quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Flageladör/Thrashera – Guerreiros do Álcool (split CD)


Flageladör/Thrashera – Guerreiros do Álcool (split CD)
Cianeto Discos/Guillotine Records/Metal Reunion Records/Anaites Records/Moribundo Records/Terceiro Mundo Chaos Disco/Morbid Tales Rcords/Loja Rock Animal/Alcatéia Dristro & Productions – 2012 - Brasil


Volta ao tempo à vista! É esse o caminho escolhido pelas duas bandas do split lançado por vários selos em parceria (olha a quantidade!). Já é bom dizer que o estilão de ambas é o Heavy/Thrash clássico, direto e “simprão”. Nada de frescuras ou novidades.
A Flageladör tem um detalhe curioso: canta todas em português, sendo o conteúdo das letras dedicado a temas típicos dos estilos, como união da cena Metal e maldades pelo mundo.
Entre as quatro faixas levadas pela velocidade, uma pegada mais Rock’n’ Roll vem com “Expresso para o Inferno”, que empolga, mesmo não sendo muito extrema.
Interessante a mixagem, que, apesar de não ser ótima, deu um espaço merecido para o baixista/backing vocal Necrolust mostrar seus dotes, mesmo saindo levemente do compasso em um ou outro momento. Quase imperceptível. E vale falar também do guitarrista/vocalista Exekutör, que faz bem seu papel nas duas funções: riffs simples, mas competentes, solos acima da média e uma voz berrada/abafada que se encaixou com a porradaria.
Apenas o baterista Cativeiro parece só curtir ficar no arroz com feijão. São poucas variações, que esfriam um pouco o som do grupo. Mas no final, o Speed/Thrash do trio tem saldo positivo.
A Thrashera, embora tenha um som levemente mais técnico e veloz, além de uma pegada mais firme, tem parte do talento um pouco encoberta pela qualidade da gravação, que ficou inferior à da Flageladör. O peso foi pro saco.
Por sua vez, o timbre vocal de Chakal é esquisito, meio forçado, entre o gutural e o gritado. Faltou ‘punch’ no gogó.
De resto, contam com uma música na língua pátria e as três restantes em inglês, todas também aceleradas e, bem... na mesmice.
Sobressai o baterista Surtur Impurus, que cumpre sua função de forma satisfatória.
(Mais) Uma crítica, dessa vez para o encarte: é preto e as letras (excetuando-se pelos titulos das músicas, que estão em branco) são vermelhas e muito pequenas, o que dificulta e irrita a visão, especialmente durante a noite.
A produção e a simplicidade, além de um a certa falta de originalidade, acabaram comprometendo o material. Há boas composições, mas os “poréns” são numerosos.

Nota 6,7

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