Master
Butcher's Apron” e “Captive Bolt Pistol” (a que mais remeteu à antiga fase dos
caras) são formidáveis. Quanto ‘feeling’ e paixão!
A sacada da
capa é hilária, além é claro de ela ser muito criativa e bela. Um humor negro
refinado na medida! Logicamente que o encarte acompanha o jeitão Carcass.
Por mais
ousada que possa ser, vai a pergunta: será esse melhor disco dos britânicos?
Acredita-se que, dessa fase, sim. Já os fãs das podreiras do início de carreira
certamente discordarão. Esse é o “problema”: esses caras aqui são bons em tudo
o que fizeram e fazem! Passado ou presente, a qualidade se mantém!
A versão
nacional, lançada pela grande Laser Company (www.lasermusicrock.com.br), trouxe
a faixa bônus “Intensive Battery Brooding”, mais cadenciada e um tanto fora do
padrão do quarteto no início, e intensa no final, mas em nenhum momento ruim.
Magistral,
praticamente perfeito. Se não for o álbum do ano, certamente, é o mais
surpreendente. Mais que obrigatório, é essencial!
Nota 9,5
O disco foi gravado em trio: Bill Steer (guitarra) e, Jeff Walker (vocal/baixo), e (bateria). No más, um ótimo retorno. Foram 17 anos de espera que valeu a pena.
ResponderExcluirFonte: várias entrevistas e meu CD. :)
Fonte: Resenha - Surgical Steel - Carcass http://whiplash.net/materias/cds/190326-carcass.html#ixzz2hj4wgOiN