domingo, 24 de abril de 2011

The Ordher – Kill the Betrayers

The Ordher – Kill the Betrayers
Free Mind Records – 2009 – Brasil


Outra excelente banda nacional que poderia ser tranquilamente taxada como uma referência mundial no quesito som extremo, a The Ordher veio para se consagrar com esse “Kill the Betrayers”, que sucede o também grandioso “Weaponize”, de 2007. Hoje, os Estados Unidos não são mais a única referência em se tratando de death metal. O Brasil já está em alta há algum tempo, embalado pelo Krisiun, que levou esse estilo musical – aqui no país com características próprias - para além de qualquer barreira. E sai da frente que lá vem o The Ordher!
A coisa já começa infernal em “Progeny”, com uma introdução violenta de bateria que emenda o mais brutal death metal técnico. Também, difícil seria não ter qualidade um trabalho cujos integrantes outrora fizeram parte do Nephast ou do Rebaelliun.
Na segunda faixa, a cadenciada "Whipped, Crowned and Dead",mostra o quanto esses caras são técnicos. Desde o riff hipnótico, à própria estrutura da música, ela chama a atenção. Não deixa de ser violenta, mesmo em baixa velocidade. Confiram o videoclipe no final da resenha.
Qualquer outra música do disco será difícil de se destacar, já que todas são muito boas. Até em “At One With Darkness”, uma “pausa” entre uma e outra brutalidade, tem seu mérito pela técnica e pelo clima denso gerado na audição. No geral, a alternância de velocidade, o grandes riffs de Fabiano Penna e as ótimas estruturas das músicas tornam o trabalho ainda mais magistral, longe de ser repetitivo e muito menos cansativo. Simplesmente intenso.
O encarte, como já deveria se esperar, é belíssimo, com a capa lembrando levemente alguns trabalhos do Vader. Não é para menos, já que foi feito por Marcelo HVC, artista que já trabalhou com os poloneses.
E também a seu favor está a ótima gravação, que deixa os instrumentais pesadíssimos, com destaque para o timbre dos bumbos fenomenais de Cássio Canto. E só para constar, escute a última música, “Earth Burns”, para conferir a velocidade que o cara atinge nos pedais.
Depois de todas as coisas boas, encerro com uma ruim: lamentavelmente a banda anunciou seu fim há poucos dias, o que, confesso, me levou a resenhar esse trabalho como uma espécie de homenagem ao conjunto. Deixa uma lacuna difícil de ser preenchida no metal nacional.

NOTA 8,0

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