Hate Eternal - Phoenix Amongst the Ashes
Metal Blade Records - 2011 – Estados Unidos
E os americanos mais brutais do mundo estão com mais um álbum quentinho, saído do INFERNO! Uma banda com verdadeiros talentos e um líder competente como Erik Rutan só poderia resultar em um dos grandes lançamentos do ano.
Como era de se esperar (e não é força de expressão), “Phoenix Amongst the Ashes” é muito violento e técnico. Já vale falar da produção excepcional que obviamente passou pelas mãos habilidosas de Rutan, o novo queridinho produtor do metal extremo mundial.
E talvez, exatamente por esse fato de aguardarmos algo tão brutal, já fica difícil sair do comum na descrição desse álbum. Quem conhece Hate Eternal sabe do que estou falando. Pois é, o negócio aqui é altíssima velocidade e complexidade, riffs soberbos e contraditoriamente uma renovação no brutal death metal do conjunto. Porque dentro de seu estilo único, os caras trazem coisas diferentes e interessantes à sua sonoridade.
Abrindo o CD, temos “Rebirth”, uma “leve” introdução instrumental com cara de... bem... introdução! Mas depois, é a porradaça na cara “The Eternal Ruler”, com blast beat do início ao fim, algo mais do que comum para a banda. Os solos correm soltos, como não poderia deixar de ser.
A terceira faixa é “Thorns of Acacia”, talvez a melhor do disco. Os bumbos de Simonetto são sobrenaturais, e o refrão é grudento. Já “Haunting Abound” tem uma levada diferente, meio quebrada, misturada às metralhadoras do instrumental. É um som meio fora dos padrões da H.E., mas o resultado ficou interessante.
E o que é essa quinta, a “Art of Redemption”? O início é composto por riffs bem agudos, que lembram algo do Brain Drill. Parece até música de videogame 8 bits! Muito legal! É mais uma prova da criatividade do vocalista/guitarrista Rutan, reforçando o que disse lá em cima, sobre a renovação dentro do próprio estilo. O restante da música é agressividade pura, e com outros belos solos.
Na sequência, a faixa-título e “Deathveil” são tipicamente Hate Eternal. Não há necessidade de me estender. Porém, os três sons seguintes têm um certo caráter mais experimental. Calma, não é nada de tecladinhos, ou barulhinhos eletrônicos, nem nada, mas apenas a banda mostrando um lado não tão comum e rápido. “Hatesworn” é mais “calma”, com levadas lentas e vocais dobrados que dão uma boa encorpada na música, especialmente nos refrões. Os riffs pesadíssimos também contribuem para esse pequeno grande caos sonoro.
E vem a penúltima - “Lake Abraze”. Outra música mais trabalhada e com bons arranjos. Aqui, o que chama a atenção é a mistura de ritmos e batidas, que passam pelas tribais e vão até as ultra rápidas. E fechando o álbum, vem a cadenciada “The Fire of Ressurrection”, com uma batida inicial marcial que se desdobra em algo também atípico dos americanos, mas muito belo, triste e profundo.
A banda criou um padrão de death metal técnico em que mescla brutalidade e melodia com maestria. Não é tão inspirado quanto “I, Monarch”, o terceiro disco (2005), mas também não fica muito atrás não! E o melhor nisso tudo é constatar que a Hate Eternal continua igual ao começo da carreira: extrema ao extremo!
Hate Eternal é uma banda com muita qualidade de som ... o Rick Rutan manda muito nas produções.
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