domingo, 29 de janeiro de 2012

Hypocrisy – A Taste of Extreme Divinity

Hypocrisy – A Taste of Extreme Divinity
Laser Company – 2009 – Suécia

Falar de Hypocrisy é falar de muita qualidade. E logicamente que “A Taste of Extreme Divinity”, até aqui o último full length dos suecos (depois foram lançados um split, um single, um EP e o magistral DVD “Hell Over Sofia – 20 Years of Chaos and Confusion”) não foge à regra e novamente evidencia o porquê de a banda ser tão querida e competente. E graças à Laser Company (www.lasercompanymusicstore.com.br), o disco foi lançado nacionalmente, com uma faixa bônus – “The Sinner”.
Pois antes de falar um pouco sobre a música em si, é bom comentar do lindo encarte do material, desde a concepção da capa à estética das páginas. Isso só reforça que os caras não dão ponto sem nó e também se preocupam bastante com a imagem do grupo.
E tome Death Metal cheio de melodias no crânio, começando pela porradona “Valley of the Damned”, simplesmente fantástica. Não menos intensa, a faixa seguinte – “Hang Him High” - tem um dos mais pegajosos refrões do estilo nos últimos tempos. É para se esgoelar até os pulmões saírem pela boca.
A levada cadenciada de “Solar Empire” tem uma pegada quase Black Metal, obra do desumano Horgh, também baterista da Immortal. Depois, sai de baixo que os blast beats iniciais atropelam tudo em “Weed out the Weak” (clipe abaixo). Que som fascinante, talvez o melhor do CD!
Na sequência, os riffs melancólicos marcam “No Tomorrow”, outra com belos arranjos e melodias. E “Global Domination” mantém esse mesmo clima, com destaque para os versáteis vocais da lenda chamada Peter Tägtgren. Incrível como ele tem domínio absoluto de sua voz.
Numa pegada absurdamente extrema e pesadíssima, surge o furacão que dá nome ao álbum. Simplesmente impressionante o nível de brutalidade da canção, uma das mais agressivas de toda a carreira da Hypocrisy! Na boa, essa vale a pena ouvir repetidas vezes. É tão furiosa que, sinceramente, destoa de todo o resto do material. Horgh está em sua melhor fase!
Dá para retomar o fôlego (não muito) em “Alive” e sua batida marcante, por vezes quebrada. Aliás, é uma composição que alterna de forma mais “na cara” riffs mais pesados com melódicos. Claro que o resultado ficou primoroso.
“The Quest” apresenta um andamento arrastado, com guitarras tristes e agonizantes. Sem dúvidas é uma música depressiva, mas maravilhosa. A décima canção – “Tamed (Filled with Fear” - é mais trabalhada e intensa, novamente marcada por grandes riffs do líder da banda.
A penúltima canção traz uma linha mais tradicional da Hypocrisy, não muito veloz e com ótima estrutura, bastante agradável. Mais ou menos do meio para frente, há uma batida muito pesada, daquelas em que guitarra, baixo e bumbos sincronizados fazem um estrago e tanto nas caixas de som.
Terminando a obra-prima, vem a já citada música bônus “The Sinner”, cujas guitarras (sempre elas) lembram demais trabalhos da Morbid Angel. Outra faixa que está entre as mais bonitas do álbum.
Nem é necessário chover no molhado sobre a qualidade impecável da gravação. Basta dizer duas já citadas palavras e todos (ao menos os que curtem som extremo) já entenderão: Peter Tägtgren.
E no encarte, o trio (além de Tägtgren e de Horgh, completa o time o baixista Mikael Hedlund) dedica o trabalho para os fãs. Nós é que ficamos gratos por tanta coisa maravilhas produzida pelos suecos. Disco imperdível.

NOTA 9,5




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