sexta-feira, 4 de maio de 2012

Coldworker – The Doomsayer’s Call

Coldworker – The Doomsayer’s Call
Shinigami Records – 2012 – Suécia

De vez em quando, surpresas atravessam o nosso caminho. Pensem comigo: é banda sueca. Bom, o mais esperado é que seja extrema. SIM, acertou! E não deixe a faixa de abertura – “A New Era” (grande som!) – enganar. Apesar de sua lentidão, o que vem a seguir é para moer cérebros.
Arregaçando em um Death Metal/Grindcore brutal, o quinteto surpreende pela violência. As músicas são naquela levada velocíssima, com poucos trechos “para descanso”, uma maravilha para quem é chegado em um disco bem porrada.
Com poucas exceções, como a já mencionada primeira canção, e a trabalhada “The Walls of Eryx”, praticamente todo o restante fica na base das metralhadoras “blast beatianas”. É outro ponto, aliás, que chama a atenção: os músicos mostram que têm técnica para composições mais bem trabalhadas, mas preferem mesmo é descer a lenha. Boa!
Agradável também é constatar que as faixas – todas elas – são bem empolgantes e sem exageros. Apesar de sua simplicidade, a banda tem algum mistério que faz o ouvinte viciar na audição do disco. Não há uma canção que se sobressaia, mas é bom registrar os riffs marcantes de “The Phantom Carriage”, muito bons!
A capa do trabalho é caprichada, com um conjunto de cores que deixa a ilustração bem bonita e o encarte, mesmo simples, dá gosto de folhear. Quanto à produção, uma beleza! Méritos para o renomado Dan Swanö (lembram-se do grande Edge of Sanity?)! E é interessante ressaltar que o conjunto é daqueles perfeccionistas, que não deixa nada fora do lugar. Um álbum redondo, portanto.
Faltando a melhor parte: o CD saiu em versão nacional! Novamente a Shinigami Records (www.shinigamirecords.com.br) trouxe alegria para os headbangers.
Vergonha tem este, que humildemente resenha, ao admitir que nunca tinha ouvido falar do grupo. Talvez cem chibatadas me sirvam de lição. Agora, para quem sortudamente já acompanha a carreira da Coldworker, que, com apenas seis anos de vida, já conta com três ‘full lengths’, sem contar splits, é só adquirir este trabalho e abrir uma roda na sala, mesmo que sozinho. Não restará pescoço sobre pescoço.

NOTA 8,5

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