terça-feira, 19 de julho de 2011

Oligarquia – Distiling Hatred

Oligarquia – Distiling Hatred
Independente – 2011 – Brasil

Death metal tradicionalíssimo e muito honesto. Esse é o som que a Oligarquia executa. As músicas possuem estrutura bastante simples, e são bem diretas. Nada de mirabolante, somente o puro som da devastação.
O vocal de Max Hideo é forte e impõe respeito, enquanto bateria, guitarra e baixo ficam no feijão com arroz, proposta que acompanha a banda desde o início. As faixas são em sua maioria aceleradas, mas não chegam à velocidade extrema, e as poucas variações de andamento durante as canções acabam sendo o diferencial de “Distiling Hatred”.
Entretanto, talvez a bateria mereceria algo mais trabalhado e criativo, já que quase não se altera, seja quando a música é mais rápida, seja quando sua levada é mais cadenciada. Além disso, os bumbos estranhamente desaparecem em trechos de músicas como “Here Comes the Pain” e da instrumental “LxOxVxE”.
Destaques para “Consumed by Greed” (comecinho bacana), “World in Convulsion”, “Until the Next Day” (lembra o Cannibal Corpse nos momentos lentos), e a melhor, “Cerebral Atrophy”.
A gravação do trabalho tem uma sonoridade que remete às bandas old school do gênero. O responsável pela tarefa foi mais uma vez o Sr. Ciero (Da Tribo Studio), que mixou e masterizou o material. Em outras palavras, é sinal de qualidade na produção do disco.
A capa apresenta uma arte ao mesmo tempo bonita e triste. A ilustração ao redor da mídia também é bastante agradável. As cores escolhidas deram um tom maior de melancolia ao material gráfico.
Uma curiosidade: a Oligarquia lançou “Distiling Hate” em Semi Metalic Disc (SMD), uma mídia desenvolvida no Brasil praticamente igual ao CD comum, mas que barateia demais os custos de produção de um álbum. É um recurso que ganha cada vez mais adeptos. Fica a dica. O disco não vem com encarte, mas está disponível para download no www.oligarquiadeath.com.br.
O play vai na linha do Offal e Nervochaos, e é indicado para fãs de death sem frescuras nem novidades.

NOTA 7,5

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