Pandemmy - Reflections & Rebellions
Gallery Productions/Impaled Records/Rising Records/Theburn
Productions
A introdução “Farwell”
é muito bonita, movida apenas a sintetizadores. Mas depois, o negócio engrossa
e aí, é Thrash/Death Metal na veia, daqueles trabalhados e com um dedinho
decepado de melodia.
O som
apresenta variações rítmicas diversas e ricas em que prevalece a velocidade
moderada. Logicamente que existem as aceleradas da vida – “Heretic Life” e “Involution
of a Lost Society” são um arregaço! – mas no geral, não investem muito nos ‘blast
beats’. E nem precisam, essa não é a proposta desses talentosos músicos - Pedro
Valença (guitarra), Diego Lacerda (guitarra), Augusto Ferrer (baixo), Ricardo
Lira (bateria) e Rafael Gorga (vocal). Ah, pra constar, o timbre de Gorga é
parecidíssimo com o de Henri Sattler, do fabuloso (e saudoso) God Dethroned.
Outra boa
música que chama a atenção é “Self Destruction”, com arranjos caprichados. O
trampo em “Without Opinion” também tem grandes méritos no disco. Fantástica!
E os solos são
um dos grandes destaques de “Reflections & Rebellions”, um mais inspirado
que o outro. Sério, eles se encaixaram de maneira primorosa às estruturas das
canções e, claro, deram aquele ‘up’ a mais no que já era bom.
O material,
que apresenta um som sujo, meio na veia ‘old school’, foi produzido pelo
renomado Fabiano Penna, que também participou nas já mencionadas “Farewell” (a
música foi composta por ele) e “Without Opinion”, além de “Ode to the Renegade”.
Mas tem mais
participações especiais no álbum: Antônio Araújo (Korzus) e Alcides Burn (Inner
Demons Rise) em “Heretic Life”, Alejandro Flores (Inner Demons Rise) em “Rubicon
(Point of No Return)” e Raíssa Leal em “Common Is Different Than Normal”. É,
esses pernambucanos têm moral!
É um baita ‘debut’
do grupo, que merece o status de revelação, pra ser apreciado sem dó. Aliás, é
possível escutá-lo na íntegra aí embaixo. Uma boa (e será boa mesmo) viagem.
Nota 8,3
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