Centurian – Liber Zar Zax
Listenable Records / Century Media / Perverted Taste – 2002 – Holanda
E outra banda holandesa invadindo nossos tímpanos. Essa talvez seja levemente menos conhecida que a elite do brutal death metal, mas tenha certeza de que está no mesmo patamar de grupos consagrados do estilo.
“Liber Zar Zax” é uma porrada no baço tão bem dada, que você leva horas para se recuperar. Uma música devastadora e insana, quase sem descanso nenhum. O mais impressionante é que são raros os momentos menos brutais ao longo do disco. Considero isso um descanso para o pescoço, como é o caso da lenta instrumental “Feeding Flesh to the Vortex”. Mas a folga é curta!
Os vocais guturais de Jerry Brouwer parecem sufocados, e ele tenta de todo jeito extrapolar seu ódio. Apesar de assustador, seu canto é até inteligível. A bateria de Wim van der Valk é uma britadeira destruidora. Mas o cara não fica só na pressa não, e mostra muita técnica e precisão nas batidas.
E os riffs e solos são um show de técnica e velocidade, perfeitamente audíveis graças à excelente produção do material, que deixou como resultado um belo peso no CD. O encarte é bastante simples e objetivo, mas apresenta uma bonita estética.
Músicas como “The Reading (Zarzax Unto Zax)”, que abre o play; “Ritually Slaughtered for Satan” e suas paradinhas fenomenais; “Conjuration for Choronzon”, com riffs fabulosos; “Speech of the Serpent”, com um berro ensandecido de Brouwer e um solo final bem revoltado; e “Fornicating the Nazarene”, também trazendo um riff furioso, putz! – todas elas traduzem as palavras CAOS e BRUTALIDADE na humanidade.
Curiosidades: após esse álbum, a banda se separou e voltou em 2003 sob o nome “Nox”. No começo desse ano, voltaram a se chamar Centurian. Além disso, o vocalista Seth Van De Loo, da Severe Torture, já passou pela banda.
“Liber Zar Zax” pode ser considerado um clássico do brutal death. Mesmo sendo mais underground, o álbum na certa está devidamente guardado nas prateleiras de fãs, daquelas que armazenam seus melhores discos do estilo.
NOTA 9,0
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