sexta-feira, 1 de abril de 2011

Número 2 - Terrorizer – World Downfall

Difícil, esse está lado a lado com o número 1!




Terrorizer – World Downfall
Earache Records – 1989 (Estados Unidos)
Formação: Oscar Garcia – vocal
                                      David Vincent – baixo/vocal
                      Pete Sandoval – bateria
                                      Jesse Pintado – guitarra

Eis os outros deuses do grindcore. E com uma formação dessa, não há  como negar o fato. Afinal, seres humanos (será?) que pertencem ou pertenceram a bandas como Morbid Angel (Pete Sandoval e David Vincent) e Napalm Death (Jesse Pintado) já dispensam qualquer apresentação.
“World Downfall” é outra perfeição lançada nos saudosos anos 80, brutal até não poder mais. É curioso saber que o baterista Pete Sandoval afirmou certa vez que quando gravou o álbum, ele ainda estava aprendendo a usar dois bumbos. Ainda aprendendo? Tenha dó, o que esse cara toca no disco é inigualável, tamanha a velocidade, técnica e perfeição. E deve-se lembrar que Sandoval foi um dos pioneiros na técnica dos blast beats.
O álbum se inicia com a maravilhosa “After World Obliteration”, e passa por outros hinos como “Fear of Napalm”, “Corporation Pull-In” e a maravilhosa “Dead Shall Rise”, entre outras. É um grindcore em seu estado bruto, insano. Esteja preparado para muita velocidade e fúria. A violência do disco impressiona de tal modo que é preciso tomar fôlego depois que ele termina.
A gravação é suja e um pouco baixa, mas absolutamente nada que comprometa essa obra de arte. Aliás, reforço que aqui não há pontos fracos. Um marco na cena musical underground mundial. Os caras realmente são apaixonados pelo que fazem. As letras também abordam temas políticos, religiosos e sociais, em verdadeiros protestos contra as injustiças do mundo. Outra obra essencial. Indispensável. Vital. Soberba.
Vale ressaltar que o guitarrista Jesse Pintado, que sempre esteve envolvido com música extrema, faleceu em 2006, cerca de 1 semana antes do lançamento mundial do sucessor de “World Downfall”, o também grande (mas nem tanto) “Darker Days Ahead”, em que curiosamente há uma regravação da citada “Dead Shall Rise”, ainda mais violenta. Uma perda irreparável para o underground. Como consolo, deixou esses petardos, marcos da música extrema.
 NOTA 11

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