DVD Emperor – Live at Wacken Open Air 2006 – ‘A Night of Emperial Wrath’
Shinigami Records – 2009 – Noruega
A banda, que abandonou suas atividades em 2001, voltou em 2005 e novamente encerrou a carreira em 2007, dá aos fãs um presente de valor incalculável com esse registro histórico da apresentação na Alemanha.
Quanto ao pacote físico, a capinha é bastante simples, sem informações técnicas, exceto o tracklist e os extras. Faltou um capricho nessa parte, mesmo não sendo o principal da coisa.
Mas agora falando do show, já começa com boas impressões por ter sido filmado em widescreen. Maravilha. E você percebe a grande estrutura de filmagem usada no evento. Estão de parabéns, muito profissional. As imagens são muito bonitas e o som está impecável. A iluminação no palco também é muito boa, principalmente se contarmos que o show foi realizado ainda durante o dia, no final da tarde para ser mais exato. Os efeitos pirotécnicos, embora em pequena quantidade, também funcionam.
E alternam imagens coloridas e preto e branco (algumas câmeras com um leve granulado, mas que não incomodam), e em slow motion, dando um belo e profundo efeito visual, que termina por enriquecer ainda mais o produto. Já a edição é tradicional, sem muitas firulas ou grandes efeitos de vídeo. E para que tentar fazer coisas mirabolantes e desnecessárias, não é mesmo?
Em relação à apresentação, logo de cara percebe-se o quão experientes e seguros são os músicos. Afinal, estamos falando de Emperor, uma das maiores bandas norueguesas do mundo. Os caras não agitam muito no palco, exceto o tecladista Einar e o baixista Secthdaemon, que faz de sua cabeleira um ventilador à lá George “Corpsegrinder” Fischer (Cannibal Corpse). Ainda sim, o vocalista/guitarrista Ihsahn hipnotiza os fãs com seu carisma. E verdade seja dita: a Emperor tem a plateia na palma das mãos.
Como já era de se esperar, tocam seus grandes clássicos, começando muito bem com “Infinity Burning (medley)” e já emendam “Cosmic Keys to my Creations & Tims”, ambas fabulosas. Os grandes riffs de “An Elegy of Icaros” empolgam ainda mais ao vivo. E no todo, os solos de Ihsahn também chamam a atenção. Mas é na minha favorita, “The Loss and Curse of Beverence”, que a coisa fica mais espetacular. Na famosa paradinha da música, com o riff mortal que chama o blast beat para voltar ao mais agressivo e brutal black, tudo vem abaixo. Até a edição fica mais dinâmica nesse momento. Fantástico!
No geral, a facilidade com que executam seu black metal é fascinante. Observando os integrantes, parece fácil tocar um som tão complexo, o que gera maior admiração e identificação por parte do público. E mesmo eu não sendo adepto, é preciso admitir que os momentos em que há vocais limpos também embelezam a apresentação. A banda mostra no show porque foi (e é) uma das maiores do estilo. Detalhe: como todos sabem, é um conjunto tradicional que NÃO faz black tradicional. Como exemplos, usam teclado (um dos pioneiros) e as citadas vozes limpas, não se maquilam com corpsepaint, além de não ficarem o tempo todo tentando tocar o mais velozmente possível. Não. Eles são sim versáteis, e devo reafirmar aqui: é o Emperor, não qualquer banda.
Após cerca de 1h10 de apresentação, o quinteto se despede dos palcos, e deixa aquela sensação inesquecível que foi o show.
E nos extras, também com mais de 1 hora de duração, imagens amadoras de inúmeros trechos de outras apresentações da banda em palcos menores, sessão de autógrafo, coletivas de imprensa, enfim, bastidores em geral. Nada de excepcional, mas para quem é fã, deve agradar.
Quer um verdadeiro exemplo de uma apresentação black metal? Adquira o DVD urgentemente! Indispensável para fãs de música extrema. Mais do que isso, um registro da história do metal mundial.
NOTA 9,0
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