segunda-feira, 11 de julho de 2011

In Memorian – Insantification

In Memorian – Insantification
Heavy Metal Rock – 1996 – Brasil

Os fãs de metal extremo nacional na certa ouviram falar, e muito, da In Memorian. Na época do lançamento de “Insantification”, a banda deu o que falar com a qualidade apuradíssima do CD. Portanto, nada mais digno e merecido do que resenhar sobre um álbum marcante de nosso cenário.
                Além da indiscutível qualidade das composições, a banda também gerou algum burburinho quando tentavam classificar seu som. Pois na humilde opinião desse fã que aqui escreve, acho que é um death metal com muitas influências do black (especialmente na ideologia) e do doom.
                A coisa já agrada desde a introdução, uma das mais originais e morbidamente belas que já escutei no death/black: uma missa negra com cantos femininos enquanto algum tipo de pastor profere palavras “luciferinas” aos fiéis. Um show!
                Depois disso, vêm as composições inspiradíssimas e muito, muito bonitas. O trio consegue trazer várias diversificações de ritmo, mas sempre mantendo aquele clima sombrio e pesado. As composições são realmente criativas e técnicas, um espetáculo negro. Interessante constatar a particularidade de cada som, com uma riqueza de detalhes que nos deixa atônitos. Fabuloso!
Destaque para Ales Sandre, baterista que encaixa os bumbos de uma maneira muito legal, e faz batidas e viradas excelentes. Enfim, trabalha de um jeito fantástico e deixa as músicas mais irresistíveis e deliciosas de se ouvir.
A capa, mesmo que típica do estilo, também é uma pequena obra de arte. O encarte não acompanha letras. Fazer o que, não? Mas na beleza do material, o grupo compensa esse fato.
A produção muito boa. Lembro-me que quando o trabalho apareceu no mercado, li uma crítica na Rock Brigade dizendo que o timbre de guitarra lembrava demais o Obituary do “The End Complete”. Realmente, impressionante como parece! No restante, o baixo aparece bonitinho, em especial no lindo final de “Living the Unlight”, e a bateria também está com timbragem excepcional, mas levemente mais alta do que o restante dos instrumentos. O vocal é um gutural bastante aterorizante, muito bom também! E existem teclados, mas são usados de forma discreta, sem interferir na música, mas apenas preenchendo-a. Ótima utilização do instrumento.
E depois de soltar esse “Insantification”, a então promissora banda inexplicavelmente sumiu do mapa. Realmente uma pena. O que conforta é que, com menos de meia hora de duração, o álbum teve o poder de se tornar um marco da música pesada nacional. Talvez a palavra que mais de adéque à In Memorian seja “brilhante”. Quem tem o disco é uma pessoa feliz.

NOTA 9,0

6 comentários:

  1. eles pararam de tocar pq o Wilson JR sofreu um acidente de moto ou carro, nao me lembro bem, e depois disso nao pode mais tocar

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  2. Cara, agora que você disse isso, eu lembrei! Nossa, é isso mesmo! Grande Rafael, valeu por sua preciosa informação, e pela visita ao blog! Grande abraço, cara!

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  3. Paguei R$7,00 nesse cd qdo foi lançado!
    Velhos tempo de receber vários catálogos por correio...haha

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  4. Uma vez assisti um show do IN MEMORIAN em Bauru em 1995, eles eram tudo uns muleques de 16 anos...rsrs bons tempos... infelizmente a banda não vingou, o Wilson Jr abriu a Demise records, deu muito calote e sumiu no mundo!rsrs

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  5. Eu ouvi dizer q foi um acidente i q tds morreram

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  6. Vobiscum laudare cum Satanas.
    Et celebrare cum Satanas

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