terça-feira, 19 de abril de 2011

Rotten Defecation of Christ - True Brown Metal

Rotten Defecation of Christ - True Brown Metal
Independente - 2005 - Brasil (?)



Meus amigos, nem sei por onde começar. Ontem recebi talvez o e-mail mais estranho da minha vida. Um cara chamado Jonas Crisântemo (ao menos é como se apresentou), dizendo ser crítico de arte, me mandou um material absurdo para se ouvir. Mas calma, deixa eu falar dos humanos envolvidos, depois falo do som.
Pois então, esse Jonas supostamente entrevistou outro ser mais esquisito ainda, chamado “Sir Warrior Emperor Farthead III” (Senhor Guerreiro Imperador Cabeça de Peido III), líder de uma banda (?) chamada Rotten Defecation of Christ, assim como enviou também o link para fazer o download do material, com direito a encarte completo com letras e tudo. Está disponível lááááááááááááá embaixo, no final dessa loucura toda. Tem somente cerca de 5Mb. E diga-se de passagem, a capa do trabalho, de muito mau gosto, mas extraordinariamente criativa e bem feita, foi criada pelo conceituado Marcos Miller, responsável por grandes trabalhos gráficos da banda Mental Horror, entre outras. Espantoso.
Não bastasse isso, o Sr. Crisântemo também se deu ao trabalho de comentar faixa a faixa do álbum – 40 no total (!!!) - chamado “True Brown Metal”, título este estendido ao tipo de som que esse pessoal faz. É isso mesmo, os caras criaram um rótulo absurdo para a música. Pense comigo: Brown metal (metal marrom). O que poderia significar? Sim... é a primeira nojeira que você pensou, caro leitor. O Brown metal inventado pela Rotten Defecation of Christ galga-se em músicas (????) que só falam de fezes e nojeiras afins. Impressionante. Quase indescritível.
Mas não é só isso, nãããããão! Ao escutar esse treco, fiquei chocado. Tente imaginar o seguinte: um “vocalista” (o próprio Farthead) LITERALMENTE arrotando letras bem nojentas em cima das (de)composições. Aliás, difícil chamar isso de música. Onde já se viu um instrumental que dure 2 ou 3 segundos em média? Tudo bem, existem a “You Suffer...”, do Napalm Death, ou a “Collateral Damage” do Brutal Truth, mas são exceções dessas bandas, e tal.
Aqui, no caso, TODAS as músicas seguem esse padrão. Um arroto e um instrumental noise curtíssimo, uma porradaça! Tudo se resume a isso. A gravação é uma tosquice, mas não totalmente ruim. Esse Brown metal executado pela RDC certamente é uma das coisas mais estranhas que tive o (des)prazer de ouvir. Esse absurdo não dura nem 4’30’’! E pior, esse doido do Crisântemo ainda dá uma sugestão no mínimo hilária: tentar ler suas resenhas das 40 “músicas” enquanto as escuta.
Mas o material é tão doentio, e esse Jonas Crisântemo é tão alucinado, que não poderia deixar de postar isso aqui. Conheçam um novo tipo de música. Deleitem-se. Assustem-se. Vomitem-se. E por favor, comentem sobre esse álbum, eu realmente gostaria de saber o que pensam dessa tranqueira.
Abaixo, toda a insanidade escrita por Jonas. É longa, mas garantirá boas gargalhadas aos fãs de metal. De certo modo, pode-se dizer que a RDC faz um dos sons mais extremos do mundo, à sua maneira. Não estou exagerando. Boa sorte. Tente sobreviver.



