domingo, 6 de janeiro de 2013

Nervochaos - To the Death

Nervochaos - To the Death
Cogumelo Records – 2012 - Brasil


Já diz o famoso ditado: em time que está ganhando não se mexe. No caso do Nervochaos, é mais uma verdade. O quarteto, formado por Guiller (guitarra/vocal), Quinho (guitarra/backing vocal), Felipe Freitas (baixo) e Edu Lane (bateria) continua com seu característico Death Metal ‘old school’ quadradão na veia e artéria. Apenas uma constatação sai do “normal”: “To the Death” parece estar muito mais pesado que seu antecessor, o álbum “Battalions of Hate”.
Curiosamente, o disco saiu pela Cogumelo Records. Afinal, todos os anteriores foram lançados pela Tumba Productions, de propriedade do baterista. E como de praxe, as várias participações especiais de peso, todas fazendo solos de guitarra: Ralph Santolla (Deicide/Obituary) em “The Exile”; Cherry (Hellsakura) em “Gospel of Judas”; Jão (Ratos de Porão) em “Sheep Amongst Wolves”; Antônio Araújo (Korzus) em “Mark of the Beast”, e Zhema (Vulcano) em “Wolves Curse”.
E é preciso destacar o trabalho excepcional gravado por Araújo, um solo espetacular, que levou a faixa a outro patamar. Portanto, mais do que nunca, essa música foi perfeita para abrir o disco. Da mesma forma, a citada “Wolves Curse” também conta com um trabalho brilhante de Zhema no seu solo e termina o álbum de forma bem adequada: densa e lenta, realmente parecendo invocar a morte.
Saindo um pouco do som tradicional exercido pelo grupo, vale mencionar também a cadenciada “Gospel of Judas”, muito bem trabalhada e com alternâncias de ritmos interessantes.
A capa do material novamente é digna de elogios, bem elaborada, trabalho do artista Joe Petagno. Aliás, revisando a discografia da banda, a fixação pelas cores laranja/vermelha nos discos anteriores é impressionante.
Como brindes, o CD ainda traz um adesivo e um patche bem bacanas. No quesito profissionalismo, estão com saldo bem positivo.
O título já entrega a paixão do conjunto: Death Metal para sempre. Tradicional e bem direto, mais um petardo solto na cena underground nacional.

Nota 8,0

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