domingo, 14 de julho de 2013

Desecrated Sphere – Emancipate

Desecrated Sphere – Emancipate
Eternal Hatred Records/Rapture Records – 2013 – Brasil


Em seu segundo ‘full length’, a Desecrated Sphere, de Mogi Mirim/SP, continua com seu Death Metal muito bem executado, porém, com uma perceptível mudança: os caras agora estão mais diretos, com arranjos menos complexos do que no disco anterior, “The Unmasking Reality” (ler resenha aqui), quando iam mais para o lado técnico da coisa.
Dessa forma, “Emancipate” fluiu mais, ficou mais dinâmico. Mas é preciso deixar muito claro uma coisa: isso não é uma crítica, mas apenas uma constatação do fato. Afinal, ambos são grandiosos!
Tanto é que os riffs e solos da dupla Rubens Fraleone e Gustavo Lozano continuam ricos e matadores. Mesmo com o novo direcionamento, eles, assim como o excepcional baixista José “Motor” Mantovani, têm criatividade de sobra e fazem um trabalho grandioso no álbum.
O vocalista Renato Sgarbi mantém o gutural enérgico e encaixa bem seus cantos, enquanto Saulo Benedetti faz toda a porradaria em sua bateria parecer fácil de tocar. Habilidoso e veloz, o músico também dá show nos dois bumbos.
Quanto ao conteúdo das letras, dessa vez, o grupo, colocou o ouvinte para pensar. São questões pessimistas, alienação, guerras (interiores) e outros temas que mexem lá no âmago do ser humano.
A enigmática e bela capa também chama a atenção, assim como as ilustrações do encarte.
Entre tantas composições caprichadas, vale mencionar “Leaders of Babylon” (lyric video abaixo), por conseguir unir todas as características do conjunto espalhadas ao longo do registro - extremismo, criatividade e técnica – e a que encerra o disco, a instrumental “Eçá”, com riffs lindos e marcantes, um “quê” de experimentalismo e uma estrutura fantástica, trabalhada minuciosamente.
Eu já tinha cantado a bola e agora pude comprovar: merece estar entre os melhores de 2013! Quer descanso? Bem... PASSE LONGE desse CD. Agora, se você curte destruição com uma quantidade ignorante de qualidade, bom, eis aqui seu passaporte para a alegria.

PS: Apenas para constar, recentemente, o grupo voltou à formação original, com as saídas de Fraleone e Benedetti, e a volta do baterista Rodolfo Bassani. São novamente um quarteto.

Nota 8,5


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