segunda-feira, 25 de junho de 2012

Coldblood – The Other Gods (EP)

Coldblood – The Other Gods (EP)
Attitude/Metalkult Records/Distro Rock – 2012 – Brasil


Com a ótima introdução instrumental “The Return of Coldblood Legion” que, por alguma razão, remete (só o comecinho) a Hypocrisy misturado com Carcass, a avalanche Death Metal tem início. O grupo mostra que se mantém em forma e soa revigorado. Para quem não sabe, já tem uma longa caminhada no underground, iniciada em 1992. Vinte anos é para poucos!
A faixa seguinte, que dá título ao trabalho, reforça a violência e mantém a mesma pegada furiosa, com peso e velocidade nas medidas certas. Também excepcional.
“The Other Gods” é um EP com muitos bônus de antigos registros do grupo e um vídeo ao vivo da faixa “Exoblivion”, gravada ao vivo no Peru em 2010. Portanto, esse apanhado de praticamente toda a carreira da banda é muito bem vindo ao resgatar outras boas composições, como é o caso de todas as que compõem a demo “Reincarnating a New Black God” (muito boa!), de 2005.
Regredindo cronologicamente, é a vez da demo “...And it Comes the Winter”, lançada em 2000. A qualidade da gravação é bem destoante, não muito boa (quase só se ouve o chimbau da bateria), mas de lá saem muitas boas ideias, inclusive com um pouco mais de melodias do que os trabalhos posteriores.
Bom, aí vem a demo “Terror Stench”, completando duas décadas de seu lançamento. É preciso levar em consideração o contexto da época (era em fitinha cassete). Dessa forma, analisando o material, dá para dizer que também tem qualidade, mesmo com a gravação tosca. Interessante constatar que o grupo não era tão voltado à velocidade, como atualmente.
Em outras palavras, nada aqui é desperdiçado, muito pelo contrário: reforça a latente evolução do conjunto e mostra que merecem hoje estar na elite do Death nacional.
O clipe de “Exoblivion” (aí embaixo) é feito com câmeras amadoras, provavelmente com o som captado do próprio microfone de uma das filmadoras. Deixou um pouco a desejar, mas como o CD como um todo não deixa de ser uma espécie de coletânea, também é muito válido.
Para não passar batido, a parte gráfica ficou a cargo do renomado Gustavo Sazes, que, como sempre, abrilhantou ainda mais o disco.
Fica a dica para os que gostam de música extrema e muito, muito bem feita.

NOTA 8,5

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