segunda-feira, 11 de junho de 2012

Vulture – Destructive Creation

Vulture – Destructive Creation
Sacramental Records/Metal Army Agency/Phoenix Tatoo – 2012 - Brasil

Felizardos serão os que tiverem acesso a esse disco. A Vulture aparece das sombras e brinda os fãs de música extrema com um belíssimo CD de Death Metal com passagens melódicas, mas recheado (leia-se “transbordando”) de brutalidade.
Poderia ser mais uma banda a se aventurar nessa veia, mas o quarteto paulista formado por Adauto Xavier (guitarra/vocal), Yuri Schumann  (guitarra/backing vocal), André Xavier (bateria) e Max Schumann (baixo) é daqueles que conhece o assunto a fundo e vai além. O modo como conseguiram encaixar toda essa agressividade com os riffs melódicos, que por vezes remetem ao Black Metal noventista, ficou praticamente perfeito. É bom deixar claro que a hostilidade se sobressai e, portanto, é um álbum a ser temido, no bom sentido.
Além do trabalho maravilhoso das seis cordas (doze, no caso), o que merece muito destaque é o baterista, com técnica realmente apurada e muita criatividade. Não é “só” isso não: ele alcança velocidades impressionantes, seja nos ‘blast beats’, seja nos bumbos duplos. Um show! Uma boa referência? Malevolent Creation.
Com esse timaço, não é de se admirar a alta qualidade das canções, todas – sem exceção – brilhantes, com grandes e ricos arranjos. Novamente: uma beleza! Logo, seria uma baita injustiça selecionar uma faixa que chamasse mais a atenção. Toda essa grandiosidade atravessa mais de cinquenta minutos, que passam tão desapercebidos, que a vontade imediata é de recomeçar a audição assim que o material termina.
A gravação está muito boa e a arte gráfica também rouba a cena. Tudo profissional.
Por tudo isso, volta-se, pela enésima vez, àquela pergunta que todos já conhecem: como um grupo desses ainda não despontou de vez? Cadê o apoio, o merecido reconhecimento? E olha que esse já é o terceito ‘full length’ dos caras!
A ordem da vez é ouvir “Destructive Creation” no talo e mais uma vez se orgulhar que isso é feito por banda da nossa terra. Na humilde opinião desse mero resenhista, já está entre os grandes álbuns do ano. Corre atrás!!!

NOTA 8,8

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