Eat shit, eat shit everybody die! – ou, o True Brown Metal brasileiro por excelência
por Jonas Crisântemo
Dizer que a música é uma arte menor não é uma grande novidade. Mas se estou aqui hoje para falar sobre este peculiar formato não-visual, é porque tenho bons motivos. Todos sabem que a música, enquanto arte, nada mais é do que uma muleta, um anteparo que torna a fruição audiovisual mais tolerável às pequenas mentes. Ela é, portanto, uma sub-área do cinema, este sim, a grande Arte da Humanidade. Existem, porém, momentos em que a música é capaz de existir por si só, de gerar movimento, de transformar, de quebrar paradigmas e, assim, ter o direito de ser ouvida. Por isso estou aqui, para espalhar o verdadeiro True Brown Metal, a música em sua forma pura.
Não vou falar muito sobre o gênero, pois o leitor bem informado deste sítio virtual já deve ter lido o Manifesto Brown Metal em alguma galeria de arte norueguesa ou então em alguma corrente de email (correio eletrônico) por aí - se não leu, entre no sítio da banda Rotten Defecation of Christ e não perca mais tempo. O que vou fazer é comentar, faixa a faixa, cada uma das pequenas obras de arte do primeiro full lenght album da RDC.
Mas antes eu gostaria de compartilhar com você, caro leitor, uma entrevista que fiz com o gênio incompreendido, vocalista, baixista, letrista, baterista e revolucionário, Sir Warrior Emperor Farthead III. Tive o prazer de encontrá-lo num banheiro público da Bósnia em meados de 2005, quando a banda, queridinha do momento pelos grandes intelectuais, fazia sua primeira turnê para fora desta nossa terra brasilis. Atentem às entrelinhas, é onde jaz toda a poesia!

O Guerreiro Imperador sentado em seu trono

Prof. Dr. Jonas Crisântemo – Farthead, o que o levou a criar a Rotten Defecation of Christ?
Sir Warrior Emperor Farthead III – Nada. Foi como um peido inesperado que vira merda. Quando me dei conta, a cagada já estava feita.
J. Cris – E o que o influenciou a criar uma sonoridade tão transgressora?
Farthead III – Os restos da minha janta depois de serem processados pelo meu intestino.
J. Cris – Mas que bandas você ouvia quando criou esse álbum tão sintomático dos novos tempos?
Farthead III – Nenhuma.
J. Cris – Como foi o processo de criação? Quer dizer, a influência do concretismo niilista glauberiano é clara em suas músicas, vocês tiveram contato com a obra vanguardística de Jota Gatti?
Farthead III – Não.
J. Cris – Mas e o processo criativo, você...
Farthead III – Eu já disse, foi como um peido inesperado que vira merda.

A presença de palco sempre foi considerada um dos pontos fortes da banda

J. Cris – Pois bem, me diga então, por quê “Senhor Guerreiro Imperador Cabeça de Peido Terceiro”?
Farthead III – Por quê o quê?
J. Cris – Seu nome, por que seu nome é...
Farthead III – Esse não é meu nome.
J. Cris – Sim, mas se formos pensar na língua pátria...
Farthead III – Esse não é meu nome!
J. Cris – Certo. Fale um pouco sobre a cena musical independente de hoje. Você acha que...
Farthead III – É uma merda.
J. Cris – Mas há...
Farthead III – É uma merda!
J. Cris – Que outras bandas Sir Emperor Farthead III ouve e recomenda a seus fãs?
Farthead III – Eu quero mais é que eles se caguem.
J. Cris – E o que você recomenda que eles escutem enquanto expelem seus restos alimentares?
Farthead III – Eu ouço muito Restart enquanto cago. É bastante saudável.

“Eu ouço muito Restart enquanto cago. É bastante saudável”

J. Cris – Muito bem, agradeço esta agradável conversa que tivemos e lhe digo que estou muito ansioso para ver seu próximo concerto.
Farthead III – Vá à merda!
J. Cris – Abraços pastosos! (risos)
Farthead III – Vá à merda, porra!
Depois desta aula de arte contemporânea, só nos resta deixar um gênio de lado, para outro aparecer. Assim, falarei agora, conforme prometido, sobre cada uma das belas faixas de True Brown Metal, disco lançado em 2005 pela Rotten Defecation of Christ.

