domingo, 4 de dezembro de 2011

Dark Angel – Time Does Not Heal

Dark Angel – Time Does Not Heal
Shinigami Records (relançamento) – 1991 – Estados Unidos

E o último full length da Dark Angel, lançado há duas décadas, é merecidamente relançado pela Shinigami Records (www.shinigamirecords.com.br), com direito a duas faixas bônus ao vivo. Bom, e falar o que desses mestres do thrash metal que ainda não foi dito?
Uma banda que apresenta a lenda Gene Hoglan lá atrás, comandando os tambores, além das guitarras demoníacas de Eric Mayer e Brett Eriksen, do baixo Mike Gonzales, e daquele vocal rouco e característico de Ron Rinehart, só poderia ter feito esse som que, sem exageros, é referência mundial da era clássica do estilo.
Mas a Dark Angel vai além e prima por músicas mais trabalhadas do que o tradicional, mas ao mesmo tempo, mais violento. Chequem as partes mais velozes, fiquem boqueabertos com a rapidez das palhetadas (muito boas), que formam os grandes riffs do disco. Os solos? Impressionantes! E a voz de Rinehart só vem abrilhantar o excelente instrumental com sua mistura de gritos e melodias.
Depois de abrir com a ótima faixa-título, bem porrada, o pessoal dá uma amenizada no começo de “Pain's Invention, Madness”, para depois voltar à pancadaria. Só por essas duas, nota-se as mil faces da Dark Angel e sua capacidade de fazer boas e criativas composições. E é nessa pegada diversificada e agressiva que o quinteto executa com maestria todas as canções.
Apenas para citar mais dois exemplos, “Act of Contrition” é mais cadenciada, enquanto “The New Priesthood” é bem violenta. Perfeita! Tudo bem, vale falar também de “A Subtle Induction”, que fecha a sessão de estúdio. Simplesmente infernal e muito veloz, ela traz um dos mais lindos solos do gênero.
As músicas em geral são longas (quase todas acima dos seis minutos de duração), mas o álbum é tão empolgante que você nem percebe o tempo passar.
E as duas ao vivo são “The Promise of Agony”, do álbum “Leave Scars”, e a cover “I Don’t Care About You”, da Fear, ambas de um show de 1989. Obviamente que a qualidade da gravação cai um pouco, mas nada sério.
Pode-se dizer com convicção que “Time Does Not Heal” é um dos melhores álbuns de thrash metal de todos os tempos. E verdade seja dita: em relação à grandiosidade da obra, isso aqui é tão bom quanto “Reign in Blood” (Slayer). Os estilos diferem um pouco, mas ambos os discos são pérolas que merecem estar guardadas a sete chaves pelos admiradores do thrash metal em sua fase mais espetacular.

NOTA 9,5

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