Witchburner - Bloodthirsty Eyes
High Roller Records/Kill Again Records – 2013 – Alemanha
Se você julgar
pela capa (e pelo encarte), certamente vai achar que se trata de um grupo de
Death ou Black Metal, uma impressão que ganha força pelo próprio nome do
conjunto. No entanto, o negócio aqui é Thrash Metal alemão ‘old school’.
Precisa dizer mais? Talvez um pouco. A Witchburner já conta com mais de duas
décadas de vida, e com uma discografia sólida. Sim, é um grupo calejado e que,
portanto, sabe como funciona o estilo. O trabalho saiu aqui no Brasil pelas
mãos da Kill Again Records (www.killagainrec.com),
em outro investimento certeiro do selo.
O som da banda
é influenciado por seus compatriotas da Destruction, ainda que os timbres
vocais de Pino Hecker e Schmier sejam
consideravelmente diferentes. O primeiro conta com algo mais áspero e
agressivo, enquanto o segundo... bom... nem precisa dizer, né?
No geral, a
sonoridade de “Bloodthirsty Eyes” conta com aquela coisa veloz e encorpada que,
em algumas músicas, trazem algo levemente mais trabalhado. É o caso de “Never
Surrender” ou “The Bringer of Disease”, menos velozes, mas tão intensas quanto
as demais.
O guitarrista Michael
"Mächel" Frank mostra competência nos solos bem encaixados em faixas
como “Sermon of Profanity”, e principalmente em “Path of the Sinner”, entre
outras. Um destaque inclusive do disco é o “encaixe” dos solos: parece que eles
sempre entram na hora certa, e de maneira muito vigorosa. Incrível como dão um
ganho poderoso às composições!
E já que “Path
of the Sinner” foi mencionada, é preciso dizer: que pancada essa faixa! Mas
ainda mais violenta, “Spirit of the Dead” devasta tudo ao redor. Uma porrada
sem limites!
A parte
gráfica, embora também já citada, também deve ser lembrada por sua beleza (para
padrões de uma banda de música extrema). Ilustrações cheias de detalhes e cores
interessantes permeiam essa pequena obra de encarte.
A gravação
está à altura do som do quinteto: sujona, crua e pesada.
O álbum
certamente chama a atenção no mundo do Thrash Metal e merece não só uma
conferida, mas uma boa deleitada em todos os momentos de deliciosa podridão
sonora oferecidos pelo registro. Continuem queimando as bruxas!
Nota 8,0
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