Tjolgtjar - Ikarikitomidun, Lord of the Forest
Suffering Jesus Productions – 2008 – Estados Unidos
Falar dessa
banda de um homem só é uma tarefa complicadíssima. A começar pela definição do
que esse norteamericano faz: Black Metal com Rock ‘n’ Roll e mais um milhão de
misturas. Ajudou? Não, né?
Essa maluquice
ganha ares interessantes e criativos ao longo de todo o disco. São momentos de
grande velocidade, com alguns ‘blast beats’, outros bem moderados, e ainda
alguns quase balada, como é o caso da música “Nu raagum Skuul, Fjelnjejs”.
A guitarra
conta com riffs acima da média e os vocais de J.R. Preston conseguem variar de
modo positivo, já que, basicamente, ele canta de forma rasgada e consegue
trabalhar o gogó dentro disso. Gostem ou não, em alguns momentos lembra Dany
Filth (Cradle of Filth). Bem legalzinho.
Todas as treze
faixas (mais um cover de “Free Flight”, de Ted Nujent & The Amboy Dukes
Cover) contam com ricos e atrativos arranjos, sendo “Ode to Dixie” e "Inside the Devil's Mind" duas que se
destacam no mar de boas ideias.
Contudo, invertendo
o dito popular, “depois da bonança, vem a tempestade”: o que mata tudo isso é a
qualidade risível da gravação. Sem brincadeira, ela é baixa e tosquíssima, enfim,
parece amadora. A guitarra não tem o menor peso e a bateria, por exemplo,
insiste em parecer algo saído de um videogame Nintendinho 8 bits. Pelo visto, a
proposta parece ser essa mesma. Uma pena, pois o talento sucumbe a isso.
Sem querer
insistir nisso, mas quem puder, escute, por exemplo, a faixa “City On Fire”, dos
3’37’’ aos 3’38’’, para ser mais exato, e tente discordar de que parece um
trecho de um joguinho em que o herói está enfrentando o chefão. Sem mais.
Colocado isso,
pode ser que Preston seja um incompreendido. Pode ser que ele esteja muito à frente do seu tempo. No entanto, em caso afirmativo,
o que vale aqui é o agora. Assim sendo, não seria melhor investir numa produção
decente?
Nota 6,5
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