Coldblood – The Other Gods (EP)
Attitude/Metalkult Records/Distro Rock – 2012 – Brasil
Com a ótima introdução
instrumental “The Return of Coldblood Legion” que, por alguma razão, remete (só
o comecinho) a Hypocrisy misturado com Carcass, a avalanche Death Metal tem
início. O grupo mostra que se mantém em forma e soa revigorado. Para quem não
sabe, já tem uma longa caminhada no underground, iniciada em 1992. Vinte anos é
para poucos!
A faixa
seguinte, que dá título ao trabalho, reforça a violência e mantém a mesma
pegada furiosa, com peso e velocidade nas medidas certas. Também excepcional.
“The Other
Gods” é um EP com muitos bônus de antigos registros do grupo e um vídeo ao vivo
da faixa “Exoblivion”, gravada ao vivo no Peru em 2010. Portanto, esse apanhado
de praticamente toda a carreira da banda é muito bem vindo ao resgatar outras
boas composições, como é o caso de todas as que compõem a demo “Reincarnating a
New Black God” (muito boa!), de 2005.
Regredindo
cronologicamente, é a vez da demo “...And it Comes the Winter”, lançada em
2000. A qualidade da gravação é bem destoante, não muito boa (quase só se ouve
o chimbau da bateria), mas de lá saem muitas boas ideias, inclusive com um
pouco mais de melodias do que os trabalhos posteriores.
Bom, aí vem a
demo “Terror Stench”, completando duas décadas de seu lançamento. É preciso
levar em consideração o contexto da época (era em fitinha cassete). Dessa
forma, analisando o material, dá para dizer que também tem qualidade, mesmo com
a gravação tosca. Interessante constatar que o grupo não era tão voltado à
velocidade, como atualmente.
Em outras
palavras, nada aqui é desperdiçado, muito pelo contrário: reforça a latente
evolução do conjunto e mostra que merecem hoje estar na elite do Death
nacional.
O clipe de “Exoblivion”
(aí embaixo) é feito com câmeras amadoras, provavelmente com o som captado do
próprio microfone de uma das filmadoras. Deixou um pouco a desejar, mas como o
CD como um todo não deixa de ser uma espécie de coletânea, também é muito
válido.
Para não passar
batido, a parte gráfica ficou a cargo do renomado Gustavo Sazes, que, como
sempre, abrilhantou ainda mais o disco.
Fica a dica
para os que gostam de música extrema e muito, muito bem feita.
NOTA 8,5
Nenhum comentário:
Postar um comentário