domingo, 15 de maio de 2011

Obituary – Darkest Day

Obituary – Darkest Day
Shinigami Records – 2009 – Estados Unidos


Obituary, uma banda cujo verdadeiro fã de death metal tem praticamente a obrigação de curtir. Os caras são um dos mais carismáticos grupos da cena underground mundial, além de competentes músicos. E “Darkest Day” deixa isso mais do que evidente.
O grupo já abre o disco com uma das músicas mais violentas de toda a carreira, a maravilhosa “List of Dead”. Quem ouve é pego de surpresa, tamanha a brutalidade da faixa. Em seguida, voltam ao mais tradicional e irresistível death metal bem característico da banda, com as levadas lentas, mas pesadas e profundas de “Blood to Give”.
“Outside My Head” tem uma levada muito cativante. Você fica dividido entre admirar a música com atenção, e bater cabeça. “This Life” começa quente, e depois mantém a pegada firme e tradicional do Obituary. Outra grande música é a curta e direta “Violent Dreams”, veloz e matadora.
Os vocais únicos e inconfundíveis de John Tardy dão o tom do trabalho. Mas é claro que o time só funciona devido ao esforço de todos no quinteto. Ótimos riffs e levadas. Destaque para os solos, bastante inspirados, um melhor que o outro. Aliás, as músicas estão com mais solos do que de costume. De verdade, eles chegam a roubar um pouco a cena do trabalho. Seria uma (excelente) influência de Ralph Santolla? Esse guitarrista está se dando bem. Afinal, toca no Obituary e no Deicide. Que mais ele gostaria?
Como é de costume, o Obituary nos brinda com uma capa lindíssima e um encarte que, apesar de simples e novamente sem as letras, é funcional.
Entretanto a qualidade da gravação lembra a do álbum “Cause of Death” misturada com a do “The End Complete”. Nesse aspecto, já foi melhor, a exemplo de “Wolrd Demise” ou até do ao vivo “Dead”, cuja sonoridade soa mais “cheia”. Só não leva nota máxima por isso.
Pois bem, o Obituary continua a fazer aquele death/thrash consistente que o consagrou. Não mudaram em nada o estilo de suas composições (a não ser a quantidade de solos), o que é bom para quem gosta do conjunto, já que saberão o que encontrar. Mas o seguro “Darkest Day” vai além, e imediatamente entra para a lista de clássicos da banda. Inclusive me fez voltar a ouvir seus discos com mais frequência. Muito bom mesmo!

NOTA 9,0

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