A obra-prima em questão

01 - Coprophagy
Esta música, assim como a seguinte, foi decomposta (como a própria banda gosta de chamar seu método de composição) ainda em 2004 para o EP debut da RDC. Mas sua letra direta e pungente já traz impregnada toda a filosofia do Brown Metal. Urra Farthead III: “Eat shit / Eat shit / Everybody die!”. É o colapso do sistema, é o fim do mundo. Chega de pau e pedra: o fim do caminho é mais embaixo.
02 - Shit is pouring down my throat
A peça termina (termina?) com uma reverberação sem fim, a morte ecoa repetida à exaustão (a última frase cantada é “and die”). É uma das músicas mais longas deste álbum, com intermináveis cinco segundos de puro horror grotesco.
03 - Pure shit
Pure shit é uma ode à música, uma declaração de amor sincera e comovente. Começa com um acorde dissonante em baixo acústico e termina com gritantes microfonias pós-modernas. Percorre-se o arco da música contemporânea em sua totalidade em apenas quatro segundos.
04 – Golgotha
Como toda boa banda de gêneros escuros (seja Brown, seja Black) tem que contestar a existência de um deus, com a RDC não poderia ser diferente. Mas a Rotten vai além de escrever um hino anti-religião: eles narram, epicamente, a criação de um ser excrementado, o bíblico Golgotha. Acompanhe a narrativa:
“Excremation by Judas
Being impaled
On the cross
Die!”



Detalhe do full lenght

05 - Crucifiction W.C.
Se nas quatro primeiras músicas a banda demonstrava todo um vigor novo e uma vontade de criar a partir do nada, nesta quinta peça musical impera, com o perdão do trocadilho, o tradicionalismo. Crucification W.C. tem influências clássicas do thrash oitentista sem nenhuma grande inovação. Não se pode acertar o tempo todo, não é mesmo?
06 - The browny shit never flushes
Quem nunca se viu lutando contra o problema narrado aqui? Você vai ao banheiro após comer aquela bela feijoada na casa da sogra e, quando vai mandar o serviço embora, a maldita insiste em ficar no vaso. É uma canção bem humorada que conta as mazelas de um pobre defecador atormentado pelo cocô que nunca vai embora. Em duas palavras: “Bitch! / Die!
07 - Defecation of christ
Como não podia deixar de ser, a música que leva o nome da banda é uma das peças mais trabalhadas de todo o disco. Obscura e brutal, com riffs certeiros, solos bem encaixados e um vocal gravíssimo, essa música não decepciona os fãs tradicionais, que esperam velocidade e brutalidade, e nem essa garotada mais nova, acostumada com bandas coloridas e som mais trabalhado. Se fosse lançada por um selo maior, certamente atingiria o Top 10 da MTV tupiniquim.
08 – Flush (instrumental)
Em quase dois segundos de puro massacre sonoro, a RDC mostra que também há poesia nos sons. Quando se executa uma peça musical desta forma, as palavras tornam-se acessórios desnecessários.
09 - Die-area
Aqui Farthead expressa suas crenças na medicina alternativa: “Diarrhea / Liquid shit / What a benefit!”. Vale o destaque para a bela rima entre shit e benefit, assim como para o joguete de palavras entre Die-area (zona da morte) e diarrhea (cocô mole). Fica claro, por estas associações, que apenas o benefício da medicina alternativa pode salvar o homem sua própria extinção. Fartie prega, claramente, contra a modernização e seus terríveis males. Esta é a verdadeira filosofia do Brown Metal!

Die-area ou diarrhea?

10 - The farting
“Out of the dephts / Of the ass / The beginning of the end”. Esta música é, sonoramente, uma explosão hormonal. E não poderia deixar de ser, visto que conta, metaforicamente, sobre o fim do mundo. Se viemos de uma grande explosão, por que não poderíamos desaparecer por culpa de outra?
11 - Pope`s ass
Pope’s ass é a continuação direta de The farting. Se na canção anterior sabíamos que o mundo viria a terminar, agora sabemos quem irá dar cabo de nossas vidas. Simplesmente brutal.
12 – A bad moment
Transgressão é o que define A bad moment (maus bocados). Se o Brown Metal é violento em sua essência, esta canção é sua antítese. Existem arroubos de brutalidade, claro, mas eles pairam sobre a calmaria das microfonias. Para entender esta obra é preciso também entender de literatura. A letra faz alusão direta à pedra de Drummond (“In the middle of the way /A shit / A shit / In the middle of the way / Everybody die”), mas Farthead, em seu delírio pós-moderno, vai além: o conteúdo pode ser a pedra, mas sua merda do meio do caminho tem a forma dos brados e urros dos cururus de Manuel Bandeira.
13 - Christ was right
Um som simples e certeiro. Uma crítica a Cristo aqui e um riff bacaninha de guitarra ali. E vamos pra próxima.
14 - Walking piece of shit
Outro som épico. É uma narrativa falada com duas intervenções sonoras inacreditáveis. Velocidade e peso.
15 - A love song
Esta canção de amor é, na verdade, um triste lamento. Guitarra, baixo e bateria são pensados tão minuciosamente que parecem nunca se encontrar, como duas almas que vagueiam solitárias pelo mundo, na esperança vã de enganarem o destino final.
16 - Brown sodomization
Bradava Godard: “não há forma revolucionária sem conteúdo revolucionário!”. E esta música é prova viva dessa filosofia. A sodomia marrom é a sodomia sonora.


