terça-feira, 21 de junho de 2011

Brain Drill – Quantum Catastrophe

Brain Drill – Quantum Catastrophe
Metal Blade Records – 2010 – Estados Unidos

Prepare-se para conhecer um outro patamar de brutal technical death metal. Ainda pouco conhecida no Brasil, a Brain Drill é uma verdadeira agressão em forma de harmonia, melodia e muita velocidade. São americanos, como o grande Hate Eternal. Aliás, as duas bandas estão pau a pau na competência, mas seus estilos de música extrema e técnica diferem. Aqui, a Brain Drill apresenta um nível mais profundo nesse último quesito. Sim, o virtuosismo impera no grupo.
O que ocorre em “Quantum Catastrofe” é uma porrada de riffs monstruosos, arranjos absurdos e bateria quase irreal, tudo regado a muita rapidez. IMPRESSIONANTE!
Dêem uma sacada já no comecinho do CD, na primeira música – “Obliteration Untold” – e fiquem perplexos com a “brincadeirinha” que o baixista faz na introdução. Já terão uma ideia do quão doente é o som desse quarteto. De resto, palhetadas a milhão, mas claro, feitas por quem domina o instrumento. E olha que nem entrei nos méritos dos solos, hein? Talvez seja melhor não falar deles. Questão de segurança para o coração. Quase inacreditável.
E a violência não para um segundo sequer. Impossível destacar qualquer música. Aliás, lembram-se do que foi dito na resenha do Hate Eternal (ler aqui) em relação à música “Art of Redemption”? Pois bem, aqui, ocorre o mesmo. Em inúmeras passagens, a rifferama é tão aguda e brutal que, assim como na tal canção da banda de Erik Rutan, lembra as musiquinhas eletrônicas de joguinhos 8 bits. Fantástico!
A capa do trabalho é bem típica do gênero, mas nem por isso desmerece elogios. Uma ilustração maravilhosa. Letras? Um resumo do fim dos tempos. E com um detalhe até curioso: não abordam o tema religião no play. Uma exceção, quem diria!
                Qualidade de produção cristalina. Peso na medida ideal, nada fora do lugar.
Existem grandes outras bandas que fazem um som complicado, como a citada Hate Eternal, Criptopsy, ou Cephalic Carnage, mas na boa, esse conjunto aqui vai além. A complexidade das composições espanta, e o resultado final ficou, tinha que ficar, praticamente perfeito.
Outra coisa que prende a atenção é o fato da estrutura dentro de cada música quase não se repetir. Repito: I-M-P-R-E-S-S-I-O-N-A-N-T-E! Brain Drill: essa veio para marcar o underground.
Para não deixar a curiosidade carcomendo vossos corpos, eis uma ótima demonstração da habilidade da Brain Drill no clipe “Beyond Bludgeoned”, logo abaixo.

NOTA 9,5

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