segunda-feira, 2 de maio de 2011

Enthroned – Pentagrammaton

Enthroned – Pentagrammaton
Shinigami Records – 2010 – Bélgica

A introdução “In Missi Solemnibvs” até tenta criar um clima, mas no fundo, é desnecessária. Entretanto depois, a coisa engrena, e logo de cara, na música “The Vitalized Shell”, o que se percebe é que a banda fez um som bem calcado nas raízes do black metal, inclusive com uma gravação não tão boa. Proposital? É bem provável. Em suma, está com sonoridade típica das bandas black dos anos 90, especificamente do cenário norueguês.
No geral, as composições estão diretas, sem firulas, bem “true”. E sai da frente, que os caras estão pisando fundo no acelerador. Provas disso são faixas como “Rion Riorrim” e a certeira “Magnvs Princeps Leopardi”, por exemplo. Puro massacre sonoro.
Entretanto, a Enthroned mostra  que tem seu lado técnico, com diferentes mudanças de andamento, fazendo suas músicas ao mesmo tempo trabalhadas e extremas, o que já é um diferencial para o conjunto. Ouça a faixa-título e entenda o que estou dizendo.
Um descanso com “Ad Te Clamamvs Exsvles Morvua Liberi”, e vem “Unconscious Minds”, com uma levada cadenciada, também bastante típica do black metal. Com quase 9 minutos de duração, é a música menos porrada de “Pentagrammaton” (sem contar a intro e a supracitada “Ad Te Clamamvs Exsvles Morvua Liberi”, que não são exatamente músicas). E a obra volta a pegar fogo (afinal, é infernal), fechando com “Behemiron”, curta e precisa.
O encarte recria aquele ambiente dark, com fotos em preto e branco e escurecidas, e as letras louvam a escuridão, como de praxe.
Vou dizer uma coisa: meu álbum favorito provavelmente sempre será o “Carnage in Worlds Beyond”, não tem jeito. Mas o cru “Pentagrammaton” deixa uma forte marca na discografia da Enthroned. O trabalho não apresenta nada de novo: ao contrário, enfatiza o velho e clássico black metal de quase duas décadas atrás, para a alegria dos fãs daquela época.

NOTA 7,77
(homenagem ao final da letra de “The Vitalized Shell” ahah)

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