Rectal Collapse – Penetrating in Your Abdominal Cavity
Sepulchral Voice Zine/Malignant Art/Lab 6 Music – 2012 – Brasil
Outra que
orgulha nosso venerado underground. A Rectal Collapse, de São José dos Campos/SP,
acaba de soltar essa metralhadora de Death Metal – sem pretensão ao afirmar isso -, já
caminhando entre os grandes do estilo no
país. Levou doze anos para o ‘debut’, mas valeu a espera. Excelente estreia!
Esse Death
Metal tende para um lado mais técnico do que tradicional, e ganha força
exatamente nesse equilíbrio. Os componentes da banda - Luiz Jr (baixo/vocal), Alexandre
Augusto (guitarra/vocal), Anderson Kiko (guitarra) e Leonardo Mancilha (bateria)
- mostram-se exímios músicos, com menção maior ao dono das baquetas. O cara é
muito competente e varia, inclusive, os tipos de ‘blast beats’, mostrando que
não existem limites para ele. E as viradas também são um show!
Não é por
nada, mas além de mandarem muito bem nas canções cantadas, como “Sacrifice of
Terrified Humanity”, “Penetrating in Your Abdominal Cavity” ou “Macabre Autopsy”,
por exemplo, o quarteto também destrói na espetacular instrumental “Thrombotic
Thrombocytopenic Purpura”, com riffs lindos e combinações perfeitas de
arranjos. Uma das melhores do CD, com certeza!
Entre as
evidentes influências, Cannibal Corpse, em todas as suas fases, e Deicide
antigo. Confiram, por exemplo, os bons riffs de “Discovering the Dead”. Mas a
pegada desses paulistanos tem uma cara própria, o que os destaca ainda mais no
cenário.
A capa e o
trabalho gráfico em geral, criados pelo artista Rafael Tavares, também são puro
capricho, dignos de verdadeiros elogios, o que obviamente enriquece e dá um ar
muito mais profissional ao material.
Parabéns
também pela gravação, mixagem e masterização, feita pela própria banda. No
final das contas, o álbum tem uma sonoridade bem seca.
A Rectal
Collapse chuta cadáveres, sendo que, “infelizmente”, “Penetrating in Your Abdominal Cavity”
funciona como uma enzima que aumenta a velocidade de putrefação dos pescoços do
headbangers, de tanto baterem cabeças. Investimento dos bons em 2012!
Nota 8,5
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