Repulsão Explícita – Pobre
Cianeto Discos/Violent Records/Bucho Discos/Underground Brasil Distro/Back on Track Records/Turbulation Prod./Murder Records - Brasil
É como diz o encarte do disco dos caras: “Pra vocês que acreditam que o crossover morreu, não, ele não morreu!! Nem fudendo!!”. Só que o melhor é que o estilo recebeu uma incrementada meio Grind, meio Hardcore e o resultado ficou altamente satisfatório. Pois foi a Cianeto Discos (www.cianetodiscos.com), juntamente com outros selos/gravadoras, foi uma das irresponsáveis por essa podreira! Calma, é irresponsabilidade no bom sentido, ok?
O clima de pura rebeldia contra tudo e contra todos toma conta do debut do pessoal. O nível de agressão é incômodo e o modo como é tudo executado mostra que o conjunto é realmente engajado e dedicado ao grupo.
São quinze composições furiosas e bem executadas, fruto da experiência de mais de uma década de existência do grupo. Fala a verdade, dez anos se dedicando à violência sonora tinha que trazer bons resultados! As faixas não dão tempo de descanso para os desprotegidos e inocentes ouvidos, e os fuzilam de forma mortal. Só dois bons exemplos disso: “Céu de Brigadeiro”, que tem uma introdução meio esquisitinha, é de uma brutalidade impressionante! E “Cidade Sitiada” tem uma senhora pegada Death Metal. Ambas muito boas!
O sexteto (!), composto por Fernandes (vocal), Osvaldo (vocal), Juninho (baixo), Luiz Carlos (bateria), Leão (guitarra) e Morto (guitarra) opta pelas letras em português, que abordam os problemas sociais e políticos, mandando um belo f***-se para alvos certos.
Sendo franco: a banda não inova, mas o que fazem evidencia competência. Os caras entendem mesmo da coisa e bolam músicas com variações interessantes, mas quase sempre levadas pela enorme velocidade.
O grupo, já bem conhecido no underground nacional, consolida-se como uma das grandes representantes do Crossover daqui. Já era hora para este full length e a estreia veio em alto estilo. P-O-R-R-A-D-A!!!
Curiosidade pessoal: foi a primeira banda por mim resenhada na vida, com a demo “A Herança e o Ódio” (2007).
NOTA 8,0
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