domingo, 4 de agosto de 2013

Entrevista - Visceral Slaughter


Apesar do triste motivo do surgimento da banda – o falecimento de um amigo e ex-companheiro do antigo grupo dos caras, o Anonymous Hate -, o fato é que a Visceral Slaughter nasceu pra dar mais peso e bom gosto ao underground nacional. Para essa história ficar mais clara, melhor ler a resenha do ‘debut’ desse pessoal, o brutal “Caedem”, recentemente lançado. Death Metal até dizer “chega”! E foi o guitarrista Fabrício Góes que o Som Extremo entrevistou. Sempre direto ao assunto, o músico falou do novo trabalho e da cena do Macapá/Amapá, seu lugar de origem. Visceral!


Por que optaram por encerrar as atividades da Anonymous Hate e recomeçar tudo de novo?
Fabrício Góes: A Anonymous Hate era uma família e sem o Heliton seria bem desconfortável para nós continuarmos, por isso resolvemos encerrar as atividades em memória a ele.


Por que optaram por mudar o estilo em relação à Anonymous Hate?
Fabrício Góes: Foi uma mudança que já estava acontecendo mesmo com a Anonymous Hate, apenas reforçamos.


Como conseguiram formar uma “nova” banda, com outra proposta, e já gravar um ‘debut’ em tão pouco tempo?
Fabrício Góes: Bom, a banda é a mesma base da A.H., por isso foi bem fácil encaminhar e aprontar tudo, estávamos compondo material para o álbum da A.H., então fizemos algumas mudanças para soar diferente, com cara de outra banda mesmo.


“Caedem” saiu do jeito que queriam? O que pode falar sobre o primeiro disco?
Fabrício Góes: Particularmente gostei bastante do resultado final, é um disco cheio de fúria e o sangue escorre por todas as músicas e em todo o encarte.


O que significa “Caedem”?
Fabrício Góes: "Caedem" é latim que significa "Matança".


A introdução me chamou a atenção, pela homenagem ao ex-companheiro Heliton Costa Coêlho, falecido recentemente. É algo muito simples, mas que sensibiliza. Quem teve a ideia de criar essa faixa?
Fabrício Góes: Durante a produção do disco, estava indo para o estúdio e rolou a ideia de fazer essa intro em homenagem ao nosso amigo. É algo simples, mas honesto!


Como está a divulgação do disco?
Fabrício Góes: O disco teve uma recepção incrível, rolando ótimos comentários e uma boa distribuição com os selos de vários estados que apostaram nesse trabalho.


Vocês aproveitaram algum material que seria utilizado na Anonymous Hate?
Fabrício Góes: Como dito anteriormente, esse material seria a base do novo disco da A.H., chegamos até a tocar duas músicas em alguns shows antes de encerrar as atividades.


Como foi a participação de Jonathan Cruz, da Lacerated and Carbonized, na música “Search for Power”?
Fabrício Góes: Muito tranquila, foi algo que havíamos acertado há algum tempo e conseguimos concretizar.  Gravamos todo o instrumental aqui em Macapá e ele gravou as vozes no Rio de Janeiro, depois finalizamos a produção aqui.


“Caedem” também saiu em tape, em edição limitada. É incrível como no underground ainda existem essas iniciativas, não?
Fabrício Góes: Verdade, o lançamento em tape era uma ideia que queria colocar em prática e tivemos a oportunidade de realizar com o "Caedem", é uma forma velha/nova de mostrar um trabalho e totalmente nostálgico.


Pensam em arrumar mais um guitarrista?
Fabrício Góes: Isso não é algo que planejamos, mas quem sabe aconteça mais pra frente.


Lembro que, quando os entrevistei na época da Anoymous Hate, comentei que vocês eram (e pelo visto continuam sendo) altamente produtivos. Desse modo, vocês já estão trabalhando em material novo?
Fabrício Góes: Sim, aqui as coisas não param nunca... Estamos sempre produzindo algo, estamos trabalhando em novas músicas e em mais algumas surpresas.


A cena underground do Amapá ainda parece ser obscura no resto do Brasil, mas desde a Anonymous Hate, até agora, vocês notaram o reconhecimento do trabalho de vocês Brasil afora?
Fabrício Góes: Macapá ainda está no berço, precisa crescer e amadurecer em muitas coisas. Conseguimos certa notoriedade com a A.H. e isso nos abriu muitas portas, tivemos muitos contatos importantes que ajudaram na divulgação e no reconhecimento do nosso trabalho e agora não está sendo diferente. O underground é isso, união e apoio mútuo!


Agradeço mais essa entrevista! Fique à vontade para uma mensagem final.

Fabrício Góes: Nós que agradecemos pelo espaço e o apoio de sempre do blog Som Extremo, valeu mesmo, K.O.D.A.! Agradecemos também a todos os selos, distros, blogs, bandas e parceiros que acreditam e apoiam essa batalha!

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