Desecrated Sphere – Emancipate
Eternal Hatred Records/Rapture Records – 2013 – Brasil
Em seu segundo
‘full length’, a Desecrated Sphere, de Mogi Mirim/SP, continua com seu Death
Metal muito bem executado, porém, com uma perceptível mudança: os caras agora
estão mais diretos, com arranjos menos complexos do que no disco anterior, “The
Unmasking Reality” (ler resenha aqui),
quando iam mais para o lado técnico da coisa.
Dessa forma, “Emancipate”
fluiu mais, ficou mais dinâmico. Mas é preciso deixar muito claro uma coisa:
isso não é uma crítica, mas apenas uma constatação do fato. Afinal, ambos são grandiosos!
Tanto é que os
riffs e solos da dupla Rubens Fraleone e Gustavo Lozano continuam ricos e
matadores. Mesmo com o novo direcionamento, eles, assim como o excepcional
baixista José “Motor” Mantovani, têm criatividade de sobra e fazem um trabalho
grandioso no álbum.
O vocalista
Renato Sgarbi mantém o gutural enérgico e encaixa bem seus cantos, enquanto Saulo
Benedetti faz toda a porradaria em sua bateria parecer fácil de tocar. Habilidoso
e veloz, o músico também dá show nos dois bumbos.
Quanto ao
conteúdo das letras, dessa vez, o grupo, colocou o ouvinte para pensar. São
questões pessimistas, alienação, guerras (interiores) e outros temas que mexem
lá no âmago do ser humano.
A enigmática e
bela capa também chama a atenção, assim como as ilustrações do encarte.
Entre tantas composições
caprichadas, vale mencionar “Leaders of Babylon” (lyric video abaixo), por
conseguir unir todas as características do conjunto espalhadas ao longo do
registro - extremismo, criatividade e técnica – e a que encerra o disco, a
instrumental “Eçá”, com riffs lindos e marcantes, um “quê” de
experimentalismo e uma estrutura fantástica, trabalhada minuciosamente.
Eu já tinha
cantado a bola e agora pude comprovar: merece estar entre os melhores de 2013! Quer
descanso? Bem... PASSE LONGE desse CD. Agora, se você curte destruição com uma
quantidade ignorante de qualidade, bom, eis aqui seu passaporte para a alegria.
PS: Apenas para constar,
recentemente, o grupo voltou à formação original, com as saídas de Fraleone e Benedetti,
e a volta do baterista Rodolfo Bassani. São novamente um quarteto.
Nota 8,5
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