Cattle Decapitation - Monolith
of Inhumanity
Metal Blade Records – 2012 – Estados Unidos
Espera um pouco, isso é de verdade? O que é essa velocidade descomunal?
Por um acaso utilizaram bateria programada nesse álbum? NÃO! Tudo isso é obra
do insano David McGraw, que alcança um nível quase absurdo de rapidez em seu
kit.
Mas vamos do início: os americanos mais engajados do underground estão
de volta com mais uma martelada. A revolta continua mesclando um brutal Death
Metal com o Grindcore, e, de alguma forma, o quarteto conseguiu ficar ainda
mais extremo. Como pode? Ao mesmo tempo, o nível técnico quase chega à
perfeição na obra: nada fora do lugar, incrível!
A produção também está impecável.No entanto, será que tanto perfeccionismo
assim com o registro é 100% bom para o grupo? Tão bonitinho, tão limpinho, será
que não teria havido exageros nesse sentido?
Logicamente que “Monolith of Inhumanity” está a anos-luz de ser ruim
(muito longe mesmo – a nota é alta). Talvez não seja um álbum tão empolgante
quanto o anterior, o fabuloso “The Harvest Floor”, mas não deixa de ser estupendo.
Vale falar do vocal de Travis Ryan, que, agora, por vezes investe
também, além do gutural, em uma voz meio esquisita (e discutível), como se o
cantor estivesse sendo estrangulado. Os fãs da banda provavelmente sentirão
essa diferença.
E a capa é um capítulo à parte: que obra de arte detalhada! Não parece
familiar? Agora, procurem a capa do disco “Sounds of the Animal Kingdom”, do
Brutal Truth. Curioso, não?
Concluindo: o álbum é ultra extremo e garante novos patamares e
possibilidades ao conjunto. É saber digeri-lo e boa!
NOTA 9,0
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