segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Krisiun – The Great Execution

Krisiun – The Great Execution
Laser Company – 2011 – Brasil

Quando soltaram na imprensa que o CD teria mais de uma hora de duração, a pergunta que não queria calar era: “Como esses caras conseguirão alimentar tanto tempo de música com criatividade, para não tornar o lançamento cansativo?”. E a resposta chega: com muita sustância, eliminando qualquer dúvida sobre a qualidade desse material.
“The Great Execution” é um álbum definitivo da Krisiun! Não que clássicos como “Black Force Domain” ou “Conquerors of Armaggedon” também não sejam, mas esse álbum consegue ir além.
Os gaúchos continuam brutalíssimos e mais técnicos do que nunca e é preciso fazer uma observação: na realidade, eles NÃO amaciaram o seu som, mas sim INCORPORARAM partes mais trabalhadas à porradaria característica do trio, o que fez com que a duração do play ficasse grande assim. O resultado? Um trabalho praticamente perfeito, muitíssimo bem dosado! E esse acréscimo não soa como mero enfeite ou algum tipo de firula não. São boas passagens que realmente enriquecem as estruturas das composições.
Analisando faixa a faixa, percebe-se a desenvoltura extraordinária de cada uma delas. As alternações entre trechos mais e menos velozes trouxe ainda mais vida ao álbum. Além do mais, os riffs de Moyses Kolesne parecem ter sido criados para serem fixados na mente humana. Bem, e os solos dispensam comentários, não?
Alex Camargo mantém o gogó poderoso e capricha nos guturais, cada vez mais inteligíveis. E o vocalista manda muito bem no baixo, mas talvez uma distorção mais agressiva deixaria o resultado ainda melhor.
E Max Kolesne, um monstro que dita o ritmo dos petardos, continua endiabrado com seu estilo único de tocar bateria. É impressionante o que esse cara fez escola, só que sempre se sobressaiu e agora, em “The Great Execution”, isso fica ainda mais evidente. Como pode?
Como se não bastasse tantos aspectos positivos, o CD conta com participação do lendário João Gordo (Ratos de Porão) na canção mais direta do álbum – “Extinção em Massa”. De fato, esse som difere do restante do material, com um ritmo não tão comum executado pela Krisiun, com uma boa mistura de death, thrash e até hardcore. Absurda!
E para os headbangers pirarem de vez, a gloriosa Laser Company (www.lasercomanymusicstore.com.br) lançou a versão brasileira do disco com a faixa bônus dos sonhos dos fãs: uma regravação de “Black Force Domain”, o maior clássico do grupo, que ficou sensacional!
                A Krisiun já tem uma sólida carreira e mesmo não precisando provar nada para ninguém, eles conseguiram produzir mais uma obra prima em sua discografia. O que? Ainda não adquiriu o seu disco??? Cara, em que mundo você vive??? Obrigatório!

NOTA 9,5

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