Neuro-Visceral Exhumation – Mass Murder Festival
No Escape Records – 2003 – Brasil
O material dos caras não é recente, mas a importância da banda é um marco no goregrind brasileiro. Infelizmente encerraram suas atividades em meados dos anos 2000, mas não sem antes deixar como herança pérolas do extremo underground. Procurem os splits (será que ainda existe em algum catálogo?) que a NVE gravou com o Bradyphagia, ou com o outro monstro nacional do gênero, o Lymphatic Phlegm, além do full-lenght “The Human Society Wants More Gore”, que saiu depois do “Mass Murder...”, e tenham uma aula do que é ódio em forma musical.
Pois esse trabalho aqui é um dos mais insanos e raivosos já realizados por uma banda goregrind. Nele, expressam seu mais verdadeiro repúdio à raça humana. A desgraça começa com uma das melhores do CD, “Forcible Sexual Intercourse” que, após breve introdução, massacra o ouvinte com sua sujeira e velocidade alucinada.
De lá, vão para a próxima música, a também ótima “Ultra Massive Assassination Procedures”, que já começa destruidora. Outro som muito empolgante é a faixa-título, que começa com uma levada meio crust, para depois engrenar em total devastação. “Thrill to Kill” também é um show com as levadas para bater cabeça. Aliás, caos é o que acontece por todo o álbum. Grandes e trabalhadas composições tornam “Mass Murder Festival” um álbum sólido de muito respeito.
No geral, a NVE apresenta partes quebradas em meio aos absurdos blast beats, algo que causa mais admiração ao trio. O trabalho conta com dois excelentes covers: “After Accident”, dos deuses Dead Infection, e “Lifelock (gory version)”, do Doom, esta gravada SEM PERMISSÃO dos caras! Ahah Ah, e fiquem atentos até o final da última (e grande) faixa, “How to Hide a Ravished Body... Bathtub with Sulfuric Acid”... tem mais coisa depois!
O vocal de João Jorge, também baixista, é indecifrável e muito pútrido. Apesar do maravilhoso estrago, consta que não utiliza efeitos na voz(!!!). Excepcional. Destaque também para o baterista Fred, um animal que tem grande domínio e (muitíssima) velocidade nas baquetas, além da baixíssima afinação da guitarra de Marcio Oishi.
Quanto à gravação, é para ouvidos acostumados à brutalidade. É bastante suja, mas perfeitamente audível. Uma pena durar somente meia hora. E o encarte, que infelizmente não vem com letras, é bem feitinho e simples, trazendo informações técnicas e “agradecimentos” (xingamentos na maioria).
Um dos mais importantes grupos do país no goregrind. Tive oportunidade de vê-los tocando por duas vezes e falo aqui: são fodas demais!!! Esse disco não é para qualquer um! Pena o conjunto ter acabado, mas quem sabe retornam... não custa torcer!
NOTA 8,5
Depois do ROTTING FLESH a última grande e verdadeira banda de GORE GRIND que surgiu no Brasil, o DEAD INFECTION brasileiro! Abs... André Luiz.
ResponderExcluirOs caras são da cidade! Galera gente boa pra caralho, agora o ex- vocal, João Jorge, toca na banda Dysnomia.
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