sexta-feira, 27 de maio de 2011

Vomitory – Opus Mortis VIII

Vomitory – Opus Mortis VIII
Metal Blade Records – 2011 - Suécia

E a entrevista com a Vomitory não ficaria completa sem uma resenha do tão falado “Opus Mortis VIII”, que saiu há um mês. O trabalho, que vem recebendo críticas muito elogiosas, justifica tais afirmações.
Do primeiro full-lenght - "Raped in Their Own Blood" - a este oitavo disco de estúdio, a evolução da Vomitory é incrível. Uma das poucas bandas que mantêm o nível ou o melhoram a cada lançamento. Ouçam a discografia e percebam como a técnica dos integrantes se aperfeiçoou durante os anos.
É interessante notar os elementos que vão além do puro brutal death metal executado pelo quarteto. Muitas levadas hardcore, boas estruturas e riffs extremamente criativos agregam ainda mais valor ao produto. Que guitarras!
Pois bem, a começar pela fabulosa capa, que é uma obra de arte, a primeira impressão se torna bastante positiva. Hora de dar play.
Começa talvez com o maior destaque do CD – “Regorge in the Morgue” (vejam clipe da música no final da entrevista lá embaixo) – com as tais levadas HC, mas que ficaram ainda mais poderosas com o excelente vocal de Ronnie Olson, também responsável pelo baixo. A voz do cara dá um grande peso às composições de modo geral, devo dizer. Um timbre perfeito para o brutal death. Ouso dizer que Olson é um dos melhores vocalistas do gênero atualmente.
No restante do trabalho, outras músicas saltam aos olhos, como “They Will Burn” e seus bons arranjos, compostos pela levada lenta e densa, com direito a boas melodias; “The Dead Awaken” e seus ritmos bem trabalhados; “Torturous Ingenious” e sua sanguinolência aliada mais uma vez aos bons riffs, e “Combat Psychosis”, embalada pelos bumbos marrentos de Tobias Gustafssom.
Agora, “Hate in a Time for War” é chupinhada quase na cara dura do Slayer no que diz respeito aos riffs. O instrumental sem dúvida é mais agressivo que o da banda de Tom Araya e companhia, mas nem assim livra essa canção desse fato. Ainda sim, vale a pena conferir a “homenagem” pela alta qualidade da canção.
Infelizmente não tive acesso à versão do CD com músicas bônus, mas não há por que duvidar de que elas mantêm o nível de todo o restante do álbum.
Em suma, os caras mais uma vez se superaram com “Opus Mortis VIII”. Outro material que deve fazer parte da coleção de um bom deathbanger. E relembrando: para quem ainda não leu, é só descer a barra de rolagem e dar uma conferida na entrevista exclusiva que o baterista Gustafssom concedeu ao blog Som Extremo.

NOTA 8,5

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