Godard

17 - Another day in the sewer
Uma singela homenagem aos ídolos da infância, aqueles que primeiro viveram entre os dejetos da humanidade.
“Leo, Mike, Don, Raph
 And a stupid giant rat
 Living in a shit hole
 Bastard ninjas”
18 - Inphernal destruction of phoezes
Mais um excerto clássico de Brown Metal: rápido, sujo e fedido.
19 - Can`t stop the shit from coming down
Depois de uma breve introdução de bateria, a canção chega ao auge com seu fim. Dois segundos de agonia e um pouco de história da física moderna de Newton.
20 - Defecation party
Se não conhecêssemos a história da banda poderíamos dizer que esta música foi feita para tocar nas rádios. Ela começa com um ritmo jovem e descolado, mas que é logo sufocado por guitarras barulhentas. Não, a RDC não é feita para as rádios. Não é feita para mim, muito menos para você. A festa deles fede mais do que qualquer rádio.



Membro da RDC é fatalmente ferido por cocô atirado por fãs

21 - Shit... in your mouth
O riff que encerra esta peça musical soa como um grande alerta aos ouvintes. É mais uma destas canções-protesto contra os males do progresso. Está na hora de criarmos um mundo sustentável, antes que a festa da defecação prevaleça
“Open up
Swallow down
Defecate again
Start it over”
22 - Shit happens
Uma canção sobre a inevitabilidade das coisas. Se a merda está feita, o que fazer? Comê-la até a morrer? Será que esta é a solução?
23 - Sweet shit of mine
Esta dispensa comentários. É uma grande homenagem aos ídolos do Gun’n’Roses, uma clara influência na trajetória da RDC. Vale a pena ouvir a releitura que eles fazem. E fica a pergunta: o discípulo supera o mestre?
24 - Shit in pants
Na mesma onda de homenagens, aqui a RDC presta reverências à carequinha Britney Spears. A releitura da canção é tão bela quanto o visual da diva.
“Oops
I did it again
Not fast enough
Too late”
O Imperador ao lado dos ídolos Britney e Axl

25 - It hurts when i defecate
A vigésima quinta música do álbum é também a terceira do debut de 2004. Vale a pena ouvi-la com um pouco mais de calma e perceber a evolução da banda. Esse som é extremo, sujo e mal gravado. Nada comparado à super produção a que a banda teve acesso quando gravou seu full lenght. Mas, se por um lado as guitarras se misturam ao baixo e à bateria, numa massa sonora furiosa e disforme, por outro, os vocais soam mais claros do que os dos trabalhos mais recentes. Foi escolhida como música de trabalho para divulgar a filosofia Brown Metal. Confira porquê:
26 - Shit in pants again
Se com Shit in pants a RDC homenageia a bela Britney, com Shit in pants again há a descontrução de outros ídolos. Desta vez é a banda White Stripes que tem o riff principal (que é basicamente a música toda) de Seven Nation Army completamente brownizado. Um petardo para poucos.
27 - Coprophagy part 2 - dessert
Barulho, cocô e sobremesa. Nada melhor para não deixar a coprofagia morrer.
28 - Raining Shit
Não, não tem nada a ver nem com Slayer nem com Rainning Blood. É merda caindo pra todos os lados. Ouça com fone e sinta o poder do estéreo.
29 - Toilet from hell
Não se engane pela guitarra aparentemente mal tocada. Cada nota que falha é milimetricamente pensada para isso. Nesta explosão fétida, descobrimos o segredo do Inferno:
“Satan never flushes
Satan never cleans
That`s why he stinks
Sulfur”
30 - Genesis
A canção se inicia com um clássico riff que lembra bandas de speed metal. Mas o destino tomado nos microssegundos seguintes surpreendem os poucos familiarizados com o gênero. São cinco segundos imprevisíveis de muito barulho. Ou não.
31 - Putrid smell
Uma das mais pesadas do disco. Barulhenta como deve ser.
32 - Out of paper
Mais um grande dilema existencial, marca registrada das bandas de Brown Metal. What`s the paper for / If we have a tongue?”. Quem nunca se questionou sobre o assunto? Se a dúvida é cruel, o som é mais ainda.

