sexta-feira, 5 de abril de 2013

Flesh Grinder – Necrofiles (EP)


Flesh Grinder – Necrofiles (7'' EP)
Black Hole Productions – 2013 – Brasil


Sim, os anormais de Joinville/SC estão de volta com mais um ruído! Completando vinte anos de estrada em 2013, o trio malévolo formado por Rogério Murara (baixo/vocal), Daniel Henriques (bateria) e Fábio Gorresen (guitarra/vocal) solta esse EP em vinil de 7’’, item de colecionador! É claro que, nesse formato, só poderia ser coisa da Black Hole Productions (www.blackholeprods.com), e com apenas 500 cópias, já é bom avisar!
Comecemos pela capa e pelo trabalho gráfico do material, simplesmente fabulosos! O interior e a contracapa, que misturam o clean e o perverso/sanguinário deram um tom bem interessante à obra.
E aí, vêm as músicas... bom, qualquer fã de Goregrind sabe que Flesh Grinder está no topo do nosso underground, né? E aqui não foi diferente: cinco faixas perturbadoras assolam o ambiente onde está localizado o toca-discos.
O ótimo e pegajoso riff inicial de “Curious Collection” já causa as melhores impressões. E o nível de qualidade se mantém até o fim da composição, que alterna ‘blast beats’ e levadas mais cadenciadas de maneira convincente. Pô, com duas décadas de vida (morte?), não tinham como fazer feio, né?
Na sequência, outro bom petardo é “Maniac (Vile Tomb)”, também poderosa (e mais lenta), com uma parte assustadora de baixo lá pela metade, que gerou um clima de agonia e dor. Que pena, já se foi o lado A.
Logo, no lado B, a terceira é “Rotten Gore Insanity”, bem agressiva e insana. É velocidade a toda prova, apresentando novamente bons riffs e um baixo bem marcante. E os bumbos metralhando no final, sob um clima denso e mortal, também ficaram show!
A maravilhosa “Sick Revolting Guts” começa tipicamente Gore, mas apresenta um lado um pouco mais Death Metal, embora os vocais típicos do Goregrind dominem a canção. Para este redator, é a melhor, juntamente com a primeira.
E fechando o inferno, a violenta “Abracadaver” também tem um quê de Death e não dá descanso ao pescoço. Um urro impiedoso finaliza o EP de maneira quase súbita.
“Necrofiles” transborda energia e extremismo, com uma gravação muito boa, ainda mais se contarmos o estilo que o trio pratica. O trabalho só “peca” na curta duração – um pouco mais de onze minutos -, que deixa o ouvinte com vontade de mastigar cérebros querendo mais.

Nota 8,5

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