quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

The Black Coffins - Dead Sky Sepulchre


The Black Coffins - Dead Sky Sepulchre
Black Hole Productions – 2012 - Brasil


Sabe quando você coloca um CD para rolar e subitamente você sente um frio na espinha, como um mal pressentimento? Pois é... eis o sentimento que a Black Coffins passa ao ouvinte. Mas calma, o mal pressentimento é justamente o contrário: você é possuído por uma vontade louca de aumentar o volume sem se importar com os outros ao redor.
O Death Metal totalmente ‘old school’ executado pelo quarteto paulistano hipnotiza por seu peso e levadas empolgantes, sem precisar de ‘blast beats’ para soar brutal. Sinistro é o fato de a banda ter cerca de apenas dois anos – quase três - e já ter no seu ‘debut’ mais uma certeza de que o Metal da morte irá perdurar por muito tempo no país. Sim, a banda é mais do que digna de carregar essa bandeira!
E coube à Black Hole Productions (www.blackholeprods.com) acreditar no conjunto relativamente iniciante para colocar o trabalho no mercado. Um tiro certeiro!
O disco, envolto em uma atmosfera negra, ainda conta com participações especiais de peso como James (Facada) e Marissa Martinez (Repulsion, Cretin), entre várias outras. Quer mais respeito que isso?
O vocal de Vakka fica entre o meio termo entre o berro e o urro, mas em praticamente todo o trabalho, devido aos convidados no gogó, parece haver uma sobreposição de vozes que é arrepiante, quase satânico!
A primeira música (após a introdução “Dead Sky Burial”), “Chambers of Eternal Sleep”, já finca as garras no aparelho auditivo dos pobres ouvintes com sua levada no melhor estilo Obituary. As que vêm na sequência, “Below the Roots” e “Carve The Host”, também carregam essa pegada bruta.
Na faixa “The Last Spectral Convoy”, aquela velocidade um tanto cadenciada dá lugar a uma porradaria catastrófica, enquanto “Transition: Compulsory” é outra que “perturba” e praticamente obriga qualquer headbanger levantar e começar a se debater. Que brutalidade! E o ápice da velocidade chega com “Dead Planets”, a única a apresentar os já mencionados ‘blast beats’. Grande som!
Uma pausa para falar do trabalho gráfico fantástico, prensado em papel fosco, o que gerou um efeito visual lindo, sem contar as ótimas capa e fotos do material. Um capricho a cargo da Viral Graphics, com direção de arte de Fernando Camacho, aquele.
E antes do encerramento com a faixa-título (num clima de enterro), aparece a fúnebre “The Cryptborn”. Seu riff inicial é de uma melancolia sem igual.
Denso, obscuro e poderoso, “Dead Sky Sepulchre” te levará a um caminho sem volta para o maldito Death Metal raiz. Acabou o disco? “Play” novamente, sem dó!

Nota 9,0




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