Uns brutamontes empenhados em levar o caos a toda a humanidade. Essa é a Corréra, de Araraquara/SP. O quinteto, formado por Álvaro Jhopar (baixo), Vitor Craes (guitarra), Danyel Peccin (guitarra), Lincoln Ducci (vocal) e Michel Chade (bateria), soltou recentemente seu terceiro ‘full length’, o mortífero “Human Chaos”, uma pérola do Thrashcore nacional. O vocalista concedeu uma entrevista ao blog, em que falou do petardo e da evolução da banda, que já tem mais de quinze anos de estrada. Parece que o ódio que o conjunto carrega em sua proposta musical jamais irá amaciar...
Por que “Human Chaos” demorou tanto pra sair?
Lincoln Ducci: Nesse álbum, decidimos por gravar nós mesmos, foi
nossa primeira experiência em gravação, e teve coisa que não gostamos e
decidimos refazer.
Por que começaram a investir em letras em inglês no novo disco?
Lincoln Ducci: Foi decisão de todos investir em letras em inglês, e
tentar algo fora do país, vamos ver o que dá.
As influências do novo disco parecem ser as mais extremas da carreira,
partindo do Thrashcore ao Death Metal. Concorda com isso? Se sim, o que os
levou a esse caminho?
Lincoln Ducci: Foi acontecendo naturalmente essa evolução no som,
nas letras em inglês como comentamos antes. Tudo isso fez parte de um trabalho
que cada um veio desenvolvendo, ou você para ou evolui. A gente decidiu botar a
cara mesmo e trabalhamos duro nesse álbum.
Como foi sua produção? Pelo que parece no encarte, deu trabalho
(risos)!
Lincoln Ducci: Deu um pouco sim (risos). Como o inglês não e nossa
língua fluente, a gente contou com ajuda de um ex-integrante da banda que mora
há seis anos nos EUA. A gente mandou as letras pra ele depois de quase pronto e
ele deu uma força nessa parte com as gírias e tal.. Grande abraço ao ALEX
MORETTI pela força, e acredito que com isso ele faz parte ainda do CORRÉRA.
Por que optaram por regravar “Fields of War” (até então, era “Campos de
Guerra”, em português) e “Bloodline”?
Lincoln Ducci: Como disse antes, decidimos explorar o mercado
mundial, e regravar essas músicas foi uma coisa que aconteceu pra dar um
impacto e comparar como elas soariam em outro idioma, e acabou nos
surpreendendo.
A introdução de “Born to Kill” lembra a de “Troops of Doom”, da
Sepultura. Foi proposital?
Lincoln Ducci: (risadas) Não foi proposital, mas nos sentimos
honrados em sermos comparados. Essa não foi a intenção, “ Troops of Doom” é um
hino do Metal mundial.
Como você compara “Human Chaos” ao trabalho anterior, “Mutilações e
Mortes”?
Lincoln Ducci: Cada um teve uma fase diferente nas nossas vidas. Serviu
de experiência, e a cada disco procuramos evoluir como músico e pessoa,
passando uma mensagem positiva, sendo ela a mais agressiva possível .
A capa foi desenvolvida pelo renomado artista Rafael Tavares. Como
chegaram a ele?
Lincoln Ducci: Por meio do Ronaldo, do Forka, que nos deu contato
do Tavares. A gente viu os trabalhos dele e decidimos fazer. É um grande artista
e profissional, nos atendeu com muita dedicação e paciência, só temos a
agradecer.
E quais foram os passos até fecharem com a Against Records?
Lincoln Ducci: Conheci o Paulo Bixo, um dos idealizadores da Against
Records, junto com o Maurão, por meio do Fernandão (Schaefer – Worst), e
aconteceu naturalmente. Ele me disse qual era a proposta da gravadora e tem
tudo que a cena nacional precisa: de pessoas como eles, que têm um ideal de
unir as bandas e fazer nosso cenário nacional crescer. E o que precisamos é de união
e respeito .
São quinze anos de banda. Como analisam a evolução do grupo nesse
período?
Lincoln Ducci: São dezessete anos na verdade (risos). Passamos por
várias mudanças de integrantes e dificuldades, e hoje somos o que somos pelo
fato de acreditarmos em nós mesmos e nas pessoas que acompanham a gente nesses
anos. Passamos por fases boas e ruins, envolvendo drogas e álcool, e hoje isso
é passado. Não nos envolvemos e nem apoiamos nenhum tipo de uso de drogas,
partido político e religião.
Agradeço a entrevista. Fique à vontade para uma última mensagem.
Lincoln Ducci: Agrademos a vocês pela oportunidade e espaço nesse blog
- ao KODA: valeu a força. Estamos nos preparando para o próximo álbum, que está
sendo feito com todo ódio e revolta. Posso adiantar que está muito mais
agressivo do que tudo o que fizemos ...CORRÉRA AGRADECE.
O disco Human Chaos está fenomenal...grande abraço aos amigos do Corréra. Lincoln, Vitão, Michel, Jhopar e Danyel.
ResponderExcluirEsse disco tem td pra ficar conhecido no cenário mundial.
WIll
Cinco anos depois, eu agradeço ... só li agora Will! Valew
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