terça-feira, 28 de junho de 2011

Sinister – Aggressive Measures

Sinister – Aggressive Measures
Nuclear Blast – 1998 - Holanda

Os holandeses do Sinister já são mais do que consagrados no submundo da música extrema. Seu death brutal é marcante. O grupo lançou vários clássicos através dos anos (e da infinidade de mudanças de formação em que no final das contas, o baterista Aad virou vocalista) e claro, já garantiu seu lugarzinho lá no céu, digo, no hell.
“Aggressive Measures” é violentíssimo e bem produzido. Desde a capa, passando pelo encarte, e claro, pelas músicas, o grupo mostra mais do que nunca do que a maturidade é capaz.
Após uma introdução bela e sinistra (com o perdão do trocadilho) de “The Upcoming”, o massacre tem início com a faixa-título, a melhor do CD. Depois, a bem trabalhada e extrema “Beyond the Superstition” vem para tirar o fôlego. A quarta composição, “Into the Forgotten”, mostra um lado ainda mais trampado, mas ainda agressivo com suas várias mudanças de ritmo. E já passamos da metade do disco com “Enslave the Weak”, cujos destaques são as guitarras e seus inspirados riffs.
O trabalho menos veloz é “Fake Redemption”, com guitarras pesadíssimas e bumbos duplos infernais. “Chained in Reality” não deixa a peteca cair, e também apresenta boa estrutura, sempre calcada na brutalidade. Na sequência, a desgraçada “Emerged with Hate” e sua incrível velocidade, a mais direta do disco. “Blood Follows the Blood” fecha de forma magistral o trabalho, mesclando todas as boas características do Sinister: bons riffs, vocais insanos, e bateria que mistura batidas cadenciadas com ultraviolentas.
Deve-se dar os devidos méritos à banda, que realmente cresceu com o passar dos anos. A experiência de mais de 20 anos de estrada mostrou que os caras evoluíram. É só comparar, por exemplo, os trabalhos de guitarra dos primeiros álbuns com os desse (tão falado aqui hoje) e claro, também com os dos posteriores. Tirem suas conclusões.
Com o último lançamento – “Legacy of Ashes” (2010) - o grupo deixou mais evidente sua veia melódica, algo que na verdade já tem aparecido nos seus últimos álbuns. Agora se isso agradou a todos, já seria outra discussão, que não cabe aqui na resenha. O fato é que o som se diferencia consideravelmente de “Aggressive Measures” e os anteriores.
Bom, mas enfim, vale reforçar que esse trabalho aqui é um dos melhores de toda a discografia do Sinister, e uma boa referência na música extrema mundial.

NOTA 9,0

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