Zênite – Following the Funeral
Distro Rock Records – 2013 – Brasil
Veterana e
respeitosa, essa banda de Belém/Pará, com mais de 25 anos de estrada, acaba de
soltar seu terceiro ‘full length’, o ótimo “Following the Funeral”, com mais de
quarenta minutos de um visceral Thrash/Death Metal ‘old school’. É claro que um
marco desses teria que vir de uma gravadora à altura, no caso, a Distro Rock
Records (http://www.distrorockrecords.com.br).
E o álbum
segue empolgante do início ao fim, com uma sonoridade forte e obviamente
extrema, de fácil assimilação (e admiração). No meio de tanta coisa boa, fica
difícil falar de destaques, mas vamos a eles: a faixa-título (bem trabalhada), “Brother
of Lucifer” (muito bom o riff simples em cima da bateria acelerada) e “Tears of
Horror” (levada cadenciada e mortífera em sua maior parte). Só que – não custa
salientar – todas as canções restantes são excelentes também, com solos idem!
É raro dessa
maneira, mas é fato: a gravação do material não é tão boa, bem simples, com o
chimbau da bateria inclusive dando a impressão de “estourar” na caixa de som em
dados momentos. Contudo, a Zênite faz músicas com tanta gana, pegada e
honestidade, que esse pormenor não minimiza em absolutamente nada o resultado
final.
É claro que, além
disso, a capacidade musical do quinteto, formado por Luiz Lobato (baixo), Sandro
Maués (bateria), Wellington Maia (guitarra), Marcelo Histeria (vocal) e Paulo
Cruz (guitarra), é de deixar os headbangers de boca aberta: são composições
muito bem elaboradas, ricas, com muitas variações, mas sem nunca (nunca mesmo) abandonar
a agressividade e o peso. Ou seja, é um trabalho executado por quem realmente
está na ativa há um tempo considerável e sabe como lidar com podreira.
A arte gráfica
é um show, com uma capa simples, mas belíssima, e um encarte com layout bem acabadinho.
Enfim, dando
uma de “Pai Diná”, anuncio a visão: um registro que, mais cedo ou mais tarde, merecerá
o título de clássico do nosso underground.
Nota 8,5
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