quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

4 Way Split – Dor de Ouvido/Venial/Subcut/A Baba de Mumm-ra – Sobrevivendo


4 Way Split – Dor de Ouvido/Venial/Subcut/A Baba de Mumm-ra – Sobrevivendo
Tendencies Rock Convenience/Videocaos Audiovisual/Sindicato Extremo/Nöise Mesmo Records – 2009 – Brasil


Até mesmo no ultra underground existem boas surpresas. Nesse 4 Way Split, o negócio está acima da média! Detalhe: todas “aparentemente” cantando em português.
Primeiramente, a banda Dor de Ouvido (DxDxOx), de Campo Grande/MS, abre o disco com muito vigor no seu Hardcore/Grind. O que mais chama a atenção é o desespero do vocalista – nunca ouvi um cara tão afoito vociferar assim. A gravação do material está razoável, bem suja, mas decente! E a velocidade faz parte do registro do grupo.
Na sequência, a Venial, de Cuiabá/MT, faz uma mistura de Metal e Hardcore (sim, Metalcore) interessante, sem primar pela rapidez. O som é mais trabalhado e bem pesado, embora a qualidade da produção seja um pouco inferior à do primeiro conjunto. Mas o pessoal aqui passa o recado com clareza por meio dos bons arranjos. Aliás, são os responsáveis pelas faixas mais longas do play. Também agrada.
Depois vem A Baba de Mumm-ra, de Palmas/TO. Apesar do nome sem graça e aparentemente inofensivo, o fato é que seu Grindcore simples e cru é aterrador. É outra banda que conta com uma gravação imunda, mas ótima para o que se propõe. Quando o baterista decide disparar, o negócio fede e quase beira o Noisecore. O vocalista, por sua vez, é outro maluco que desata a berrar até quase rouquidão.
Por último, um grupo insano que dispensa apresentações (bom, mas para constar, são de Presidente Prudente/SP): Subcut na veia! Seu purulento Grindcore é caótco como poucos, talvez com as composições mais cheias de ira do split. Caos, caos, CAOS!!! Uma guitarra e baixos com timbre de motoserra e uma bateria alucinada na velocidade máxima é o que o ouvinte pode aguardar! E o legal é que o trio se alterna nos vocais, um elemento que enriquece o som dos caras.
O material é de 2009, mas vale a procura, fica a dica!

Nota 7,5

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