Um membro qualquer da RDC autografa um pedaço de papel higiênico usado por uma fã

33 - A.S.S. (instrumental)
A segunda canção fraca do disco. Se a primeira instrumental é necessária, o mesmo não se pode dizer desta. Um segundo e meio de um barulho fraquinho, fraquinho, que não assusta nem uma senhora de 90 anos. Alguém pode me explicar o porquê desta música?
34 - Ancient shit
Esta música precisa ser ouvida com calma. São muitos elementos sobrepostos, guiados por um bumbo firme e preciso. Quando as guitarras entram, o caos se instaura. E a bela canção termina com uma citação a Louis Armstrong: “What a wonderful world”.
35 - All my life
Um arroto gutural oriundo das mais profundas cavidades intestinais. É assim que se anuncia o destino a ser cumprido: “I live for shit / Until the end / What else could I do?”. Quando desesperança impera, o que mais podemos fazer, senão viver pelo cocô?
36 - Shit in the church
Quem acha que o True Brown Metal não é capaz de rir de si mesmo é porque nunca ouviu Shit in the church. A letra pode ser engraçadinha (Behind the altar / Is a bathroom / Holy shit!), mas o som é brutal. O destaque aqui vai pro trabalho das duas guitarras, que tocam precisamente juntas e sem redundarem em tocar as mesmas notas. Um trabalho belíssimo de harmonia e velocidade.
37 - All over the years the church has raped us. Don`t listen to that shit. Eat it.
Uma introdução nervosa, quase descompassada, puxa este hino anti-clerical. Todo fã do gênero deve conhecer esta obra. Mais uma vez, forma e conteúdo andam juntos em total desarmonia sonora. É de arranhar os tímpanos dos menos preparados.
38 - Reto-anal wash up
É difícil descrever a beleza e a complexidade desta peça sonora. Há certamente muito de rap e jazz, pois o vocal é calcado no ritmo da fala e ele atravessa o andamento com uma precisão incrível. Os instrumentos entram em pontos-chave, dando um toque dramático à narrativa:
“I feel it now
Wet and warm
Deep down my ass
Now i realize
I`m born again”
Rotten Defecation em show na Bósnia

39 - Hard shit
Esta é uma das músicas mais experimentais do álbum. Certamente desagradará os fãs mais conservadores, pois a violência não é explícita. O que corrói nesta música é que você não sabe o que está por vir. Apenas os ouvintes mais abertos a novas sensações é que sentirão prazer com esta obra.
40 - ænal alæatorium
E o grande fim deste monumental disco é uma merda. Dois segundos de uma música sem sentido e desnecessária. Simplesmente decepcionante.
Belezinha?

A para finalizar, o Sr. Jonas enviou abaixo um comentário com o link de um show desses dementes. Coloquei-o aquina resenha para vizualizar mais facilmente:


 Algum sobrevivente?
NOTA 5,5

Um comentário:

  1. Caríssimo senhor Cristiano,

    Antes de mais nada, gostaria de dizer que estou satisfeitíssimo com o fato de o senhor ter publicado esta minha simples resenha. Toda e qualquer ajuda é bem vinda para ajudar a espalhar a arte do Verdadeiro True Brown Metal pelo mundo afora.

    Eu não mencionei no texto, mas quando estive na finada Bósnia Herzegovina tive o prazer de filmar o tal show da RDC. Recentemente consegui editá-lo numa ilha analógica e pedi para o gentil guitarrista Womitated disponibilizá-lo para o mundo em algum sítio de compartilhamento de arquivos. Ele me retornou o seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=H0i9NeGK9AM

    Talvez lhe seja útil, belezinha?

    Abraços pastosos! rsrsrs

    Prof. Dr. Jonas Crisântemo, PhD.

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